domingo, 10 de fevereiro de 2008

O CONVITE DE JESUS ((Jo.7:37-43).





, O CONVITE QUE VOCÊ PRECISA.

“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado. Então, os que dentre o povo tinham ouvido estas palavras diziam: Este é verdadeiramente o profeta; outros diziam: Ele é o Cristo; outros, porém, perguntavam: Porventura, o Cristo virá da Galiléia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e da aldeia de Belém, donde era Davi? Assim, houve uma dissensão entre o povo por causa dele [...]” (Jo.7:37-43 – negrito meu).


Essa festa[1] era considerada a mais importante de Israel, e no último dia (o oitavo) havia santa convocação (Lv.23:26; Nm.29:35; Ne.8:18), comemorava-se a última colheita do ano, vinho, óleo, trigo e cevada. Também não se esqueciam de comemorar a chuva, pois, sem ela nada teria crescido. Todos os dias um jarro de ouro com água do tanque de Siloé era derramada como libação sobre o altar no culto matinal simbolizando as chuvas, dádiva de Deus, isso acompanhado de um coral que entoava o “Grande Hallel” (Salmos 113-118).
Era uma festa em que muitos judeus, de várias regiões, convergiam para Jerusalém. A multidão era também composta de gentios, judeus de várias categorias sociais, saduceus, fariseus, zelotas, cicários e herodianos. Todos estavam ali, alegres, no último dia naquela grande festa. Jesus, todavia, humanamente falando, era o único que não deveria estar naquele local, porque os fariseus, antes, já procuravam prendê-lo (cf. Jo.7:30, 32)[2]. Porém, o que aconteceu foi, justamente, o contrário, Ele estava ali, no meio da multidão e no ápice daquela festa quando todos achavam que Ele ficaria oculto, levantou-se e pronunciou um grande discurso com voz auto-sonante e disse: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (Vs.37, 38). Ou seja, Jesus estava dizendo para aquelas pessoas que estavam bastante alegres, no último dia da festa, que no dia seguinte toda aquela alegria iria passar, elas voltariam a mesma vida de sempre com sua ansiedade estressante, todavia, Jesus estava oferecendo algo muito maior para aqueles que têm sede. Ele mesmo é a fonte de água viva. Quem tem sede, diz Ele: “[...] venha a mim e beba”. E a promessa para tais sedentos é que “do seu interior fluirão rios de água viva”. Isso Ele disse a respeito do Espírito Santo que iria ser derramado sobre os que crescem nEle.
A alegria e felicidade eterna, como rios de água viva, que Jesus estava oferecendo é algo que começa aqui e agora e continuará por toda eternidade. Nenhuma fonte terrena ou água em jarra de ouro era capaz de saciar a sede daquela gente. Ainda hoje, Ele convida pessoas dessa qualidade, que têm fome e sede de justiça. O convite de Jesus tem validade para todos os necessitados em todas as épocas. A sede que Ele se referiu era de natureza espiritual. Representa o desejo da alma pelo perdão dos pecados, a necessidade de reconciliação com Deus, de uma paz que excede todo entendimento. São esses que Jesus convida: “[...] venha a mim e beba”. O convite ainda está aberto, vá até Ele como diz a Escritura e beba da fonte da água da vida que se tornará em vós “uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo.4:14).

“O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz” (Nm.6:24-26).



Carlos R. Cavalcanti
Teólogo, Historiador, Antropólogo e Especialista em Religião


[1] “Sucót – Festa da colheita, dos Tabernáculos, que começa na lua cheia de outono (no Hemisfério Norte) e dura oito dias (nove, fora de Israel)” (WOUD, Herman. Este é o meu Deus: A maneira judaica de viver. São Paulo. Editora SEFER, 2002. p324. 328p).

[2] “Então tentaram prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos, porque a sua hora ainda não havia chegado...” “Os fariseus ouviram a multidão falando essas coisas a respeito dele. Então os chefes dos sacerdotes e os fariseus enviaram guardas do templo para o prenderem” (NVI).




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