domingo, 27 de janeiro de 2008

LIVROS TEOLÓGICOS





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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

SERMÃO



IGREJA EVANGÉLICA MISSIONÁRIA NO JANGA
Pr. Carlos R. Cavalcanti


SERMÃO

O FIM DA MINHA VIDA
(2Tm.4:6-8)


INTRODUÇÃO: Quando nossa morte estiver se aproximando possamos dizer as mesmas palavras do apóstolo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (v.7).

Podemos olhar para traz e dizer como Paulo?

O que é preciso para que isso aconteça?

Para que isso aconteça é preciso:


1. PERSEVERANÇA E DISCIPLINA (v.7)

A coragem do bom soldado
A perseverança do atleta forte numa corrida
Guardar a fé

2. É PRECISO ESTÁ PRONTO, PREPARADO PARA SE ENCONTRAR COM O SEU CRIADOR (v.6)

Oferecido por libação (v.6)
O mundo não está preparado (Lc.12:17, 18, 19)
Muitos crentes nominais também não estão preparados (Ap.3:1-3)

3. O RESULTADO DE TUDO ISSO É A PREMIAÇÃO FUTURA (V.8)

“A coroa da justiça” (v.8) – O diabo e o mundo vão tentar impedir esta conquista
“O Senhor reto juiz me dará naquele Dia” (v.8) – Ele há de julgar nossos atos sejam bons ou maus
Ele dará esse galardão “a todos quantos amam a sua vinda” (v.8)

CONCLUSÃO: Paulo esperou confiantemente no Senhor porque ele sabia, conhecia os planos de Deus em sua vida. Paulo foi convocado por Cristo para ser apóstolos dos gentios e nós fomos convocados para sermos mensageiros das mesmas verdades. Paulo disse ai de mim se não pregar esse Evangelho.





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Pr. Carlos R. Cavalcanti

POR QUE AS BÊNÇÃOS NÃO VÊM?
(Dt.7:9-11)



INTRODUÇÃO

Muitas vezes oramos, oramos, insistimos na oração e a bênção não vem! Algumas pessoas chegam até a si decepcionarem com Deus, achando que é Ele o culpado. Gideão também estava decepcionado com Deus, não entendia o que estava acontecendo (Jz.6:13).

Por que as bênçãos não vêm?

As vezes as bênçãos demoram mais vêm;
Outras vezes elas vêm quando já partimos dessa vida;
Muitos, também, nunca receberão porque não é da vontade de Deus abençoar com o que estamos pedindo, posto que pedimos mal, para o nosso próprio deleite.

Todavia, o que iremos abordar é o motivo pelo qual elas não vêm. Vivemos em um mundo de desigualdade social devido a injustiça daqueles que controlam a economia. Os pequenos não têm como se defenderem a única possibilidade é buscar a Deus que é visto atualmente e especificamente como o dono do ouro e da prata. Buscam-no pelo pão que perece (Jo.6:26-27).


1. DEUS É FIEL PARA AQUELES QUE O AMAM E GUARDAM OS SEUS MANDAMENTOS (Dt.7:9-11).

“Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus [...]” (Rm.8:7a)

“9 Saibam, portanto, que o SENHOR, o seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos. 10 Mas àqueles que o desprezam, retribuirá com destruição; ele não demora em retribuir àqueles que o desprezam. 11 Obedeçam, pois, a lei, isto é, aos decretos e às ordenanças que hoje lhes ordeno”.

a. Vejamos alguns mandamentos que o Senhor nos ordena a guardar.
1. Amar o próximo como a nós mesmos;
2. “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de
Cristo” (Gl.6:2). “Porque, se alguém julgar ser alguma coisa, não
sendo nada, a si mesmo se engana” (Gl.6:3);


3. Quem ama o Senhor:
- Ama está na casa do Senhor;
- Ama fazer a vontade do Senhor;
- Ama trabalhar na casa do Senhor;
- Ama conhecer o Senhor;
- Tem responsabilidade com a obra de Deus;
- Enfrenta as dificuldades por amor do Evangelho.


2. NO ANTIGO TESTAMENTO MUITOS NÃO VIRAM AS BÊNÇÃOS DE DEUS. POR QUÊ?

1. Incredulidade no deserto;
2. O fascínio pela cultura pagã;
3. O apego as coisas materias;
4. Injustiça.


3. PORÉM OS QUE ESPERAM NO SENHOR, QUE DEPOSITA SUA CONFIANÇA NO DEUS DA SUA SALVAÇÃO, ESSES SÃO MAIS DO QUE VENCEDORES.

Vejamos o caso de:
a. Abraão
b. De Josué e Calebe
c. José no Egito
d. Daniel
e. Nemias


CONCLUSÃO: “O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará” (Sl.23:1).

Nada falta para as Suas ovelhas, e nem todo mundo é ovelha (cf. Jo.10:26);
Os que não são ovelhas podem reivindicar alguma coisa?
Por isso, muitos pedem e não recebem. Participam apenas da graça comum.


Paulista, 10/02/2008






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O Fruto do Espírito


Carlos R. Cavalcanti
Teólogo, Historiador, Antropólogo e Especialista em Religiões

IGREJA EVANGÉLICA MISSIONÁRIA NO JANGA

Rua Cajueiro Seco, 188 - A - Conjunto Beira Mar - Ao lado da antiga Padaria Opção. Pau Amarelo - Paulista.
Horários dos Cultos:
1)Terça: Culto de Oração 19:00h;
2)Quinta: Culto de Doutrina 19:00h;
3)Sábado: Culto de Jovens 19:00h;
4)Domingo: Culto de Celebração 18:30h.
Venha nos visitar!

LIVRO:

O FRUTO DO ESPÍRITO


2007






CAVALCANTI, Carlos R. O Fruto do Espírito. Recife. Editora C R C. 2007. 24p.
Conteúdo: Doutrinário-Teológico. Todos os direitos reservados. Proibido a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações com indicação da fonte.


GRÁFICA E EDITORA CRC
Fone: (81) 9421.2595 / 3436.2582







ÍNDECE

1. O amor (gr. Αγάπη)................................................ 06
2. A alegria (gr. Χαρά).................................................07
3. A paz (gr. Είρήνη)....................................................08
4. Longanimidade (gr. Μακροθυμία)........................09
5. Benignidade (gr. Χρηστοτης).................................10
6. Bondade (gr. Τοιουτων).........................................13
7. Fé (gr. Πίστις)..........................................................15
8. Mansidão (gr. Πραΰτης).........................................18
9. Domínio Próprio (gr. έγκράτεια)...........................19

Considerações Finais
Referências Bibliográficas





Os ofícios do Espírito Santo


O Espírito Santo, o Consolador, tornou-se depois do Pentecostes o executor da obra de redenção, regenerando e santificando os que por Ele são convencidos do pecado da justiça e do juízo. Dessa forma Ele ministra em duas áreas específicas nos frutos do Espírito e capacitando sua igreja com dons Espirituais.




O Fruto do Espírito

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei (Gl.5:22-23).

O fruto do Espírito é implantado naqueles que nascem de Deus e são cultivados pelo próprio Espírito Santo fazendo com que o novo homem ande em novidade de vida e não mais esteja sujeito a carne. Todavia, “[...] a carne, milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si [...]”, esse conflito é inevitável, não pode ser evitado, a vitória, no entanto, também, não pode ser evitada, pois quem vence é o maior e o apóstolo João diz quem é o maior: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo.4:4). E se o que está nos verdadeiros crentes é maior, temos, portanto, a certeza da vitória sobre a carne, o mundo e o diabo. Essa vitória a pesar de já ter sido conquistada, por Jesus na cruz do Calvário, ela vem sendo consolidada (cf. Fp.2:12) na vida de cada crente através do amadurecimento do fruto do Espírito que acontece gradativamente. Afinal de contas o apóstolo Paulo diz em sua Carta aos Romanos que fomos predestinados para sermos conforme à imagem de Jesus Cristo[1].
O fruto do Espírito são qualidades morais cuja origem é Divina, todavia não há aqui pretensão de fazer uma lista completa de virtudes. O que Paulo selecionou foram características essenciais antes corrompidas pelo pecado que começa a ser restaurada, após a regeneração, pelo Espírito Santo. Passaremos a ver com detalhes cada uma dessas qualidades:

1. O amor (gr. Αγάπη).
O amor ágape é o amor pelo qual Deus nos amou primeiro: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado[2]” (Rm.5:5). Para que pudéssemos amar com o amor que Ele nos amor.
Esse amor é a base, o fundamento onde todos os outros frutos são edificados. Ninguém pode dizer que tem um fruto e o outro não; o que pode acontecer é que alguns frutos amadurecem mais rápido que outros.
O amor (ágape) nos constrange e leva-nos a agir ao contrário daquilo que a lógica estabeleceu como padrão. (1Co.13) é o exemplo daqueles que nasceram do Espírito: vivem um amor que não busca seus próprios interesses.

2. A alegria (gr. Χαρά).
Esta alegria não é gerada por elementos externos que produz uma momentânea e falsa alegria, mas é produzida pelo Espírito Santo de Deus que habita naqueles que por Ele foram regenerados (cf. 1Pe.23). Portanto, é uma alegria que não depende das circunstâncias e mesmo diante das labutas do dia-a-dia os filhos de Deus não desanimarão. Esta alegria impulsiona o crente a permanecer firme nas promessas do Senhor ajudando-o a não se desesperar diante das injustiças. Mesmo que choremos e tenhamos fome e sede de justiça há uma alegria imensurável como fonte de água viva que transborda para a vida eterna[3]. Escrevendo aos romanos o apóstolo Paulo ensina: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm.14:17).

3. A paz (gr. Είρήνη).
No hebraico paz é shalom: “Então, Gideão edificou ali um altar ao SENHOR e lhe chamou de o SENHOR é Paz” (Jz.6:24). Todos os que andam na presença de Deus desfruta dessa paz. Os israelitas perderam a paz porque não andaram nos caminhos do SENHOR (cf.Jz.6:1).
Na “Nova Aliança”, Cristo é a nossa paz (cf. Ef.2:14),[4] uma paz que excede todo entendimento (cf. Fp.4:7); porque, como a alegria, a paz não depende das circunstâncias e nem pode ser arrebatada por Satanás. Foi o príncipe da paz que nos deu: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize” (Jo.14:27). Essa paz não significa que seremos tirados da luta e da tribulação que cai sobre toda humanidade. Mas, seremos guardados nessa hora (cf. Ap.3:10)[5]. Quem tem essa paz é aprovado no dia da tribulação. Ao contrário do mundo que vive uma angústia eterna.

4. Longanimidade (gr. Μακροθυμία)[6].
Longanimidade é a paciência[7] com que Deus segura Sua ira diante da iniqüidade do homem: “Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição [...]” (Rm.9:22). Portanto longanimidade é a capacidade gerada pelo Espírito Santo no cerne do espírito humano em que ele passa a suportar determinadas afrontas sem se irar. O apóstolo Paulo exorta os colossenses a procederem como eleitos de Deus[8], cultivando os frutos do Espírito Santo. A longanimidade também se evidencia na capacidade de esperar: “Eis que temos por felizes os que perseveram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg.5:11).

5. Benignidade (gr. Χρηστοτης).
Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades (Is.63:7).

Este fruto do Espírito, segundo muitos comentadores, é o que de maneira maravilhosa reflete mais o amor de Deus para com os outros sem interesses paralelos.
A benignidade evidencia-se na misericórdia e compaixão que exercemos para com o nosso próximo. O mundo age na base do interesse, visando algo em troca principalmente a glória deste mundo. Enquanto aqueles que nasceram de Deus, foram transformados pelo Seu poder já não pensam em amar por algo em troca, como os elogios ou os benefícios que possam advir de tais atitudes.
O maior ato da benignidade do SENHOR foi manifesto em Cristo Jesus para salvar pessoas que não mereciam, mas Ele prova o Seu amor para conosco tendo Cristo Jesus morrido na cruz sendo nós ainda pecadores. Vejamos a Carta do apóstolo Paulo endereçada a Tito:

Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por mós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tt. 3:4-7 – grifo nosso).


Como filhos de Deus, devemos nos interessar até pelos nossos inimigos, em todos os sentidos, principalmente no que concerne em lhes dá o que há de melhor, de mais essencial. O que uma pessoa pode querer que seja maior do que a vida eterna que Cristo nos deu? Devemos, portanto, pregar o Evangelho da salvação para elas. Isso não significa pensar que o lado social deve ser negligenciado. O mundo tem sua maior fome do Pão que veio do Céu: Jesus Cristo. Se há algo de bom que se possa fazer por alguém é dar-lhe desse pão que verdadeiramente sacia a fome.
Vejamos um bom exemplo da benignidade sendo exercida de forma altruísta: Uma jovem da comunidade (do Janga), mas que não era membro de nossa igreja, ficou doente. Quem fica doente e está ali na cama de um hospital sabe como é importante a visita de um amigo, principalmente dos parentes. E essa jovem ficou doente justamente quando seu pai havia parado de pagar o plano de saúde, e por incrível que pareça seus pais estavam em outro estado tendo a jovem ficado apenas com sua avó. Durante a cirurgia, no “Hospital da Restauração,” o apêndice estrangulou e ela ficou entre a vida e a morte. Com a jovem, tinha que ficar um acompanhante; sabemos as dificuldades para encontrar alguém que se disponibilize, nessas ocasiões, no sentido de render, de está ali dando um apoio, pernoitando com o enfermo. Foram três pessoas que estiveram no Hospital durante o tempo em que ela esteve internada: a avó, a amiga e a Irª. Solange que se disponibilizaram, deixando seus afazeres para está ali durante várias noites. Elas fizeram isso por amor, compaixão, sem nenhum interesse egoísta; Cristo foi quem melhor expressou esta qualidade. Na medida em que estamos sendo transformados na imagem do Filho de Deus[9] passaremos a agir, cada vez mais, como o nosso Salvador Jesus Cristo.

6. Bondade (gr. Τοιουτων).
Bondade[10] é generosidade em ação para com os outros. Uma pessoa é bondosa quando ajuda os necessitados como no caso do bom samaritano. Somos verdadeiros adoradores de Deus quando quebramos as muralhas das diferenças e só assim passaremos a ser conhecidos como verdadeiros cristãos. Esse fruto do Espírito, atualmente, está sendo pouco cultivado, ou melhor, está sendo negligenciado. Na verdade, sem o conhecimento da palavra de Deus os frutos permanecerão verdes ou levarão muito tempo para amadurecerem. A igreja de Roma é um bom exemplo desse conhecimento, pois o apóstolo diz que eles eram instruídos: “Meus irmãos, eu mesmo estou convencido de que vocês estão cheios de bondade e plenamente instruídos, sendo capazes de aconselhar-se uns aos outros [..]” (Rm.15:14).
Vejamos o que Tiago fala a esse respeito: “De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo: Se um irmão ou irmã estiver necessitado de roupas do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?” (Tg.2:14-16).
“Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras” (Tg.2:19). Como vimos ai está a bondade de Deus que foi derramada em nossos corações pelo Seu infinito amor. Portanto não podemos ser crentes egocêntricos, voltados exclusivamente para nossos próprios interesses. Devemos, pois, nos preocupar com o nosso próximo, quando agimos dessa forma estamos buscando primeiro o Reino de Deus e sua justiça, e com toda certeza, todas as outras coisas nos serão acrescentadas. Se agirmos de outra forma não estaremos evidenciando, através das nossas obras, a ação do Espírito Santo em nosso viver. Como crentes, raquíticos na fé, estaremos, desestruturados, vulneráveis as intempéries desta vida.
É importante salientar que toda boa obra, feita com o objetivo de obter mérito diante de Deus surge de um desejo egoísta daqueles que querem ser elogiados pelos outros. No entanto as obras do fruto do Espírito é um desejo gerado pelo Espírito Santo, por isso, podemos dizer que as obras não somos nós que fazemos, mais Deus quem as faz. Somos apenas instrumentos em Suas mãos a fim de abençoarmos os outros. Somos guiados pelo Espírito a fazer a vontade de Deus.

7. Fé (gr. Πίστις).
Esse fruto do Espírito foi dado aos santos (Jd.3)[11] para que eles mantenham a fidelidade, perseverem no dia mal que há de vir sobre todo o mundo, para por a prova os que habitam na terra (cf. Ap.3:10). O apóstolo Paulo disse que o que vence o mundo é a nossa fé. W. Phillip Keller escreveu que a fé impulsiona o crente a vitória:
Ela crê que, para Deus, tudo é possível. Por isso marcha em frente, permanece firme, continua leal, mesmo em meio a reveses e decepções. Essa fé é estável, mesmo em face de experiências abaladoras, pois seu olhar está fixado naquele que é fiel, e não no caos e confusão das circunstâncias que nos cercam (1981: 128).

No mundo secular se você crer em algo significa que você acredita naquilo. E quando se acredita em alguma coisa as pessoas começam a agir harmoniosamente com a fé naquilo que acreditam. Assim como acontece no mundo econômico financeiro, se uma pessoa acredita que determinado investimento irá dar certo ele, com toda convicção, investirá todos seus recursos porque acredita, tem fé naquilo que está fazendo. Assim é com as coisas espirituais, ou se tem fé ou não se tem. Por isso, algumas pessoas ouvem a palavra e não acreditam, porque não têm fé no que ouviram. Elas permanecem incrédulas porque o diabo cegou as suas consciências para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da Graça de Deus. E com toda certeza, ninguém quer vir a Ele para ter vida, a não ser que Ele dê vida aquele que está morto nos seus delitos e pecados. Tudo isso pela ótica bíblica de que a fé é um dom de Deus e que o homem só é salvo por ela. Vejamos o que o apóstolo Paulo diz: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9 – grifo nosso).
Fé também significa fidelidade[12]. Somos convidados a ser fiéis até a morte (Ap.2:10)[13]. Isso não significa pensar que podemos perder a salvação caso haja infidelidade, pois, trata-se, sem sombra de dúvida de exortação para o crente manter o testemunho (martíria) fiel da palavra de Deus nesse mundo estruturado na injustiça que se levanta contra o SENHOR do céu e da terra.

Para sermos fiéis escreveu Israel Belo Azevedo:

Não adianta ler a Bíblia toda em um mês. Isto pode ser até uma prática para um tempo de euforia, mas o crescimento virá com a leitura constante, cuidadosa, meditativa, realizada anos após anos. É um investimento para a vida toda (2003: p65).

8. Mansidão (gr. Πραΰτης).
Mansidão no hebraico significa gentileza, humildade, suavidade, brandura (Pv.15:33; 18:12; 22:4; Sf.2:3; Sl.18:35; 45:4). No grego ela tem o mesmo significado (Mt.5:5; 11:29; 21:5; 1Co.4:21; 2Co.10:1; Gl.5:22).
Na medida em que somos transformados de glória em glória na imagem de Cristo, tornamo-nos, cada vez mais, mansos e humildes de coração. Jesus é o grande exemplo: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt.11:29).
Os mansos não são covardes, ao contrário do que se pensa, eles são pacificadores, onde há discórdia eles levam a paz, agem dessa forma porque são cheios do Espírito Santo e procuram, assim como a corsa anseia por água, encherem-se do Espírito de Deus: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef.5:18).
O mundo precisa de pessoas mansas, que dêem testemunho com suas vidas da vitória que Cristo conquistou na Cruz. Agindo assim, Deus é glorificado e exaltado entre as nações. Quem procede dessa forma são os verdadeiros adoradores. Onde estão os mansos da Igreja? Um líder manso é uma pessoa que vive em prol do Reino, ou seja, busca a unidade e o crescimento espiritual dos seus liderados. O mundo é diferente, a arrogância, a prepotência, o individualismo e a auto-exaltação são marcas características do líder mercenário que denigre o Evangelho para adquirir o que o vazio do seu espírito almeja insaciavelmente.
Uma grande característica dos verdadeiros mansos é que eles não se conformam com esse mundo mau e procuram transformá-lo, sem ser pela violência, mas através da paz e do amor de Deus. A transformação acontece pelo testemunho fiel.

9. Domínio Próprio (gr. έγκράτεια).
Esta palavra significa autocontrole, domínio próprio, ponto de equilíbrio entre um extremo e outro. O homem guiado pelo Espírito Santo não é um descontrolado, um colérico, mas uma pessoa que diante de uma situação que humanamente falando exige uma atitude enérgica (violenta), o servo de Deus consegue dar a volta por cima e agir com moderação[14] (autocontrole).
Fomos chamados a agirmos com sobriedade: “Mas tu sê sóbrio em tudo [...]” (2Tm.4:5); “E já que está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios [...]” (1Pe.4:7). Por que esse fruto é tão importante em nossas vidas? Muito sal pode prejudicar a saúde; a luz em excesso pode cegar; o fogo sem controle pode destruir. O super crente pode ser uma má influência e levar os irmãos a cometerem os mesmos excessos. O apóstolo Paulo fala à igreja de Corinto, a fim de doutriná-la, que os carismas sem amor são como o bronze que soa (cf. 1Co.13:1). Ali havia um grupo de super crentes e eles achavam-se altamente espirituais porque falavam em línguas, mas, o apóstolo dirigiu-se a eles como a carnais, meninos em Cristo (cf. 1Co.3:1-2). Quando os frutos permanecem verdes não existe o equilíbrio necessário para o funcionamento sadio, não haverá unidade e Deus ama a unidade: “Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós” (Jo.17:11).




CONCLUSÃO

O “Fruto do Espírito” são qualidades morais e essenciais cultivado no crente pelo Espírito Santo para o crescimento espiritual da igreja. É através do fruto do Espírito que a imagem de Deus no homem, corrompida pelo pecado, começa a ser restaurada.
Todos que nasceram de Deus entrarão nesse processo de santificação. É uma obra do Espírito na vida dos salvos. Sem santificação ninguém verá o reino de Deus, é óbvio, ninguém pode dizer que é salvo e não é potencialmente santo. Os que foram chamados segundo a presciência de Deus, crescem em santificação.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, Leila. Nova Era: um desafio para os cristãos. Editora Paulinas. São Paulo, 1994.

BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD, Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. São Paulo. Vida Nova, 1997. 1929p.

BELO, Israel Azevedo de. O Fruto do Espírito: a vida cristã como ela deve ser. São Paulo. Editora Sepal, 2003. p73. 103p.

BERKHOF, Loius. Teologia Sistemática. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001. 720p.

NICODEMUS, Augustus Lopes. Cheios do Espírito. São Paulo Editora Cultura Cristã. São Paulo, 1998. 78p.

ORTON, H. Wiley / CULBERTSON, Paul T. Introdução à Teologia Cristã. São Paulo. Casa Nazareno de Publicações. São Paulo, 1990. 516p.

PACKER, J. I. Teologia Concisa: Síntese dos fundamentos históricos da fé cristã. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 1998. 246p.

FHILLIP, Keller W. Frutos do Espírito Santo. Minas Gerais. Editora Betânia, 1981. 151p

ROBERTSON, Palmer O. A Palavra Final: Resposta bíblica à questão das línguas e profecias hoje. São Paulo. Editora Os Puritanos, 1999. 167p.

HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo. Editora Hagnos, 2001. 1711p.

SPROUL, R.C. Ministério do Espírito Santo. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2002. 160p.




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Contato: Fone (81) 3028.0775 / 9412.0521
roberttocavalcantti@hotmail.com


[1] Rm.8:29
[2] Δοθέντος – imposto, dado, imputado sem que se possa questionar.
[3] “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.
[4] “Porque ele é a nossa paz”.

[5] “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”.


[6] “No idioma em que o apóstolo Paulo escreveu (gr. coinê), “longanimidade” (macrothumia, em que “makros” é “grande”, “longo” e “thumos” quer dizer “paixão”, “sentimento”)” (BELO, Israel Azevedo de. O Fruto do Espírito: a vida cristã como ela deve ser. São Paulo. Editora Sepal, 2003. p73. 103p).

[7] “Outro aspecto do fruto do Espírito é a longanimidade isto é, paciência;. Essa virtude espelha e reflete o caráter de Deus, não tem lugar para as explosões de mau-humor e uma personalidade de pavio curto” (SPROUL, R.C. Ministério do Espírito Santo. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2002. p.145. 160p).

[8] “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Cl.3:12 – Bíblia de Estudo SHEDD).
[9] “Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm.8:29 - NVI).

[10] “[...] a bondade é uma qualidade do caráter de Deus a que muitos de nós não sabem dar o devido valor” (FHILLIP, Keller W. Frutos do Espírito Santo. Minas Gerais. Editora Betânia, 1981. p115. 151p).
[11] “Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos” (NVI).
[12] “Mas o fruto da fé envolve mais do que confiar. Significa que nos tornamos dignos de confiança. Uma pessoa de fé é não somente uma pessoa que confia, mas uma pessoa que merece confiança” (SPROUL, C. R. O ministério do Espírito Santo. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 1997. p147).

[13] “Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida” (NVI).
[14] “A falta de modéstia, o extremismo e a ostentação não se ajustam ao domínio próprio. Manifesta-se aqui o nível moderado do auto-controle. O espírito não é rude em nem imperioso. Ele nem é violento e nem grosseiro” (SPROUL, 1997: p148).

sábado, 19 de janeiro de 2008

A Origem da Bíblia



A ORIGEM DA BÍBLIA



Muitos comentários têm sido feito a respeito das Escrituras Sagradas. Alguns afirmam que ela é uma criação puramente humana, outros acreditam que nem tudo foi inspirado por Deus. Os argumentos usados pelos menos esclarecidos é que a Bíblia é um Livro antigo e deve ter ocorrido muitas alterações, se fosse a Palavra de Deus não mudaria. Portanto, este pequeno artigo visa proporcionar uma fascinante visão de como a Bíblia foi inspirada, canonizada, copiada em manuscrito hebraico, aramaico, grego e traduzida para as línguas do mundo inteiro.

1. INSPIRAÇÃO

A Bíblia Sagrada afirma categoricamente que:

[...] desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. Conjuru-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino [...] (2Tm. 3:15-17; 4:1, grifo e negrito nosso).

Toda Bíblia é Divinamente inspirada por Deus. No gr. Theópneustos significa o respirar de Deus para fora inspirando as Escrituras. Denota a saída ativa do poder de Deus, na criação (cf. Sl. 33:6); (Jó. 33:4); (Gn. 1:2;2:7); assegurando a vida (Jó. 34:14); quem fala é o próprio Deus pelo profeta (Is. 48:16-17); no julgamento (Is. 30:28,33); a Bíblia mostra essa respiração Divina (grego pneuma) agindo na criação e produzindo a Escritura para que o homem O conheça.
O próprio Jesus, o Filho de Deus, que se fez carne e habitou entre nós, reivindicou autoridade Divina para tudo quanto fez e ensinou, confirmou a autoridade absoluta do Antigo Testamento para os outros e Ele próprio se submeteu a ela. Jesus fala sobre determinados temas históricos (que para o mundo é pura ficção literária) como registros fiéis dos fatos: Refere-se a Abel (Lc. 11:51); Noé (Mt. 24:37-39); (Lc. 17:26,27); Abrão (Jo. 8:56); a serpente no deserto (Jo. 3:14); Davi comendo os pães da proposição (Mt. 12:3,4); os sofrimentos dos profetas também são mencionados com freqüência (Mt. 5:12; 13:57; 21:34-36); refere-se a criação, Gênesis (Mt. 19:4,5); (Mc. 10:6-8)).
Nenhum profeta do Antigo Testamento, nem Jesus Cristo, nem os escritores do Novo Testamento, dão margem para que se pense que alguma parte da Bíblia não tenha sido inspirada por Deus. Os Evangelhos não têm maior autoridade do que as cartas ou o Antigo Testamento. A Bíblia afirma que “nunca, jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, porém, homens (santos) falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo (gr. πνυματος άγιου)” (2Pe. 1:21 – parêntese nosso).
A Bíblia, palavra infalível do “todo poderoso”, é o livro mais vendido e o mais lido no mundo. Só do Novo Testamento temos mais de 14.000 cópias manuscritas. Foi feita uma comparação com o manuscrito mais antigo, o livro de Isaías (encontrado em 1947, nas cavernas, à margem ocidental do mar morto, em Qumram, escrito por volta do ano 100 a.C.) com o manuscrito mais antigo que temos (o texto massorético, datado do ano 916 d.C.), impressionante, eram idênticos. Isso mostra o zelo dos copistas fazendo cópias das escrituras, a partir dos originais. É incrível, como foram fiéis a tudo quanto Deus havia revelado à humanidade através dos profetas. Os mais famosos desses copistas eram conhecidos como “massoretas”, termo hebraico que significa “aqueles que zelam pela tradição”.
Muitos homens de Deus empenharam-se na preservação dos “livros sagrados” e até perderam suas vidas para que a Bíblia Sagrada chegasse até nós, hoje, da mesma forma que Deus falou no passado.


2. AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA

As línguas originais da Bíblia são: o hebraico, o aramaico (de origem comum ao hebraico) e o grego. A língua é, portanto, produto e reflexão do espírito humano. O cérebro é apenas um emaranhado de conexões nervosas para a transmissão do pensamento.
Na época de Jesus a língua falada na Palestina era o aramaico, o hebraico era usado apenas na liturgia (nas sinagogas e no Templo). A língua oficial do “Império Romano” era o latim, mas, a língua falada pelo povo em todo Império era o grego coenê, disseminado por Alexandre o Grande durante as suas conquistas.

3. TRADUÇÃO DA BÍBLIA

O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, porém, o aramaico foi encontrado em seções do livro de Daniel (2:4b-7:28) e Esdras (4:8-6:18; 7:12-26). Algumas excreções aramaicas também são encontradas em Gênesis (31:47) e Jeremias (10:11).

O Novo Testamento foi escrito em grego coenê, o hebraico também foi usado em certas passagens como João (5:2; 19:13, 17, 20; 20:16; Ap.9:11; 16:16).

4. VERSÕES DA BÍBLIA

A Septuaginta - LXX é a primeira tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego escrita por volta de 250 a.C. que se tem notícia. Era a Bíblia usada na Palestina na época de Jesus.
Em Alexandria ficava a maior Biblioteca do mundo. Ptolomeu Filadelfo governava o Egito e estava empenhado em reunir exemplares de todos os livros do mundo, porém, o Antigo Testamento não estava disponível na língua grega, conforme relato de Aristeu, funcionário de Ptolomeu, e esse mandou pedir ao sumo sacerdote em Jerusalém que enviasse estudiosos para traduzi-la. Seis anciãos de cada tribo foram enviados e em 72 dias fizeram a tradução completa do Antigo Testamento para o grego ficou conhecida como (setenta).

A Hexapla - Orígenes de Alexandria (c. 185-255 d. C.) produziu o maior texto erudito de toda a antiguidade a Hexapla. O texto era composto por seis colunas paralelas, contendo “o hebraico na primeira coluna, o hebraico transliterado em caracteres gregos na segunda, o texto de Áquila na terceira, o texto de Símaco na quarta, o seu próprio texto corrigido da Septuaginta na quinta e o texto de Teodociano na sexta” (WESLEY, 1998: 420).

A Vulgata Latina[1] - O erudito Jerônimo (c. 340-420) foi incumbido pelo papa Dâmaso a fazer uma tradução dos Evangelhos para o latim. Ele cumpriu sua tarefa em 383, e sua tradição foi baseada no latim antigo e europeu e nos textos gregos alexandrino. Em Belém, onde passou a habitar, percebeu que era necessário fazer uma nova tradução da Bíblia a partir dos originais gregos e hebraicos com a ajuda de alguns judeus eruditos que ficou conhecida como Vulgata Latina. Aos poucos foi suplantando o latim clássico. A partir de então a Bíblia passou a ser escrita em diversas línguas, a exemplo de Martinho Lutero que traduziu a Bíblia do latim para o alemão dos originais gregos e hebraicos.

5. OUTRAS TRADUÇÕES

A Bíblia de Wycliffe, Tyndale, Coverdale, Roges, Genebra, dos Bispos, A King James Version, A Bíblia de Jerusalém, A Tradução de Almeida, Tradução de Figueiredo e etc. Aqui foram colocadas as mais conhecidas traduções.



CONCLUSÃO

A Palavra de Deus, registrada na Bíblia, continua, ainda hoje, da mesma forma, atraindo todos os que foram destinados à salvação (cf. At.13:48). “Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mc.13:31 – NVI).


IGREJA EVANGÉLICA MISSIONÁRIA NO JANGA

Rua Cajueiro Seco, 188 A - Conjunto Beira Mar - Ao lado da antiga Padaria Opção



Pr. Carlos R. Cavalcanti

Teólogo, Historiador, Antropólogo e Especialista em Religiões
Contato: (81) 8710.5364

[1] “Vulgata, que significa que é do uso público – portanto, o texto em latim era para o povo comum, foi extensivamente utilizada por séculos e séculos pela Igreja Católica Romana” (COMFORT, 1998: 361).

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Seitas e Heresias: Os Mórmons





ESTUDOS SOBRE SEITAS E HERESIAS
OS MÓRMONS




A igreja dos mórmons foi fundada por JOSEPH SMITH, em 1830


1 HISTÓRIA
Em 23 de dezembro de 1805, na cidade de Sharon, Vermont, Joseph e Lucy Smith ganharam o quarto filho, a quem chamaram de Joseph Smith Jr., o qual não teve uma infância agradável devido as necessidades econômicas pela qual a família vinha passando.
Durante sua infância e adolescência, Joseph foi exposto a várias seitas dentro da religião cristã. Naquela época, o REAVIVALISMO era o movimento prevalecente, principalmente no Condado de Ontário (atual Wayne), no Estado de Nova York. O jovem Joseph teve contato com o Metodismo e mais tarde relatou que se sentiu atraído por ele. Quando, porém, tinha quinze anos de idade, sua família, ou seja, sua mãe Lucy e seus dois irmãos Hyrum e Samuel e sua irmã Sophronia converteram-se ao PRESBITERIANISMO. Joseph dedicou-se a uma profunda reflexão sobre a religião. Entretanto, a existência de diversas religiões sectárias deixavam-no confuso. Uma pergunta que incessantemente atormentava sua mente era: “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e não censura , e ser-lhe-á dada” (Tg1:5). Mais tarde ele escreveu:

“Refleti repetidas vezes sobre ela, sabendo que, se qualquer pessoa necessitava de sabedoria de Deus, essa pessoa era eu; porque não sabia o que fazer, e a menos que obtivesse mais sabedoria do que a que então eu tinha, jamais chegaria a saber; pois os mestres de religião das diferentes seitas interpretavam as mesmas passagens da escritura diferentemente, a ponto de destruir toda a confiança na solução do problema pela consulta à Bíblia” (SMITH, Joseph. Pérola de Grande Valor. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1950. p47).


1.1 As experiências místicas de Joseph Smith
Em 1820, retirou-se para um bosque, a fim de ficar a sós, e começou a orar. Vejamos o que ele relatou em A PÉROLA DE GRANDE VALOR, sobre o que lhe aconteceu naquele dia fatídico:
“Depois de haver-me retirado para o lugar que havia escolhido previamente, tendo olhado em meu redor, e encontrando-me só, ajoelhei-me e comecei a oferecer o desejo de meu coração a Deus. Apenas fizera isto, quando fui subitamente subjugado por uma força que me dominou inteiramente, e seu poder sobre mim era tão assombroso que me travou a língua de modo que não pude falar. Intensa escuridão envolveu-me e pareceu-me por algum tempo que estivesse destinado a uma destruição repentina. Mas, empregando todas as minhas forças para pedir a Deus para livra-me do poder desse inimigo que me tinha subjugado, e no momento exato em que estava prestes a cair em desespero, abandonando-me à destruição – não a uma ruína imaginária, mas ao poder de algum ser real do mundo invisível, que tinha tão assombroso poder como jamais havia sentido em nenhum ser – justamente neste momento de grande alarma, vi uma coluna de luz acima de minha cabeça, de um brilho superior ao do sol, que gradualmente descia até cair sobre mim. Logo após esse aparecimento, senti-me livre do inimigo que me havia sujeitado. Quando a luz repousou sobre mim, vi dois Personagens, com resplendor e glória desafiam qualquer descrição, em pé, acima de mim, no ar. Um Deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: “Este é o Meu Filho Amado. Ouve-O”. Meu objetivo ao me dirigir ao Senhor foi saber qual de todas as seitas era a verdadeira, a fim de saber a qual unir-me. Portanto, tão logo voltei a mim o suficiente para poder falar, perguntei aos Personagens que estavam na luz acima de mim, qual de todas as seitas era a verdadeira e a qual deveria unir-me. Foi-me respondido que não me unisse a nenhuma delas, porque todas estavam erradas; e o Personagem que Se dirigiu a mim disse que todos os seus credos eram uma abominação à Sua vista; que todos aqueles mestres eram corruptos, que: “Eles se chegam a Mim com os lábios, porém, seus corações estão longe de mim; eles ensinam como doutrina os mandamentos dos homens, tendo uma religiosidade aparente, mas negam o Meu poder”. Novamente proibiu que me unisse a qualquer delas; e muitas outras coisas me disse que não posso, no momento, escrever. Quando voltei a mim outra vez, estava deitado de costas olhando para o céu” (SMITH, Joseph. História. 2:6).

Este relato geralmente é referido pelos mórmons como a PRIMEIRA VISÃO de Smith. Entretanto surgiram dois problemas com este testemunho. Primeiro, ele só escreveu sobre este acontecimento muitos anos depois. Na edição mais antiga do livro A PÉROLA DE GRANDE VALOR, Smith disse que uma das personagens chamava-se NÉFI. Numa outra disse que se chamava Marôni. Segundo, na primeira edição do livro, Smith mencionou que fora visitado por “uma personagem”. As edições posteriores falam de “duas personagens”, o que constitui uma discrepância, principalmente porque a verdade da revelação mórmon baseia-se na autoridade profética de seus livros.
Após receber aquela visão, Joseph relatou a experiência a um pastor metodista. Ele escreveu que este teve uma reação desdenhosa, ao dizer-lhe que as visões e vozes eram do DIABO. Smith também percebeu que, embora as seitas fossem divididas umas contra as outras, “todas se uniram para me perseguir”. Apesar das perseguições ele permaneceu firme nas suas convicções.

· No dia 21 de setembro de 1823, antes de se deitar, Smith começou a orar. Enquanto invocava a Deus, afirmou que uma luz brilhante encheu seu quarto e uma figura resplandecente apareceu ao seu lado. A personagem disse-lhe ser Morôni, um mensageiro enviado por Deus para entregar-lhe uma visão que era um livro escrito em placas de ouro. Nela encontrava a história dos primeiros habitantes da América.

· Finalmente chegou o dia. Em 22 de setembro de 1827, as placas de ouro foram dadas a Joseph Smith juntamente com a recomendação de guardá-las com cuidado. Tais placas até hoje, ninguém nunca viu.


2 Os ensinamentos anticristãos

2.1 Os mórmons não ensinam que a Bíblia é a Palavra de Deus totalmente infalível

“Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus o quanto seja correta a sua tradução; cremos também ser o LIVRO DE MÓRMON a palavra de Deus.” (Declaração de fé, artigo 8. 1954).

O cristianismo crê que as Escrituras é a Palavra de Deus inspirada por Deus (Teopeneumatos) autoridade final para nossa fé e vida, sem erros, infalível. Afirmações bíblicas: “Deus no-las revelou pelo Espírito...as quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo nos ensina” (1Co.2:10-13); “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei” (1Co.11:23); “Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo. E, se alguém o ignorar, será ignorado” (1Co.14:37-38); “Porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante a revelação de Jesus Cristo” (Gl.1:2); “porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus. Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo” (1Tss.4:2, 8); “Toda a Escritura é inspira por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm.3:16).

Deus falou antigamente pelos Seus profetas, os quais produziram o A.T., o mesmo Deus depois falou através do Seus Filho Jesus Cristo, depois pelos Apóstolos (inspirados pelo Espírito Santo), inclusive, ouviram até a vós de Deus:

“Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Ora, esta voz, vinda do céu nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo. Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação” (2Pe.1: 17B, 18, 19, 20), como acontece com o mormonismo!


2.2 Os mórmons ensinam que o Pai e o Filho possuem corpos

“O próprio Deus já foi como somos agora – ele é um homem exaltado, entronizado em céus distantes! (...) o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou sobre uma terra” (O Sermão de King Follet, ps. 336, 376).

“Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito em verdade” (Jo.4;24). Toda essa confusão é porque eles não entendem a doutrina da trindade, na verdade, não é de se ignorar, pois a doutrina da Trindade é um mistério, porém, um mistério revelado pelo Espírito Santo de Deus. Quem não é agraciado com essa revelação, mão nasceu da água e do Espírito (Jo.3:5).
Vemos que os mórmons não conheciam a Bíblia, a fonte de autoridade para eles são os livros escritos por Joseph Smith, como por exemplo: PÉROLA DE GRANDE VALOR o qual contém as Regras de Fé e DOUTRINA E CONVÊNIOS publicado em 1876. Por isso não há o conhecimento de Deus conforme a revelação bíblica. Para os mórmons, segundo a pregação de Smith, em 1844, com o título “A Divindade Cristã – Divindades Plurais” , no qual disse:

“Pregarei sobre a Pluralidade dos Deuses... Eu sempre declarei que Deus é um personagem distinto, que Jesus Cristo é um personagem separado e distinto de Deus, o Pai, e que o Espírito Santo é outro personagem distinto, e é Espírito... Muitos homens dizendo que há um Deus : o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas um Deus. Que Deus estranho - digo eu – três em um, e um em três!” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith (Sermão do Profeta sobre a Trindade Cristã e a Pluralidade dos Deuses, pregado no dia 16 de junho de 1844), publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, São Paulo, 1975, ps.361, 362 e 364).

Smith continua e explica que, quando a Bíblia fala de um Deus, é um Deus “no que concerne a nós”. Entretanto, isso não quer dizer que não haja uma pluralidade de deuses por todo o Universo. Além disso, o mormonismo ensina que cada deus é gerado por outro, em sucessão. O Deus Pai é um deus superior, por causa de sua linha de progressão particular neste processo. Segundo alguns apologistas talvez o ensino mais divergente do cristianismo seja a crença dos mórmons de que Deus e a pluralidade de deuses eram homens antes de se tornarem deuses.

2.3 Os mórmons ensinam que Cristo e o Diabo são irmãos
“... que Lúcifer, o filho da alva, é nosso irmão mais velho e o irmão de Jesus Cristo” (Doutrina Mórmons por Bruce Mconkie, ps. 163 – 164).

A Bíblia diz que o diabo é um ser criado por Deus. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti”, (Ez.28:15). “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e par ele” (Cl.1:16).


2.4 Os mórmons ensinam que Jesus Cristo era casado e polígamo

“Cremos que o casamento em Cana da Galiléia foi o de Jesus Cristo”(Jornal de Discurso, vol.2, p.80). O Mormonismo ensina que Jesus foi o filho natural de Adão e Maria. “Quando a Virgem Maria concebeu o Menino Jesus... Ele não foi gerado pelo Espírito Santo. E quem é o seu pai? Ele é o primeiro na família humana” (Brigham Young, Jornal de Discurso, ps. 50 – 51).

Diz a Bíblia: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós.. .” (Jo.1:1, 14a); “E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondeu o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo...” (Lc.1:34-35).

2.5 Os mórmons ensinam o “casamento celestial”

“Para que um homem e uma mulher recebam a plenitude das bênçãos no REINO CELESTIAL, devem se casar num templo mórmon. A falha em fazer isso resulta na dissolução do casamento com a morte, uma vida de solteiro na eternidade e numa condição inferior de anjo e não de um deus” (Doutrina e Convênios, ps. 132:15, 16).

Para os cristãos, o casamento é uma parte importante da criação (Gm;2:23, 24; Hb.13:14). Entretanto, não é um foco prioritário ou uma obrigação que se deva cumprir para a ordem da salvação. Jesus Cristo tornou-se o centro da fé: “Porque decidi nada saber entre vós, se não a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co. 2:2). O casamento é uma bênção de Deus nesta vida, mas não na futura. Para uma vida imortal não há a necessidade de casamento e procriação “seremos como os anjos” (cf. Mt.22:29, 30).

2.6 Os mórmons ensinam que a igreja estava em um estado de grande corrupção, antes de 1830
Joseph Smith acreditava ter sido separado por Morôni, para restaurar a pureza e a verdade, através de uma extensa série de novas revelações, incorporadas na literatura sagrada do Mormonismo. Conseqüentemente, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a verdadeira representante de Deus na terra.
O Cristianismo não faz uma afirmação tão audaciosa. A verdadeira Igreja de Deus não está incorporada a uma organização ou denominação especifica. A autêntica Igreja (católica) consiste da “comunhão dos santos” (Credos Apostólico e Niceno), dos que “nasceram de novo”, através do Batismo e que possuem fé em Jesus Cristo. Estes estão espalhados por todas as diferentes denominações cristãs do mundo. “A Igreja de Deus é constituída por todas as pessoas espiritualmente regeneradas, cujos nomes estão escritos no Céu”. (Manual da Igreja do Nazareno. 2001 –2005. p.35).



CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é extremamente ativa e crescente em todo mundo. Os fatores que mais contribuem para isso incluem o apelo amplamente difundido para a moralidade, altas taxas de natalidade e uma ênfase ao retorno dos valores familiares e os comerciais contra as drogas. Por isso é considerada a seita que mais cresce nos E.U.A., outro fator é a falta de informações dos que se agregam a ela. Esta seita apresenta-se com uma fachada de cristã, de verdadeira igreja, todavia, esta pseudo-igreja não prega as verdades bíblicas que conduz a vida eterna.


BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã
e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 1728p.

MATHER, George A. e NICHOLS, Larry. Dicionário de Religiões, Crenças
e Ocultismo. São Paulo, Vida, 576p.

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Pr. Carlos Roberto
· Bacharel em Teologia - FATER
· Licenciatura em Teologia – FATER
· Licenciatura em Ciencias da Religião (UVA)
· Pós-graduado em História das Artes e das Religiões – UFRPE
· Pós-graduado em História – UFRPE
· Cursando Mestrado, como aluno especial, em Antropologia (com pesquisa em etnologia judaica) - UFPE . Curso de Cultura Judaica e Simbologia Judaica.






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John Travolta, Tom Cruise, Juliette Lewis e Jennifer Lopez são talvez os mais conhecidos simpatizantes da Igreja da Cientologia. Mas nem esses famosos podem evitar que a polêmica instituição seja alvo de protestos. Nas últimas semanas, diversas manifestações contra essa organização ocorreram em várias partes do mundo, incluindo em Amsterdã, na Holanda.





CIENTOLOGIA



Manifestações também foram organizadas em Boston, Estados Unidos


Um grupo quase desconhecido, denominado Anônimos, organizou manifestações denunciando os cientologistas por "crimes de lavagem cerebral e chantagem". Através da internet, esse grupo de ativistas acusa a Igreja da Cientologia de tirar todas as economias de seus seguidores. Os adeptos da religião, segundo eles, são forçados a oferecer todas as posses e bens aos cientologistas. Para os críticos, essas medidas e técnicas gerariam dependência psicológica aos seguidores. Na Alemanha e na Bélgica houve até ações jurídicas para evitar e combater a "dependência psicológica e econômica" dos seguidores. Na Holanda, até recentemente havia pouca reação à organização. No entanto, agora, as pessoas que se dizem vítimas estão se organizando.



Combate a seitas "Nada mais lógico", assegura, o advogado e deputado belga, Luc Willems, que vem, desde os anos 1990, combatendo essa e outras seitas na Bélgica, país vizinho da Holanda, em cuja capital, Bruxelas, está a sede da União Européia."As vítimas da Holanda são semelhantes às da Alemanha e da Bélgica. A Igreja tem atuação similar nesses países. Portanto, nada mais lógico que, na Holanda, tenhamos logo o mesmo número de queixas contra a exploração que ocorre nos vizinhos, por parte da Igreja da Cientologia.



"Isolamento A Igreja da Cientologia é muito pequena na Holanda. Mas seus poucos seguidores acabam ficando isolados da sociedade e desprovidos de qualquer alternativa financeira, independente da instituição, segundo Pieter, um ex-seguidor da religião:"Eles dizem que você não pode adquirir conhecimentos em nenhum outro lugar, portanto, você tem de ficar com eles para descobrir os mistérios anunciados. Eles dizem ainda que sua família, seus amigos e colegas são seus inimigos e forçam você a se afastar deles. Falam que a imprensa em geral, os psiquiatras e psicólogos são loucos e você deve buscar um emprego ou trabalho junto a uma empresa ligada à Igreja. Eles pedem para você ir morar com outros seguidores. Você fica totalmente na mão deles, completamente dependente."É assim que Pieter - que não quer seu sobrenome divulgado - descreveu como se sentiu forçado a doar todo seu dinheiro para a direção da Igreja da Cientologia. Ele disse que perdeu mais de 600 mil reais.



Busca de liberdade A Igreja nega essas acusações e diz que as doações são voluntárias. Segundo a porta-voz dos cientológicos da Holanda, Julia Rijnvis, não se trata de uma seita e todos podem sair quando desejarem. De acordo com a porta-voz, o fundador e ideólogo da Cientologia, L. Ron Hubbard, disse que seus ensinamentos deveriam ser vistos como "uma busca da liberdade". E Júlia completa: "Quem não quer a liberdade não precisa ficar com a gente, conforme disse Hubbard". Ainda de acordo com Julia Rijnvis, "a Cientologia é perseguida por combater os psiquiatras e a indústria psico-farmacêutica". Para ela, "milhões de pessoas foram mortas por esse tipo de indústria".


Definição Segundo a Wikipédia, Cientologia é um sistema de crenças fundado em 1952 pelo autor de ficção científica L. Ron Hubbard (1911-1986, Nebraska) e oficializado em 1954. Esta religião baseia-se nos livros de Hubbard - "Dianética: A Moderna Ciência da Saúde Mental" (1950), e "Dianética: A Evolução da Ciência e Ciência da Sobrevivência".O autor considerava a Dianética uma subdisciplina da Cientologia. Até morrer, em 1986, Hubbard publicou centenas de livros sobre Cientologia e apenas alguns sobre Dianética.


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