domingo, 28 de fevereiro de 2010

Judeus-Messiânicos: Uma antiga heresia.






Primeira Parte

Defendendo a fé Reformada

DEBATES TEOLÓGICOS EM UBE (União dos Blogueiros Evangélicos) Carlos R. Cavalcanti
Teólogo, Antropólogo, Historiador, Especialista em Arte, Cultura Judaica e Religiões.
OS JUDEUS-MESSIÂNICOS: Uma Antiga Heresia
Enquanto a Igreja de Jesus Cristo estiver nesse mundo, continuará a surgir falsos profetas; sempre foi assim. A Bíblia nos alerta a termos cuidado, porque eles vêm em pele de ovelha, mas são lobos devoradores. Sua doutrina é compatível com as necessidades superficiais dos homens, seu discurso é muito bonito, eles mostram aversão a tudo o que está relacionado com a disciplina e a sã doutrina. Não suportam os que estudam para que eles não descubram a verdade, como aconteceu com Martinho Lutero. O objetivo é manter a comunidade na escravidão intelectual, sem permitir que os irmãos “pensem”. A maioria é exclusivista, acreditam que só eles estão salvos. Cuidado esses enganarão se possível até mesmo os eleitos de Deus. Vejamos o que diz as Sagradas Escrituras:
“Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt.24:23-24).
A forma camuflada que os judeus-messiânicos encontram para dizer, “eis aqui o Cristo, foi através da teologia, “do retorno as raízes da igreja do primeiro século”, que eles criaram, como se isso fosse uma novidade para a igreja de Jesus Cristo. Camuflada porque à volta as raízes judaicas da igreja, é um engano, porque o verdadeiro objetivo é levar a igreja aos rudimentos da lei. É claro que a lei é boa e santa, mas para quem dela faz bom uso. Cristo cumpriu a lei, se alguém procura cumprir é como se dissessem que Ele não a cumpriu, e quem assim procede está sob maldição: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição...” (Gl.3:10).
• Os falsos mestres corrompem a sã doutrina
“Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (Mt.16:12 – negrito meu).
Um pouquinho de fermento leveda toda a massa, o falso ensino doutrinário com toda sutileza corrompe todo corpo. A doutrina dos fariseus era desprovida do que é mais essencial, o amor. Sem ele o ensino torna-se legalista e um fardo insuportável.
No cristianismo através dos séculos, podemos notar que elementos do paganismo do judaísmo têm sido incorporados a igreja trazendo grande prejuízo a mesma. Na Reforma, tudo o que não era bíblico foi cortado, não interessa ao povo escolhido de Deus o que não está nas Escrituras, porém, não podemos afirmar que tudo que é da “Igreja Católica” é errôneo ou pagão. Pensar dessa forma, é falta de sabedoria. Principalmente quando se trata de questões importantes como a “Trindade”, “Divindade de Cristo” ou “Batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O sincretismo religioso aconteceu com Israel e houve apostasia e com a igreja não está sendo diferente. Todavia, não devemos nos desesperar, pois Deus está no controle, o apóstolo João em sua visão, na Ilha de Pátimos, vê alguém sentado em um alto e sublime Trono. Essa visão mostra quem realmente está no controle da história. Na época de João, pesava-se que era o imperador romano que se intitulava de “senhor e benfeitor” utilizando-se de uma falsa paz que era conseguida através da espada. Vê também a igreja triunfante e vencedora (cf. Ap.14:1-5).
Por isso que Mateus 16:12 nos ensina que devemos ter cuidado com o que é transmitido atualmente nas igrejas, principalmente naquelas que se afastaram da fé Reformada. Quanto ao judaísmo-messiânico além de serem arminianos são judaizantes, dupla apostasia. O perigo que esses que se dizem cristãos, mas não são, antes são sinagogas de Satanás, pelos seguintes fatos:
1. Negam a Cristo.
Colocar Jesus Cristo ao nível de um ser criado é uma das maiores heresias que os apóstolos enfrentaram. Apoiar ou permanecer calado diante de tais blasfêmias é ser participante da mesma condenação.
O problema das pessoas que argumentam contra a doutrina da Divindade de Cristo é que elas não conhecem a Bíblia, lêem, mas sem entendimento. Esse
“Ao dizer que Yeshua é YAWH – estamos colocando essa Criação Divina ao mesmo nível que o seu Criador, e dando passo a essa idolatria que hoje vemos na inmensa maioria das igrejas, que adoram a Yeshua e não a Ha Shem. NÃO NEGO O ELEMENTO DA DIVINDADE DE YESHUA – sim digo que essa Divindade, essa Essência Divina, está implicita e é parte integral dele, como consequencia dos seguintes pontos:
Yeshua foi engendrado e criado (no sentido de Criação) de forma sobrenatural, diretamente pela intervenção de Ha Shem, e não como um mortal comúm. Yeshua possuia o poder de realizar atos que estavam fora da capacidade de um ser humano comúm (chamemos de "milagres", se assim o desejam).
Yeshua foi Criado especificamente por Ha Shem para renovar o Pacto de Ha Shem e trazer a redenção da Humanidade inteira, através do povo judeu.
Tudo isso não faz de Yeshua o equivalente a YAWH. Do mesmo jeito, o aparecimento de Ha Schechiná no Tabernáculo ou no Templo não era considerado como o aparecimento de uma entidade separada, mas sim uma Manifestação Especial da Presença de Ha Shem” (Judeus-Messiânicos – Hadérech – www.ubeblog.ning.com).
1. Negam a Trindade:
“Judaísmo Messiânico não é uma Heresia. Heresia é a Teologia da Substituição, da prosperidade, do uso de símbolos de Israel como amuletos, de esquecer ou não perceber, que o Eterno é um, e que a trindade foi inventada pela Apostasia Católica Romana e que Protestantes e evangélicos insistem em perpetuar” (Elijah Ben Gomes, 2009).
2. Negam a justificação pela fé somente, ou seja, acreditam como os “católicos romanos” na salvação pelas obras também:
“A GRAÇA SEM A LEI NAO TEM GRAÇA. Muito bem dito pelo Rabino Marcelo Miranda. Enquanto alguns procuram no Tanach desculpas para perpetuar Teologias Romanas” (Elijah Ben Gomes, 2009).

• Somos salvos para obedecer de coração a sã doutrina
“Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fortes entregues” (Rm.6:17 – negrito meu).
Que forma de doutrina era essa?
• Os falsos mestres levam o povo ao erro, e o erro conduz a morte
“...para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef.4:14 – negrito meu).
Os judeus-messiânicos induzem o povo ao erro com suas doutrinas falsas. Negam as principais doutrinas bíblicas, como por exemplo: a Santíssima Trindade, a Divindade de Cristo e etc. São heréticos, estão no caminho da perdição, é sabido, portanto, que os que assim procedem é para sua própria condenação, homens ímpios que denigrem a graça do nosso soberano Deus (cf. 2Pe.3:14-18).
• Devemos ter cuidado com a verdade para que ninguém nos engane
“Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina” (1Tm.1:3 – negrito meu).
E o que os judeus-messiânicos estão ensinando é outra doutrina? Sim, com certeza. Vejamos que da mesma forma que os judaisantes agiam desviando os fiés, assim procedem os judeus-messiânicos fascinando os crentes com sua doutrina antiblica: “Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” (Gl.3:1-3 – itálico e negrito meu).
Foi através da escravidão do cerimonialismo da lei ou pela fé somente quando ouviste a mensagem do evangelho da salvação? Os gálatas haviam começado no Espírito e estavam agora sendo levado pelos judeus-messiânicos à apostasia: Começando no Espírito e se aperfeiçoando na carne. Provavelmente Paulo tenha em mente a circuncisão em que os judeus-messiânicos tentavam obter o favor de Deus. William Hendriksen traz uma excelente contribuição sobre esse assunto:

“Os gálatas estavam começando a renunciar a Cristo como seu único e todo-suficiente Salvador. Tendo começado pelo Espírito, eles, agora, estavam tentando pôr sua confiança nos meios carnais – tais como confiar nos conselhos dos judaizantes (ou judeus-messiânicos), e, portanto, também nas obras da lei, na rigorosa observância de cerimônias, da circuncisão, etc. -, com o fim de, por esses meios, poderem chegar à perfeição” (199: 166 – 167). É justamente isso que está acontecendo atualmente.
• O grande perigo de ultrapassar a doutrina de Cristo.
“Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas – vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2Jo.9-11 – negrito meu).
Todavia, atualmente, mesmo diante de tantas falsas doutrinas que afirmam ser verdadeiras não devemos nos entristecer, Deus está no controle e conhece os que lhe pertencem. A Sua Igreja é pura santa e imaculada. Ele disse que somos propriedade exclusiva e que nunca nos deixaria. Temos a garantia, o selo de Deus . Os que o Pai deu ao Filho para salvação jamais perecerão, tem a garantia da vida eterna: “Todo aquele que o Pai me dá, esse vira a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (Jo.6:37-39 – negrito meu). Essa igreja, formada por todos aqueles que o Pai deu ao Filho (cf. Jo.6:37-39) jamais perecerão (cf. Jo.10:28), estão duplamente seguros: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um” (Jo.10:28-30).
Qual é a função da verdadeira igreja? Pregar o Evangelho a toda criatura os que crerem serão salvos, os que não crerem já estão condenados. Só responderão positivamente ao chamado de Cristo os que foram dados a Ele pelo Pai. A igreja pode passar pela maior crise de sua existência, mas isso é mister que aconteça, todavia, de uma coisa podemos ter certeza, estamos seguros em Cristo Jesus, nada nos afastará desse amor.

QUEM SÃO OS JUDEUS-MESSIÂNICOS?
O objetivo dos Judeus-Messiânicos pode até ter a aparência de algo bom, vindo de Deus, mas não é. A Bíblia condena tais práticas, e eles procuram alcançar os seguintes propósitos:

“Nosso Ministério deseja levar aos cristãos em suas variadas denominações a visão da sua reconexão com o povo judeu e com a nação de Israel, bem como a restauração das raízes judaicas da fé cristã” (www.ensinandodesiao.org.br).

A visão dos Judeus-Messiânicos é desviar o povo de Deus da verdadeira fé! Não temos que nos unir ao povo judeu, somos unidos a Cristo que é o Cabeça da Igreja. Por que deveríamos nos unir aos judeus? Qual seria a vantagem? Nem uma. Vejamos o que diz a Palavra de Deus: “Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado...” (Rm.3:9). Portanto, a proposta dos Judeus-Messiânicos é antibíblica e deve ser rejeitada por todos os que professam serem seguidores de Jesus. A Bíblia diz justamente o contrário a respeito da “restauração das raízes judaicas da fé cristã”, porque essa restauração nada mais é do que uma volta aos rudimentos da Lei, a qual Cristo Jesus cumpriu por mós, e se Ele cumpriu qual a necessidade de manter aquilo que era sombra? Nenhuma. “...não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificado gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus...” (Rm.3:22b, 23, 24). Se todos pecaram e a Lei não aperfeiçoou nada, Por que todo o interesse em querer que as Igrejas voltem ao judaísmo-messiânico? A jactância! “É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios, visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso” (Rm.3:28-30). Portanto, qual a vantagem da reconecxão com o povo judeu? Nem uma! O verdadeiro Israel de Deus tem o objetivo de alertar o povo contra os falsos ensinos que a cada dia vem se propagando de uma forma alarmante. O que é mais perigoso ainda, é que esses ensinamentos vêm mascarados de verdade. O falso se confunde com o verdadeiro e muitos aceitam sem uma avaliação prévia. Devemos ser como os crentes de Beréia, analisar se o que estão passando para nós é realmente o que afirma a Bíblia.
O objetivo dos Judeus-Messiânicos é completamente contrário ao objetivo de Deus para Sua Igreja. Eles dizem que desejam, “...levar aos cristãos em suas variadas denominações a visão da sua reconexão com o povo judeu e com a nação de Israel, bem como a restauração das raízes judaicas da fé cristã”. Como vimos, a Bíblia diz justamente o contrário.

“Para a Liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor” (Gl.5:1-6 – itálico e negrito meu).

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou” (v.1)

O apóstolo Paulo compara a Lei a um jugo (“jugo de escravidão”) e não quer que a Lei tome o lugar de Cristo na vida dos crentes da Galácia e os exorta a manter a liberdade em Cristo Jesus. Nos capítulos 13-26 deixa claro que o objetivo principal é a liberdade. A liberdade implica, em última análise, no livramento de algo que prende, amordaça, impede de alguma coisa, algo que incomoda e acusa: o pecado (Rm.6:18), consciência acusadora (Hb.10:22), da ira de Deus (Rm.5:1), da influência de satanás (2Tm.2:26; Hb.2:14). Na verdade, nesse texto Paulo está pensando em ser liberto da Lei, ou seja, da maldição que a Lei pronunciou contra o pecado e que muitos judeus procuravam inutilmente ser justificado por ela (Gl.3:23; 22-26, 4:1-7). Para os que foram predestinados, significa ser liberto da incapacidade da Lei em dar vida ao que está morto em seus delitos e pecados, primeiramente aos judeus e também aos gentios; do medo, da falsa idéia, de que se não guardar estritamente a Lei cerimonial e moral não seriam salvos. O que a Lei não conseguiu realizar, Deus conseguiu através de Jesus Cristo (Rm.8: 3, 4) E essa libertação salvadora em Cristo Jesus não depende de nada que possamos fazer ou que deixemos de realizar, somos livres não porque somos perfeitos, mas porque fomos perdoados. O verdadeiro crente aquele que nasceu verdadeiramente do alto, recebe essas verdades porque o Espírito Santo de Deus habita nele.

“Permanecei, pois, firmes” (v.1)
É uma advertência contra os perigos que estavam assolando a igreja. Não podemos, no entanto, pensar que o homem tem a capacidade de permanecer firme sem ser pelo Espírito Santo de Deus. Muitos, na igreja, estavam sendo induzidos pelos judaizantes as práticas da Lei. Todavia, os que eram transformados pelo Espírito Santo receberam e obedeceram a essas palavras de exortação. Atualmente devemos permanecer firmes, com a mesma força e vigor, contra os opositores dessas verdades porque muitos falsos profetas se introduziram dentro da igreja, como por exemplo: hoje, surge uma antiga heresia conhecida como Judeus-Messiânicos que estão levando os crentes a correrem na direção oposta, dessa forma estão deixando de lado a graça de Deus por não mais colocar sua inteira confiança nela. Nesse caso da graça decaístes.
“Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará” (v.2).

Nossa fé ou está fundamentada totalmente em Cristo ou não está, não existe a mínima possibilidade de complementar essa suficiência. Se isso acontecer “Cristo de nada vos aproveitará”, e, portanto, uma questão que já havia sido debatida várias vezes, mas os judaizantes sempre tentavam afastar os crentes da fé com as questões da Lei. As principais coisas que eles exigiam e pregavam calorosamente, é sobre a questão da circuncisa, a guarda do sábado e a alimentação. Se esse era o caminho, diz Paulo, então deveriam eles cumprir toda a Lei e não apenas essas, porque ninguém conseguiu cumprir a Lei, senão Cristo Jesus, o qual cumpriu por todos nós. Se alguém que recebeu a Cristo como único e suficiente salvador e depois é induzido pelos judaizantes a circuncidarem-se, devem, portanto, cumprir toda Lei, como isso é impossível, os que assim procedem estão debaixo de maldição: “De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gl.3:9-10). Como ninguém nunca conseguiu cumprir a Lei e os que tentam ser justo diante de Deus, irão, no final, perceber que correram para o lado errado. “E, é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé” (Gl.3:11).

“De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes” (v.4)

Todos os que persistissem nesse erro, voltando aos rudimentos da lei, ou os gentios sendo influenciados por tais conceitos que caducaram e não aperfeiçoou nada, seriam desligados de Cristo. Na verdade, os que foram verdadeiramente transformados pelo Espírito Santo irão resistir e voltar para o caminho que é Cristo e não a Lei. Os que permaneceram irredutíveis cairão da graça. Todavia, não devemos pensar a respeito dos que caíram da graça pela sua incredulidade, que tivessem sido verdadeiramente regenerados. Não, não foram. A experiência que eles tiveram com o Espírito Santo foi superficial, pois logo vindo os rudimentos da Lei voltaram a escravidão (cf. Mc.4:1-20). Para uma um melhor entendimento a respeito da queda dos que foram iluminados e caíram da graça, ler o artigo de Moisés C. Bezerril que se encontra na UBE (União dos Blogueiros Evangélicos) www.ubeblog.ning.com
Iremos entender que os que foram de fato justificados, não cairão de nenhuma forma da fé, mas perseverarão até o fim porque o que está neles é maior do que o que está no mundo, e quem é maior vence, portando os que têm o Espírito Santo de Deus podem dizer com segurança de que são muito mais que vencedores em Cristo Jesus.

Uma linda proposta, porém sem fundamento bíblico.

“Pois, pelas Escrituras, os gentios através do Messias Yeshua são enxertados na “Oliveira” que é o Israel de D´us. Nosso Ministério incentiva que gentio deve viver como gentio, não se tornando judeu, mas ele é livre se optar por um estilo de vida judaico, segundo os princípios bíblicos. Igualmente, reconhecemos a legitimidade cultural e vocacional do judeu, que mesmo crendo em Yeshua (Jesus) como Messias, pode e deve permanecer como judeu, sem perder sua identidade” (www.ensinandodesiao.org.br).

“Pois, pelas Escrituras, os gentios através do Messias Yeshua são enxertados na “Oliveira” que é o Israel de D´us”.

É a mais pura verdade! Os gentios que são enxertados na Oliveira, juto com a minoria dos judeus, são o Israel de Deus.
Somos filhos de Abraão pela fé. “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém, judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm.2:28-29 – negrito e itálico meu).

Os que nasceram de Deus foram regenerados pelo Espírito da promessa. Pertencem a Deus, é povo santo, de propriedade exclusiva do Senhor, tiveram suas vestes lavadas com o sangue do Cordeiro de Deus. A obra do Espírito Santo nos gentios pecadores que não buscavam a Deus os tornava membro do povo em aliança com Deus. A explanação de Paulo sobre esse assunto chocava os judeus a quem ele se dirigia, e continua chocando muitos crentes sem conhecimento da Sua Palavra. Porém, seus ensinamentos estavam alicerçados sobre o Antigo Testamento. Ao apóstolo João que estava exilado na Ilha de Pátimos, foi revelada a falsidade dos judeus que perseguiam os crentes, e diziam que eram o povo eleito de Deus, mas a verdade veio a tona:

“Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus, mas não são” (Ap.2:9 – negrito e grifo meu)

Em Esmirna, como havia acontecido em “Antioquia”, “Icônio”, “Listra” e “Tessalônica” (At.13:50; 14:2,5,19; 17:5), os judeus foram os instigadores da perseguição, e havia muitos judeus em Esmirna. Referindo-se as palavras da santa ceia, eles acusavam os crentes:

• De serem antropófagos (comendo a carne e bebendo o sangue);

• De serem libertinos com sua festa de amor (o ágape);

• De destruir as famílias;

• De serem ateus e revolucionários.

Não que eles não pertencessem a raça judaica. Mas a verdade é que o verdadeiro judeu, o povo escolhido, o verdadeiro Israel é aquele que aceita o Messias pela fé. Nem todos de Israel são de fato israelitas, isso, por que ficaram fora da Aliança da Graça: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm.9:6). O verdadeiro judeu é aquele que é transformado pelo Espírito Santo de Deus:

Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus (Rm.2:28, 29).

A igreja de Cristo é o Israel de Deus: “E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia seja, sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gl. 6:16). A interpretação deve ser feita sobre todo contexto do livro: sobre o Israel de Deus judeus e gentios que desfrutam das bênçãos da Nova Aliança e andam de conformidade com essa regra. Os judeus segundo a carne não andavam conforme a vontade de Deus por serem Sinagoga de Satanás.

• Sinagoga de Satanás

Os judeus incrédulos tomaram o partido de Satanás, no conflito entre a igreja cristã e o pagão Império Romano. Alegremente ajudaram às autoridades romanas a esmagarem a igreja. Satanás dominava ao paganismo. Aqueles que se oporem ao Reino de Deus estão sob a influência de Satanás que era visto como quem exercia influência sobre certos lugares onde havia também a igreja cristã. (cf. 2:13, 24).




A GARANTIA DE JESUS: a coroa da vida

A igreja estava sendo perseguida, mas uma palavra de incentivo da pare de Deus não falta: Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias, seja fiel até a morte e eu lhe darei a coroa da vida (v.10 – grifo nosso).

Cristo ama a Igreja que é o verdadeiro Israel de Deus. “Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei” (Ap.3:9).

Veja o comentário de Simom um dos maiores teólogos da atualidade a respeito dos judeus que se intitulavam povo escolhido de Deus:

“Jesus denominou a assembléia judaica “a sinagoga de Satanás”. Como os judeus se orgulhavam de ser o povo eleito de Deus, com quem ele fizera uma aliança, Jesus Implicitamente diz que eles tinham perdido o direito de serem chamados seu povo. Tornaram-se instrumentos nas mãos de Satanás que, como seu governante, usava-os para solapar e, se possível, destruir a Igreja. Rejeitaram não só a Jesus, mas também a todos os seus seguidores e, assim, indiretamente, reconheceram Satanás como senhor. Portanto, Jesus os caracterizou como mentirosos, porque não mais podiam reivindicar ser o povo de Deus” (KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. Editora Cultura Cristã, 2004. p.215).

Os filhos de Deus não são necessariamente os filhos naturais de Abraão. Mas, os da promessa, esses são os verdadeiros israelitas juntamente com os gentios que são maioria nessa aliança, tendo em vista que os judeus rejeitaram o Messias e O mataram. Na verdade, a maioria dos judeus foi rejeitada, mas o remanescente segundo a eleição da graça (Rm.9:11; 11:7) foram justificados pela fé somente, e por incrível que pareça os gentios que não buscavam a Deus foram incluídos nessa Aliança pela fé (Rm.9:30-33). Portanto, a Igreja de Cristo Jesus, que é o remanescente de Deus (Rm.9:27), os eleitos segundo a vontade de Deus (Rm.9:11) é o verdadeiro Israel segundo a promessa.

Comentário de Hendriksen.

“O que Paulo está dizendo, pois, nos versículos 9:6-13 de Romanos é: Em última análise, a razão por que algumas pessoas são aceita e outras rejeitadas é que Deus assim o quis. Vontade divina e soberana é a fonte tanto da eleição quanto da reprovação. A responsabilidade humana não é cancelada, porém não existe tal coisa como mérito humano. O eterno propósito de Deus, em ultima análise, não tem por base as obras humanas”. (HENDRIKSEN, William. Romanos. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001. p422)

“Justino Mártir (Dial. xv. 11; xlvii. 15 e xcvi.5) acusou que os judeus, nas suas sinagogas, amaldiçoavam em público a todos quantos confiassem em Cristo. Tertuliano (Scorpo. 10, Synagogas Judaeorum, fontes persecutionum) mostra-nos como os judeus instigaram ativamente a perseguição” (Champlin, Ph. D. O Novo Testamento: Versículo Por Versículo. Editora Candeia. 1991. p396).


OS JUDEUS-MESSIÂNICOS DIZEM QUE NÃO SÃO JUDAIZANTES.
“Judaizar é IMPOR práticas judaicas a não-judeus. Temos clareza das orientações dos primeiros apóstolos do Messias e das decisões já tomadas no I Concílio de Jerusalém (descrito em Atos 15). Não se deve impor um jugo desnecessário a não-judeus que foram salvos pela graça de Yeshua (Jesus)” (Judeus-messiânicos, 2009)..
Na prática, os judeus-messiânicos são judaizantes. Por quê? Judaizar não jê apenas impor práticas judaicas aos não judeus, é muito mais do que isso. Porque se pode impor práticas de uma forma muito mais sutil, induzindo pessoas a agirem da forma que deseja usando, inclusive, a Palavra de Deus para alcançar êxito naquilo desejam. Mesmo depois do Concilio de Jerusalém os judaizantes continuaram a exigirem que se cumprisse a lei para serem salvos.

DIZEM QUE NÃO SÃO PROSELITISTAS.
“Constantemente somos confundidos por irmãos judeus, como se fossemos uma organização missionária. Por isso, algumas vezes somos acusados de proselitismo. Proselitismo é persuadir alguém a mudar ou aderir a uma religião. Não obstante, entendemos que um judeu pode reconhecer Yeshua como o Messias e continuar vivendo como judeu. Esclarecemos também que não temos vínculos institucionais com quaisquer denominações cristãs ou evangélicas. Também não pertencemos ao movimento denominado “judeus por Jesus” (Jews for Jesus)” (Judeus-Messiânicos, 2009).
Realmente eles não são proselitistas abertos, no sentido de forçar que os ouvintes se convertam a força a sua religião judaizante disfarçada de cristianismo. Se alguém ler os seus textos, notará que há muitas contradições, assim como a de que não são proselitistas. Antes eles afirmam que seu objetivo é levar os cristãos em suas variadas denominações a visão da sua reconecxão com o povo judeu. Portanto, sem proselitismo não se consegue nada.

DIZEM QUE NÃO SÃO EXCLUSIVISTAS.
“Lutamos intensamente para criar meios de diálogo com a Igreja e com a comunidade judaica em geral. Somos abertos ao diálogo, e amamos intensamente ambos os grupos. Não nos achamos melhores do que outros grupos étnicos, religiosos ou denominacionais. Tão pouco nos achamos proprietários de alguma verdade. D’us não está limitado a nenhuma instituição ou ministério” (Judeus-Messiânicos, 2009).
Essa afirmação é falaciosa, porque eles são altamente exclusivistas. Iremos analisar:
1. Por que são exclusivistas e dono da verdade?:
“Yeshua Ben Yosef e não Jesus é JUDEU, NÃO ITALIANO OU PORTUGUES OU AINDA BRASILEIRO. Missa e corais de louvar sem nenhum contextos Hebraico, isso sim é Heresia” (Elijah Ben Gomes, 2009 – Mantenho a escrita original).

Jesus é judeu, não é italiano ou português ou de quaisquer outras nacionalidades. Esse pensamento paira na mente dos judaizantes. Portanto, é o suficiente para um judeu-messiânico se jactanciar de sua superioridade religiosa. Assim sendo, ninguém pode fazer uma interpretação tão boa quanto eles afirmam alguns religiosos judeus-messiânicos. Na verdade, quem estuda sabe que os melhores exegetas do N.T. e do A.T. não são judeus, são gentios. Se os judeus fossem bons interpretes da Bíblia eles enxergariam o Messias e a Trindade. Portanto, tanto os judeus quanto os judeus-messiânicos são cegos espirituais e não podem entender a palavra de Deus: “...por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade” (2Tss.2:11-12).

2. Por que são proselitistas?
Eles dizem que não são proselitistas, mas são. Veja sua propaganda. Só que eles procuram esconder todo assédio às igrejas Evangélicas. Muitos crentes despreparados caem em suas falácias, devido ao discurso. O discurso de voltar as origens da igreja do primeiro século em Jerusalém é falso. Pergunte aos lideres judeus-messiânicos porque eles ainda não voltaram à pureza da igreja do primeiro século. Continuam vivendo um vida de heresia afastados de Deus e Cristo e levando muitos com eles.

AFIRMAM NÃO SEREM DOGMÁTICOS.
“Algumas pessoas se incomodam, pois não temos um “manual de doutrinas”, um credo explicitamente elaborado. Entendemos, que nosso “manual de doutrinas” é as Escrituras. E, que ela deve ser livremente interpretada, desde que sejam respeitados critérios hermenêuticos para isso” (Judeus-Messiânicos, 2009).
Eles não têm um manual de doutrinas. Isso já é o suficiente para que ninguém dê crédito a essa antiga heresia que tanto foi combatida pelos apóstolos e pais da igreja e até hoje tem sido de certa forma combatida pelos que zelam pela verdadeira Palavra de Deus. Todas as igrejas Protestantes e Evangélicas sérias têm um manual de doutrinas (confissão de fé). A Confissão mostra que a Bíblia é a única regra de fé e prática . Elas, também, servem para auxiliar os crentes no estudo doutrinário e evitar que os mesmos sejam enganados teologicamente.

AFIRMA NÃO SEREM INTELECTUAIS D FÉ.
“Procuramos nas Escrituras princípios espirituais que possam mudar profundamente nosso comportamento neste mundo. Temos o testemunho pessoal do crente em altíssima estima. Não estamos preocupados com o quanto pessoas sabem sobre as Escrituras, mas como elas a vivem. A Bíblia é um princípio para a vida e ela sempre confronta nosso comportamento ético. O foco está na vida prática, em viver a palavra no dia-dia, e não em elucubrações teológicas intermináveis” (Judeus-Messiânicos, 2009).
“Procuramos nas Escrituras princípios espirituais que possam mudar profundamente nosso comportamento neste mundo..” (Judeus-Messiânicos). Enquanto procuram alguns trechos que os satisfaçam, os verdadeiros crentes em Jesus Cristo sabem que toda a Escritura é inspirada por Deus e útil ao ensino, a repreensão, a correção, a educação na justiça (cf. 2Tm.3:16). Na verdade, não devemos ficar procurando textos isolados como fazem os judeus-messiânicos a fim de se auto justificarem diante de Deus.
Os verdadeiros salvos crescem em santificação e boas obras porque são habilitados no conhecimento das Escrituras. O Espírito Santo de Deus é quem aplica tais verdades em nosso espírito “...porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fl.2:13).
A idéia de não serem intelectuais da fé é em oposição aos cristãos. “O termo, “...intelectuais da fé...” tem o sentido pejorativo e acusa todos os crentes de mercadejarem a boa fé do povo. Sabemos que sempre houve pessoas que fazem esse tipo de comércio, sabemos, também, que têm pessoa sérias. Todavia, um dos maiores mercadores da fé são os próprios judeus-messiânicos que estão roubando a fé de muitos.
Outro erro fatal dessa seita herética, bem como de todas as outras, é o desprezo pelo conhecimento. Eles acreditam que sua espiritualidade depende de um conhecimento místico superior e que o importante são alguns textos isolados dos quais fazem uso para se sentirem bem diante de Deus. Em suma, a “Torá” é como se fosse o único livro inspirado. Dizem crer em toda Bíblia, porém, se estudarmos seu comportamento veremos que não são muito afeito ao Novo Testamento nem aos livros proféticos que mostram na íntegra quem são os judeus verdadeiramente.
“O foco está na vida prática, em viver a palavra no dia-dia”. Vejamos a falta de entendimento dos judeus-messiânicos: Como podemos viver na prática a Palavra de Deus se não a conhecemos? Não se pode conhecer a Deus através da Cabala, nem do Talmude, mas da Bíblia e das suas doutrinas ensinadas por quem tem compromisso com a verdade. E os judeus-messiânicos não têm compromisso com as verdades reveladas nas Sagradas Escrituras.