terça-feira, 15 de junho de 2010
JUDEUS-MESSIÂNICOS: Visão teológica deformada.
Carlos R. Cavalcanti
JUDEUS-MESSIÂNICOS
VISÃO TEOLÓGICA DEFORMADA
Estarei refutando os 16 itens que os judeus-messiânicos abordam a respeito de Israel (terra e povo) de uma forma teologicamente incorreta.
2010
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm.6:14)
A Visão dos Judeus-Messiânicos a respeito de Israel
1. O termo bíblico “Israel” e correlatos, tanto no AT quanto no NT, é literal, referindo-se ao Israel étnico, descendência física de Abraão, através de seu filho Isaque (Gn 12.2; Rm 9.3,4; Fp 3.5).
Respostas de:
Carlos R. Cavalcanti:
Teólogo, Antropólogo, Historiador, Especialista em Arte, Religião, Cultura Judaica e Simbologia Judaica.
Temos muitas passagens, no AT e no NT, que se refere ao Israel étnico. Também temos passagens que mostram categoricamente que os verdadeiros judeus são os que estão na igreja (corpo de Cristo), ou seja, os que nasceram do Espírito (cf. Gl.6:15-16) .
Provas Concretas de que a Igreja é o Verdadeiro Israel de Deus.
Somos filhos de Abraão pela fé. Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. “Porém, judeu é aquele que é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm.2:28-29 – negrito e itálico meu).
Os que nasceram de Deus, foram regenerados pelo Espírito da promessa. Pertencem a Deus, é povo santo, de propriedade exclusiva do Senhor, tiveram suas vestes lavadas com o sangue do Cordeiro de Deus. A obra do Espírito Santo nos gentios pecadores, que não buscavam a Deus, os tornavam membros do povo em aliança com Deus. A explanação de Paulo sobre esse assunto chocava os judeus a quem ele se dirigia, e continua chocando muitos crentes sem conhecimento da Palavra de Deus. Porém, seus ensinamentos estavam alicerçados sobre o ensino do Antigo Testamento.
“Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são” (Ap.2:9 – negrito e grifo meu).
Ser judeu significa ainda pertencer ao povo da Aliança?
Em Esmirna, como havia acontecido em “Antioquia”, “Icônio”, “Listra” e “Tessalônica” (At.13:50; 14:2,5,19; 17:5), os judeus foram os instigadores da perseguição, e havia muitos judeus em Esmirna. Referindo-se as palavras da santa ceia, eles acusavam os crentes:
• De serem antropófagos (comendo a carne e bebendo o sangue);
• De serem libertinos com sua festa de amor (o ágape);
• De destruir as famílias;
• De serem ateus e revolucionários.
Não que eles não pertencessem a raça judaica. Mas, a verdade é que o autêntico judeu, o povo escolhido, o verdadeiro Israel é aquele que aceita o Messias pela fé. Nem todos de Israel são de fato israelitas, isso, por que ficaram fora da Aliança da Graça: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm.9:6). O verdadeiro judeu é aquele que é transformado pelo Espírito Santo de Deus:
Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus (Rm.2:28, 29).
A igreja de Cristo é o Israel de Deus: “E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia seja, sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gl. 6:16). A interpretação deve ser feita sobre todo contexto do livro: sobre o Israel de Deus (judeus e gentios) que desfruta das bênçãos da Nova Aliança e anda de conformidade com essa regra. Os judeus segundo a carne não andavam segundo essa regra por serem Sinagoga de Satanás. Eles eram e continua sendo os instigadores das grandes perseguições aos os cristãos. Veja o que o apóstolo Paulo passou nas mãos deles: “Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio, instigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto” (At.14:19).
• Sinagoga de Satanás
Os judeus incrédulos tomaram o partido de Satanás, no conflito entre a igreja cristã e o pagão Império Romano. Alegremente ajudaram às autoridades romanas a esmagarem a igreja. Satanás dominava ao paganismo. Aqueles que se oporem ao Reino de Deus estão sob a influência de Satanás que era visto como quem exercia influência sobre certos lugares onde havia também a igreja cristã (cf. Ap.2:13, 24) . Com relação a influência de Satanás, no ano 29 a.C., a cidade de Ppérgamo erigiu um santuário para a implantação do culto ao Imperador romano. Pérgamo também se tornara centro da religião pagã.
A GARANTIA DE JESUS: a coroa da vida
Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias, seja fiel até a morte e eu lhe darei a coroa da vida (v.10 – grifo nosso).
Cristo ama a Igreja que é o verdadeiro Israel de Deus. “Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei” (Ap.3:9).
Veja esse comentário de Simom, um dos maiores teólogos da atualidade:
“Jesus denominou a assembléia judaica “a sinagoga de Satanás”. Como os judeus se orgulhavam de ser o povo eleito de Deus, com quem ele fizera uma Aliança, Jesus, implicitamente diz que eles tinham perdido o direito de serem chamados seu povo. Tornaram-se instrumentos nas mãos de Satanás que, como seu governante, usava-os para solapar e, se possível, destruir a Igreja. Rejeitaram não só a Jesus, mas também a todos os seus seguidores e, assim, indiretamente, reconheceram Satanás como senhor. Portanto, Jesus os caracterizou como mentirosos, porque não mais podiam reivindicar ser o povo de Deus” (KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. Editora Cultura Cristã, 2004. p.215).
Os filhos de Deus não são necessariamente os filhos naturais de Abraão, mas, os da promessa. Esses são os verdadeiros israelitas juntamente com os gentios que são maioria nessa aliança, tendo em vista que os judeus rejeitaram o Messias e O mataram. Na verdade, a maioria dos judeus foi rejeitada, mas o remanescente segundo a eleição da graça (Rm.9:11; 11:7) foram justificados pela fé somente e, por incrível que pareça, os gentios que não buscavam a Deus foram incluídos nessa Aliança pela fé (Rm.9:30-33) . Portanto, a Igreja de Cristo Jesus, que é o remanescente de Deus (Rm.9:27) , os eleitos segundo a vontade de Deus (Rm.9:11) é o verdadeiro Israel segundo a promessa.
Comentário de Hendriksen.
“O que Paulo está dizendo, pois, nos versículos 9:6-13 de Romanos é: Em última análise, a razão por que algumas pessoas são aceita e outras rejeitadas é que Deus assim o quis. Vontade divina e soberana é a fonte tanto da eleição quanto da reprovação. A responsabilidade humana não é cancelada, porém não existe tal coisa como mérito humano. O eterno propósito de Deus, em ultima análise, não tem por base as obras humanas”. (HENDRIKSEN, William. Romanos. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001. p422).
O Reino foi tirado dos judeus porque não produziam frutos de vida.
“Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhes produza os respectivos frutos. Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó” (Mt.21:42-44).
Jesus é a pedra angular para os que confessam Seu nome e edificam suas vidas nEle. Porém, os judeus que eram filhos do Reino perderam esse direito, tornaram-se sinagoga de Satanás. Dessa forma, não podem reivindicar a Terra como possessão perpétua por serem filhos carnais de Abraão.
2. A aliança de Deus com Abraão no que se refere à sua descendência é incondicional e, portanto, Israel não pode deixar de existir (Gn 17.7; Dt 7.6-8; Jr 31.35-40; 33.25,26; Sl 89.28-34; Rm 11.28,29)
Resposta:
Com toda certeza, Israel nunca deixará de existir, simplesmente porque ele é a igreja. Deus não trata com dois povos, posto dos dois ter feito um. “...justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos (e sobre todos) os que crêem; porque não há distinção pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm.3:22-23). Tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado e serão justificados todos os
A “Antiga Aliança” deve ser vista como “sombra profética”, e não como algo permanente. Vejamos um exemplo: “Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna” (Jo.3:14-15);
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne”(Jo.6:51). O pão que os israelitas comeram no Deserto era sombra do verdadeiro pão que desceu do céu (Jesus Cristo) e dá vida aos homens (cf. Jo.6). A promessa de uma terra eterna também se originou de uma realidade celestial. Abraão e os patriarcas esperavam uma pátria celestial: “Porque Abraão esperava a cidade que Deus planejou e construiu, a cidade que tem alicerces que não podem ser destruídos” (Hb.11:10).
Assim escreveu sabiamente um dos maiores teólogos contemporâneo: “O progresso rumo à consumação na nova aliança não pode permitir um retrocesso às antigas formas de sombra” .
3. Não houve nenhuma rejeição definitiva por parte de Deus com relação ao povo de Israel (Rm 11.11).
Resposta:
Claro que não houve! Paulo era judeu e havia sido alcançado pela graça de Deus. O Senhor trata com o remanescente e, até hoje, continua salvando judeus. Todavia, a maioria foi endurecido: “Deus endureceu o coração e a mente deles; deu-lhes olhos que não podem ver e ouvidos que não podem ouvir até o dia de hoje” (Rm.11:8).
4. A terra de Israel é possessão perpétua da descendência de Abraão conforme a aliança incondicional firmada (Gn 15.18-21; 17.7,8; Dt 9.4-6; Rm 11.29).
A terra de Israel é possessão perpétua no sentido da Aliança de Deus com Abraão ser de caráter eterno (cf. Gn.17:2). A Aliança de Deus dura para sempre e Jesus cumpre cada condição dela cabalmente (2Co.1:20; Ef.2:12-13).
Se os judeus e os judeus-messiânicos pensam que irão habitar na terra de Canaã eternamente, estão redondamente enganados, não sabem interpretar as profecias, são meninos, têm zelo por Deus, mas, sem entendimento. Como os judeus irão herdar a terra? A Bíblia diz que tudo isso terá um fim, haverá um novo céu e uma nova terra. Vejamos o que diz as Escrituras a esse respeito: No sermão profético de Jesus, narrado por Marcos 13:25; Lucas 21:25-27; Mateus 24:29 diz:
Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas (gr. asteras - asteróides) cairão do firmamento, e os poderes dos céus (energia gravitacional que equilibra os corpos no espaço, eletromagnéticas, nucleares fraca e forte que atuam nos céus) serão abalados.
“Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exercito cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira” (Is. 34:4).
“Esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, “serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão’’ (2 Pe. 3:12). A linguagem escatológica é usada em toda Bíblia para falar do fim que acontecerá em breve. O dia e a hora, ninguém sabe.
Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola (Ap. 6:12-14).
Assim como o Senhor estendeu o universo através da Sua palavra criadora (bereshith bará), no fim Ele recolherá, precipitará os acontecimentos por ocasião do Seu juízo:
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono (Ap. 20:11 e 12).
Todos serão julgados e o mal será para sempre vencido e lançado para dentro do lago de fogo justamente com aqueles cujos nomes não foram encontrados no “Livro da Vida” (cf. Ap. 20:15). Todavia, isso é o começo de uma nova existência, a visão final de João é que Deus fará tudo novo, para o povo redimido:
Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para seu esposo (Ap. 21:1-2).
Como a Bíblia diz, e a ciência prova, o mundo teve um começo e terá um fim, não o fim da matéria existente, mas uma transformação radical para uma nova ordem. O planeta está caminhando como um bêbado para seu destino final. A linguagem usada é profética, aponta para esse momento que acontecerá por ocasião da “Segunda Vinda de Cristo”:
Terror, cova e laço vêm sobre ti, ó morador da terra. E será que aquele que fugir da voz do terror cairá na cova, e, se sair da cova, o laço o prenderá; porque as represas do alto se abrem, e tremem os fundamentos da terra. A terra será de todo quebrantada, ela totalmente se romperá, a terra violentamente se moverá. A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará. Naquele dia, o SENHOR castigará, no céu, as hostes celestes , e os reis da terra, na terra” (Is. 24:17-21).
“Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão’’ (Lc. 21:33).
Os salvos, os que aceitaram Jesus como seu Senhor e Salvador, herdarão um novo céu e uma nova terra, onde gozarão as bem aventuranças :
[...] ali não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: escreve, porque estas palavras são verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida (Ap. 21:4b-6 – grifo nosso).
Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhe cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap. 21:8).
Como esses falsos mestres podem afirmar que Israel irá habitar a terra (Palestina) eternamente?
5. A conservação dos judeus através dos séculos de dispersão e perseguição foi conseqüência da fidelidade divina (Is 43.1-4)
Resposta:
O povo de Deus é exaltado pela eleição (Is.49:5; Ex.19:5; Dt.7:6-8). Esses eleitos são todos os que não dobravam os joelhos a baal.
A conservação dos judeus segundo a carne é conseqüência da soberania de Deus, e todas essas perseguições estão relacionadas com o sangue dos profetas que estão sobre eles: “A ira, porém, sobreveio contra eles, definitivamente” (1Tss.2:14-16). O correto seria afirmar que essa “conservação” está relacionada com a soberania de Deus, ou seja, está dentro dos Seus decretos permissivos.
6. O retorno dos judeus à sua terra é o cumprimento das profecias do AT (Is 43.5,6; 37.24)
Resposta:
“Não temas, pois, porque sou contigo; trarei a tua descendência desde o Oriente e a ajuntarei desde o Ocidente. Direi ao Norte: entrega! E ao Sul: não retenhas! Trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra...” (Is.43:5, 6).
Todos sabem que há muitas profecias a respeito da restauração de Israel, ou seja, sobre o retorno dos judeus para sua terra. Vejamos: (Dt.30:1-10; 1Rs.8:46-52; Jr.18:5-10; 29:12-14; Ez.36:33; Os.11:10). Porém, elas se cumpriram quando os judeus voltaram do cativeiro babilônico no ano (538 a.C./537 a.C.) . Como vemos, o estabelecimento do Estado de Israel depois da segunda guerra mundial não tem nada a ver com essas profecias.
7. A atual nação de Israel não é resultado de meras convergências históricas, mas parte do plano divino para a descendência de Israel e para o mundo (Is 66.8; Am 9.13,14).
Resposta:
Os judeus incrédulos no Messias reivindicam a terra como sua possessão. Se a terra pertencia ao povo da Antiga Aliança, na Nova Aliança pertence a todos os que são filhos espirituais de Abraão (judeus e gentios) que crêem no Messias (Jesus) como seu único e suficiente salvador. Dessa forma Israel (étnico) deve reconhecer os palestinos como nação e respeitar sua soberania. Os judeus incrédulos que estão na Palestina e espalhados no mundo conspirando contra a Igreja de Cristo Jesus são na verdade Sinagoga de Satanás , filhos do diabo . O verdadeiro judeu são os que entrarem na Aliança da Graça pela fé somente , sem as obras da lei ou quaisquer outras coisas que fazermos para obter justiça própria.
8. Israel é um povo singular entre as demais nações (Dt 33.29; 26.18)
Resposta:
Isso não é verdade. Tudo com relação a Israel já se cumpriu. Os judeus ímpios e todos os que se esqueceu de Deus, restam-lhes a ira que é o contrário do Seu amor.
O Israel étnico não é mais esse povo singular (cf. Rm.9: 26-28; 10:20-21) . Isso era para o povo da Antiga Aliança. Atualmente todas as bênçãos estão sobre a Nova Aliança (Jr.31:31; 32:40) .
9. Ainda existem muitas profecias a serem cumpridas com respeito às promessas de Deus à nação de Israel (Ez 37 – 40; Mt 5.17; At 1.6,7)
Resposta:
(Ez 37 – 40) Essa profecia já se cumpriu e revelava a situação de Israel no cativeiro. É uma profecia de esperança para os judeus.
(Mt 5.17) Jesus não veio acabar com a lei, mas dá o verdadeiro sentido, ou seja, cumprir a lei e os profetas. A Bíblia ensina que todas as profecias se cumpriram em Cristo Jesus: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt.5:17). Se Ele cumpriu, significa que não é preciso querer tentar fazer o que já foi feito.
(At 1.6,7) Os discípulos pensavam que Jesus iria restaurar o reino físico expulsando os romanos de Israel, mas Jesus falava do Reino Eterno que acontecerá por ocasião da Segunda Vinda.
10. O endurecimento dos judeus com relação a Jesus é parcial temporário (Mt 23.39; Rm 11.25)
Resposta:
“Porque não quero, irmão, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo...” (Rm.11:25-26).
A pesar de termos alguns defensores, como Dr. Martyn Lloyd-Jones, de que no final, antes de Cristo Retornar para consumar todas as coisas haverá uma conversão em massa dos judeus étnicos. Todavia, a maioria dos comentaristas acredita que essa interpretação foge de todo contexto.
Essa visão é a que melhor se enquadra na soteriologia: Quando entrar a plenitude dos gentios na aliança da graça todo o Israel será salvo. A plenitude dos gentios + os judeus eleitos = a todo o Israel. Vejamos esse importante comentário da Bíblia de Estudo de Genebra:
“O raciocínio de Paulo, neste passo, tem sido compreendido de três maneiras principais: a) ele está mostrando como Deus salva todo o seu povo eleito (todo o Israel, no v.26, deve ser tomado como basicamente sinônimo de Igreja, ou seja, o Israel espiritual); b) ele está mostrando como Deus salva a todos os eleitos de Israel, que deverão ser salvos; c) ele está mostrando como Deus trará, no futuro, a salvação ao povo judeu, tão amplamente divulgada que, num sentido geral óbvio, pode-se dizer que “todo o Israel será salvo” (v.26). Apesar das dificuldades, algumas forma deste último ponto de vista parece ser o mais provável, e isso pelas seguintes razões. Em primeiro lugar, indícios disso parecem ter aparecido nos vs.11-12, 15-16, 24. Em segundo lugar, o v.25 sugere que o fim do endurecimento interpretado como se fosse uma entidade diferente do Israel em mira nos vs. 1-24 e nos vs.28-31, onde está em foco o Israel nacional (e não o Israel espiritual). Em quarto lugar, “mistério”, no v.25, pareceria impróprio e exagerado se o ensino de Paulo fosse simplesmente que todos os judeus eleitos seriam salvos. Finalmente, esse ponto de vista concorda bem com as citações nos vs. 26-27, de Is. 59: 20-21; 27:9; Jr.31:33-34, que parecem falar de um banimento compreensivo daquele pecado que tem sido a causa da alienação entre Israel e Deus” (p.1337).
11. Atitudes positivas com relação a Israel resultam em bênção também para a Igreja (Gn 12.3)
Resposta:
Atualmente é o contrário: Atitudes positivas com relação à igreja resultam em bênção para o mundo. Sabendo, pois, que o Israel que está fora da igreja está sob a maldição da Lei. Cada judeu que Cristo salva, também é bênção para a igreja e para o mundo.
12. É dever de todo cristão orar pela salvação dos judeus (Rm 10.1; )
Resposta:
Concordo plenamente, não só dos judeus, mas de todos os que ainda irão crer.
13. É dever dos cristãos ajudar os judeus em suas necessidades (Rm 15.25-27)
Resposta:
Na época de Paulo, os judeus-cristãos estavam passando por grande necessidade e era dever dos crentes gentios ajudar uns aos outros, principalmente os judeus dos quais eles eram participante dos valores espirituais. A referência é sobre os judeus que foram eleitos para a salvação, não sobre os judeus incrédulos, filho da perdição. Quais os valores espirituais dos que não nasceram de Deus? Eles são filhos do diabo (cf. Jo.8;44); “...não agradam a Deus...” (1Tss.2:15); estão sempre enchendo a medida de seus pecados (cf. 1Tss.2:16); “A ira, porém, sobreveio contra eles, definitivamente” (1Tss.2:16).
14. Haverá uma conversão nacional de Israel, isto é, todo o Israel será salvo (Zc 12.10; Rm 11.25,26)
Resposta:
Já respondi esse assunto no décimo ponto. Mas, conforme declara Palmer Robertson Deus nunca se obrigou a salvar cada individuo de qualquer grupo de pessoas. Ele sempre teve um remanescente, se esse padrão for mudado no futuro, seria um princípio estranho a toda atividade redentora, tanto na Antiga quanto na Nova Aliança. Todavia, Deus é poderoso, livre para agir conforme o conselho de Sua vontade “Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Rm.9:15). Nosso desejo e oração é para que todos os eleitos de Deus sejam chamados o mais rápido possível. O próprio apóstolo Paulo declara em Rm.9:2-3: “...tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmão, meus compatriotas, segundo a carne”. Nós os crentes em Cristo, verdadeiros judeus segundo a promessa de Abraão, devemos sentir grande pesar não só pelos judeus que estão fora da igreja, mas por todos quantos estão na mesma situação.
15. O judaísmo-messiânico é uma expressão verdadeira e válida da fé evangélica e não um tipo de legalismo evangélico (Gl 2.7-9; At 21.20)
Resposta:
Isso não é verdade. O judaísmo-messiânico é uma expressão falsa da fé evangélica. Por vários motivos: Não crêem nas doutrinas bíblicas, Trindade e Divindade de Jesus, vivem nos rudimentos da Lei e acreditam na salvação pelas obras etc. O Cristo que eles acreditam não é suficiente para sua salvação, é preciso que se faça algo cooperando dessa forma com a graça salvadora. Essa grande heresia é condenada pela Palavra: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9). A fé é um dom de Deus, não é algo desenvolvido pelo homem.
16. Israel terá um papel preponderante entre as nações no futuro (Zc 8.23; Rm 11.12,15,24; Ap 7.1-8)
Resposta:
Preponderante em que sentido? Como povo rebelde e contradizente, despertará o homem da iniqüidade, o anticristo. O cenário já está pronto, Israel domina o mundo completamente, as medidas já estão sendo tomadas, quando o “messias” de Israel segundo a carne for lançado exercerá domínio absoluto sobre as nações de forma clara (é o poder da besta em ação).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HENDRIKSEN, William. Romanos. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001.
HENDRIKSEN, William. Gálatas. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 1999.
KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. Editora Cultura Cristã, 2004.
ROBERTSON, Palmer O. O Israel de Deus: passado, presente e futuro. São Paulo. Editora Vida, 2005.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário