quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ERROS DA TEOLOGIA ARMÍNIO-WESLEYANA

ERROS TEOLÓGICOS NA DOUTRINA ARMÍNIO-WESLEYANA

Por
Pr. Carlos R. Cavalcanti
Teólogo, Historiador, Antropólogo, Especialista em Arte, Religião e Cultura Judaica.
18/08/2010






CAVALCANTI, Carlos R.
Erros Teológicos na Doutrina Armínio-Wesleyana. Recife. Editora C R C, 2010. 84p.
Conteúdo: Apologético-Doutrinário. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações com indicação da fonte.





INTRODUÇÃO

João Wesley foi o fundador do metodismo. Teologicamente ele esta situado, nos contextos da teologia anglicana, do puritanismo inglês, do pietismo alemão-moravo, os quais tiveram significativa importância nas suas concepções teológicas.
O avivamento metodista é de essência arminiana, mesmo estando em um contexto calvinista, Wesley pregava a universalidade da graça de Deus e a inteira santificação. A Teologia Arminiana-Wesleyana divergiu do calvinismo, argumentando que os benefícios da graça são oferecidos a todos, em oposição ao princípio calvinista de que Deus predestinou para a salvação alguns dentre a humanidade caída e deixou o restante na sua merecida condenação. Foi isso que levou Wesley a ter divergências com os calvinistas extremados (como ele chamava alguns). A pesar de ter sido um crente fervoroso e influenciado a Inglaterra com suas pregações, encontramos em sua teologia alguns erros doutrinários que merecem ser revistos.
João Wesley não escrevera nenhuma teologia sistemática; é qualificado como um teólogo prático.
A Igreja evangélica brasileira foi influenciada profundamente pela teologia wesleyana, principalmente no que diz respeito ao arminianismo, mesmo que de forma inconsciente, muitas igrejas professam premissas dessa teologia, dentre elas podemos citar o movimento pentecostal moderno que na sua teologia tem em Wesley algumas referências.






ÍNDICE



01. LIVRE-ARBÍTRIO......................................06

02. FÉ.................................................................16

03. JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ.........................24

04. EXPIAÇÃO: Universal ou Limitada............31

05. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO..............52

06. A GRAÇA PREVENIENTE.......................73

07. SANTIFICAÇÃO.........................................79



1. O LIVRE-ARBÍTRIO
Os arminianos-wesleyanos não compreendem o significado de arbítrio nem de liberdade. O que realmente isso significa? O arbítrio é a faculdade de decidir, de escolher, de determinar. Para que ele seja livre não pode haver nem uma força agindo internamente ou externamente influenciando-o em suas decisões. Como o livre-arbítrio está ligado a soberania, o único ser que é totalmente livre de quaisquer influências é Deus. Ele é Livre em suas ações, quando decidiu criar, Ele poderia não ter criado, isso não O afetaria em nada. Segundo esse princípio, não poderemos afirmar que o homem natural tem livre-arbítrio. Por quê? Um escravo tem liberdade? (Jo.8:34) Não. Como uma pessoa pode dizer que tem livre-arbítrio quando ela é incapaz de poder compreender a palavra de Deus? A liberdade dela é de acordo com a sua natureza corrupta, ou seja, de fazer a vontade do Diabo e não a de Deus. Se ela não pode fazer a vontade do SENHOR porque está morta espiritualmente, como pode alguns falsos pastores e mestres ensinar que o homem possui tal liberdade?
Analisemos o texto de Efésios 2:1b-3 que diz:

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (itálico e negrito meu).

Essas palavras foram para a igreja dos efésios e continua ecoando para todas as igrejas de Cristo Jesus, ainda hoje. Antes de recebermos a vida que há em Cristo, nós andávamos em nossos delitos e pecados segundo o curso deste mundo e não segundo o curso do Espírito Santo. Nesse estado a onde está o livre-arbítrio? A capacidade de buscar a Deus em espírito e em verdade? Os espíritos malignos são os guias dos que não estão em Cristo Jesus, dos filhos da desobediência. O texto é claro, “andávamos segundo as inclinações da carne e dos pensamentos e éramos por natureza filhos da ira”. A liberdade que o homem pensa ter é de acordo com sua natureza, e essa natureza é inclinada para o mal. O livre-arbítrio é, portanto, um escravo. Encontrava-mos nessa situação e não tínhamos o mínimo de desejo de buscar a Deus, devido a nossa natureza depravada, mas, fomos objetos da Sua graça e de Seu amor e Ele nos deu vida sem que merecêssemos: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos...” (Ef.2:4-5 – itálico e negrito meu). A graça é um dom gratuito de Deus, e não necessita de obras .

“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef.2:10 – itálico meu).

Agora pertencemos a Cristo, somos seus servos, guiados pelo Espírito Santo . E o apostolo Paulo disse, “não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim”. Como podemos pensar que temos a liberdade de fazer o que bem entendermos? Libertos do pecado, temos paz com Deus, e o desejo do nosso coração é fazer Sua vontade, pois fomos predestinados para sermos transformados na imagem do Filho de Deus (cf. Rm.8:29) .
O salmista, inspirado pelo Espírito, descreve quem é inteiramente livre em todo seu ser: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias cada um deles escrito e determinado quando nem um deles havia ainda” (Sl.139:16). Se todos os seus dias foram escrito no livro de Deus antes que viéssemos a existência, não temos a liberdade que pensamos ter. Deus sabia o dia que iríamos nascer e nós não sabíamos. Todos os nossos dias estão escrito nesse livro, inclusive o dia que iríamos nascer do Espírito. Nós não podíamos determinar esse dia, mas já estava escrito no livro de Deus. Ninguém sabe o dia que irá morrer, mas já está determinado por ele. Você tem livre-arbítrio? Podemos mudar o rumo da nossa vida? Mesmo já estando escrito e determinado por Deus? Aos anjos que não guardaram seu domicílio, e estão sob trevas e algemas eternas aguardando o juízo do grande Dia (cf. Jd.6). Eles podem fazer alguma coisa pra mudar essa realidade que foi determinada por Deus? Não. Assim diz o SENHOR pelo profeta Isaías 46:10, “farei toda a minha vontade”. A vontade é dEle e não nossa.
Os arminianos gostam muito desse versículo, (Dt.30:15-16) , que propõe a vida e a morte para Israel escolher. Eles chamam isso de livre-arbítrio; só que Israel em toda sua história nunca escolheu a vida. A onde está o livre-arbítrio? Por que eles nunca escolheram a vida? Vejamos o motivo: “Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos, como está escrito: Deus lhes deu espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir até ao dia de hoje” (Rm.11:7-8 – itálico e negrito meu).

Alguns versículos mostram que o livre-arbítrio é um mito:
A Bíblia ensina que a vontade de Deus determina todas as coisas. Nada existe ou acontece sem que Ele tenha permitindo:
Eu anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; Eu digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade (Isaías 46:10).
Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai (Mateus 10:29).
Deus controla não somente os eventos naturais, mas Ele controla também todos os assuntos e decisões humanas:
Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da tua casa e do teu santo templo (Salmos 65:4).
O SENHOR fez tudo para seus próprios fins; sim, até o ímpio para o dia do mal (Provérbios 16:4).
O coração do homem planeja o seu caminho, mas o SENHOR determina os seus passos (Provérbios 16:9)
Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR; como, pois, entenderá o homem o seu caminho? (Provérbios 20:24).
Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; Ele o inclina a todo o seu querer (Provérbios 21:1)
Visto que os seus dias estão determinados; tu tens decretado o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles (Jó 14:5).
E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes? (Daniel 4:35).
Antes se despediu deles, e prometeu: Se Deus quiser, outra vez voltarei a vós. E navegou de Éfeso (Atos 18:21)
Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (Filipenses 2:13).
Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo (Tiago 4:13-15)
Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas (Apocalipse 4:11)
Se Deus realmente determina todos os eventos naturais e assuntos humanos, então, segue-se que Ele também decretou a existência do mal. Isto é o que a Bíblia explicitamente ensina:
E disse-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR? (Êxodo 4:11).
Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o mal como o bem? (Lamentações 3:37-38).
Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas (Isaías 45:7).
Tocar-se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá algum mal na cidade, sem que o SENHOR o tenha feito? (Amós 3:6).
Todo mal que possa acontecer a alguém está dentro da vontade Divina:
Todavia, foi da vontade do SENHOR esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará na sua mão (Isaías 53:10)

2. A FÉ

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9 – itálico e negrito meu).
A salvação é um dom de Deus, o homem não faz nada, entra com as mãos vazias. O versículo é bastante claro: “...isto não vem de vós..”; isto o que? A salvação, a graça, a fé. A graça é um favor imerecido, um “...dom de Deus”. Diz a Bíblia que todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus (cf. Rm.3:23). Estão afastados, são Seus inimigos , portanto, merecem a justa condenação. Ele não tem obrigação de salvar ninguém, visto que a condenação do pecador é algo que ele fez por merecer: “...porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” ( Rm.6:23 – negrito e itálico meu). O salário é algo que se faz por merecer, porém, o dom gratuito de Deus é algo que não merecíamos. Mas, Deus prova o Seu amor para conosco tendo Cristo morrido na cruz sendo nós ainda pecadores (cf. Rm.5:8). Como vimos, o homem não faz nada para contribuir com a graça soberana de Deus. Para alcançar a salvação, ele crê porque a incredulidade foi removida pela graça, a resistência que nos impedia de lhE buscar e adorar foi vencida pelo Seu poder que opera em nós (cf. Ef.1:19). Como está escrito em Rm.3:24: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”. Ser justificado gratuitamente pela fé significa que não podemos fazer nada para contribuir com a salvação, simplesmente por que essa dádiva é suficiente:

“...isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Rm.9:16). “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm.9:20-21 – itálico meu).

Os arminianos-wesleyanos não crêem dessa forma, eles acreditam que o homem pelo seu livre-arbítrio tem a capacidade de contribuir com a graça salvadora. Vejamos:

“A fé salvadora consiste de um elemento divino e outro humano” (Casa Nazarena de Publicações. Introdução a Teologia Cristã, 1990: pg.308 – negrito e itálico meu).

Citarei apenas dois versículos que confirmará que a posição arminio-wesleyana é incompatível com a doutrina bíblica:

“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm.5:5 – itálico e negrito meu).

“Outorgado” significa dado sem que se possa questionar, se quer ou não. No grego e em outras versões: “imputado”, “dado”. Por que não podemos dizer que contribuímos com a fé salvadora e que nos voltamos para Deus com o objetivo de sermos regenerados posteriormente? Em primeiro lugar, o dom do Espírito é uma promessa (cf. Jl.2:28; At.2:17) , e uma promessa é algo que acontecerá, ininterruptamente, no tempo determinado com os eleitos de Deus através da pregação do Evangelho . Em segundo lugar, a escolha dos que irão ser salvos, conforme a eleição da graça aconteceu na eternidade, antes de todas as coisas virem a existência. Escolhidos “para” a salvação ou predestinados é algo que acontecerá no seu tempo pela pregação do Evangelho. Esses que Deus predestinou são amados pelo Senhor:

“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade...” (2Ts.2:13 – negrito e itálico meu).

A teologia arminio-wesleyana da graça “preveniente” é de que o homem contribui para sua salvação. Esses ensinos a luz das Escrituras, cai por terra. Vejamos: 1) A escolha foi Deus quem fez segundo o beneplácito de Sua vontade:

“...assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade...” (Ef.1:4-5 – negrito e itálico meu).

Não podemos afirmar que existe a possibilidade de contribuirmos com a graça salvadora porque nossa salvação foi uma “escolha eterna”, de Deus, conforme a Sua vontade e não segundo a nossa. Principalmente, porque nossa condição é de corrupção e morte, estamos legalmente mortos e separados de Deus, a sentença já foi decretada: “és pós e ao pó tornarás”. Não havia possibilidade do homem sem ser pela fé somente, que é um dom de Deus, sair do estado em que se encontra , “morto em seus delitos e pecados”. 2) Não existiria, também, a possibilidade dEle ter nos escolhido antes da fundação do mundo porque previu que iríamos crer. Não, não foi isso. Nenhum de nós poderia desenvolver essa capacidade, principalmente porque estamos mortos espiritualmente: “Mas vocês não querem vir para mim a fim de ter vida” (Jo.5:40 – NTLH). Alguns pensam que existe a capacidade dos que estão mortos espiritualmente fazerem escolhas para vida. Eu até poderia entender essa insistência se os arminianos pudessem dizer: “se quiser posso não pecar mais”. Não existe o desejo dos que estão mortos buscarem as coisas espirituais! Eles não querem vir, não porque exista a capacidade de escolher se quer vir ou não, mas, porque estão espiritualmente incapacitados até mesmo de “tentar” voltar-se para Deus. Todavia, segundo a Sua vontade, “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Ef.2:1). “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros...” (Jo.15:16a). É assim que Deus age, a iniciativa é dEle, a vontade é dEle, por isso a fé não é de todos , mas, apenas daqueles que foram escolhidos, eternamente, segundo a eleição da graça .
Como vimos a fé é um “dom” gratuito de Deus para o arrependimento. Os que não conhecem a Deus negam tais verdades afirmando que eles produzem essa fé pelo livre-arbítrio, portanto, a capacidade de render-se a Ele, aceitando-O como salvador depende dessa vontade de escolha. Todavia, a Bíblia não dá espaço para tais heresias.

3. JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" (Rm.3:28).

Essa doutrina é o ápice da teologia do apóstolo Paulo; é a doutrina evangélica do Nosso Senhor Jesus Cristo. Foi através dela, da "justificação pela fé somente," que Lutero rompeu com a falsa doutrina romanista da salvação pelas obras. Ela quem acendeu o pavio para que a Reforma explodisse. A glória de Deus é exaltada soberanamente nessa doutrina que coloca o machado na raiz do orgulho humano, quando afirma que não é por obras da Lei ou quaisquer tipos de justiça própria praticado por nós.
Ainda hoje, muita gente continua sem compreender como funciona a justificação unicamente pela fé. A teologia armínio-wesleyana corrompe essa doutrina no ponto mais importante. Ela afirma corretamente que a justificação é um ato judicial em que o pecador é declarado justo pela fé em Cristo Jesus. Porém, é herético fazer essa afirmação:

“É um ato pessoal no sentido de que é experimentado apenas pelos que o buscam pela oração e pela fé e que o obtêm. É inclusivo no sentido de que é a remissão de todos os pecados do passado em razão da tolerância de Deus” (Casa Nazarena de Publicações, Introdução a Teologia Cristã, 1990. pg.319 – negrito e itálico meu).

“é experimentado apenas pelos que o buscam pela oração e pela fé” . A justificação é pela fé somente, porém, o correto seria afirmar: “é experimentado pelos que não buscam”. Os pecadores que não buscam a Deus, que estão afastados da Sua glória, são justificados pela fé. Se alguém busca é porque já foi justificado. Deus prova o Seu amor pelos que não buscam, pelos que estão mortos nos delitos e pecados: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5:8). A justificação é a prova do amor de Deus para conosco , e a fé, como dom gratuito de Deus, é o meio pelo qual temos acesso a graça . Quando os de teologia arminio-wesleyana afirmam que a justificação é para os que buscam pela oração e pela fé, eles estão afirmando que produzem fé salvadora antes da justificação, ou seja, o homem tem que buscar a justificação pela fé que produziu. A justificação, no entanto, não é algo que o homem possa desejar alcançar: “Mas vocês não querem vir para mim a fim de ter vida” (Jo.5:40 – NTLH). Pois, o dom de Deus é algo que acontece na vida dos eleitos, sem que eles busquem: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado . Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm.5:5-6). Cristo morreu quando “ainda éramos fracos”, ou seja, quando ainda estávamos mortos em nossos delitos e pecados, quando não desejávamos nem se quer um pouco, nos voltar para o estado de santidade que possuíamos antes da queda.
Como vimos, a justificação é um “dom” Divino e Ele dá a quem quer: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (Jo.3:8 – itálico meu); “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm.9:16 – itálico meu).
A maioria das pessoas que se dizem cristãs, lêem esse versículo e diz: “Eu não aceito que Deus tenha agido dessa forma; porque se isso é verdade então Ele não está sendo justo para com os que perecem, sem que tenham oportunidade”. Ele, no entanto, tem uma resposta para essas pessoas: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra” (Rm.9:20-21 – itálico meu).
“...todos os pecados do passado ...”. Na verdade, Ele perdoou todos os pecados, não só do passado, mas, também do presente e do futuro. “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Rm. 6:22). Somos declarados justos porque a justiça de Cristo Jesus é imputada em nós. Dessa forma estamos mortos para o pecado, mas vivos para Deus. Portanto, como o sangue de Jesus Cristo é suficiente para nossa salvação, não podemos pensar que ele foi derramado apenas pelos pecados do passado, se fosse assim, a vida eterna não seria uma garantia: “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo. 6:35). Será que cairão da fé os que foram justificados, os que provaram do pão da vida? Jamais terão fome. Os que beberem da água da vida, jamais terão sede. Não existe a possibilidade dos que provaram desse pão e beberam da água da vida voltar a ter fome ou sede novamente. Ele é poderoso para guardar nosso depósito até o dia final. Aquele que começou a boa obra em nossas vidas concluirá até o dia de Cristo Jesus.
O “fruto para a santificação ” é o Espírito Santo que habita em vós. É o selo, a garantia para a “vida eterna”. Se temos a garantia não podemos pensar jamais que perderemos a salvação ou que só os pecados do passado foram perdoados como se pudéssemos cair da graça, uma vez tendo nascido de Deus. Os que verdadeiramente nascem de Deus, têm a Sua natureza, e nada pode mudar essa realidade. Mesmo que um pai não reconheça a paternidade do seu filho ele continuará sendo seu filho, continuará com todas as características hereditárias, é algo que não se pode mudar. A Bíblia diz claramente que não há mais condenação para os que estão em Cristo Jesus. Fomos justificados por Ele e libertos da lei do pecado e da morte: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm.8:1-2).
Os que afirmam que se pode cair da graça não conhece verdadeiramente o Deus da salvação: “Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me tivésseis conhecido, conhecereis também a meu Pai” (Jo.14:5-7).




4. EXPIAÇÃO : UNIVERSAL OU LIMITADA?
Outro grande erro da teologia-arminio-wesleyana, é referente a expiação. Eles acreditam, erroneamente, que Cristo morreu na cruz por todos os seres humanos, e colocou Sua obra expiatória a disposição deles. E, só os que aceitam esse sacrifício, pela sua livre e espontânea vontade, serão salvos:

“A expiação é universal. Isto não quer dizer que toda a humanidade se salvará incondicionalmente, mas apenas que a oferta sacrificial de Cristo satisfez as pretensões da lei divina, de maneira que tornou a salvação possível para todos. A redenção, portanto, é universal ou geral no sentido de provisão, mas especial ou condicional na sua aplicação ao indivíduo” (Casa Nazarena de Publicações. Introdução a Teologia Cristã, 1990. pg.270 – negrito e itálico meu).
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Porém, a Teologia Bíblica afirma que a expiação é incondicional, e a morte de Cristo Jesus foi por todos os seus eleitos, ou seja, todos aqueles que o Pai escolheu na eternidade. Vejamos o que diz a Bíblia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo.3:16). Mundo tem vários significados, depende do contexto. Não podemos entender “mundo” como se Ele tivesse enviado Seu Filho para morrer por cada pessoa da raça humana. Vejamos o que Jesus diz: “Se vocês fossem do mundo, o mundo os amaria por vocês serem dele. Mas eu os escolhi entre as pessoas do mundo , e vocês não são mais dele. Por isso o mundo odeia vocês.” (Jo. 15:19 NTLH – negrito e itálico meu). Se Ele nos escolheu entre as pessoas do mundo, isso significa que a “expiação é incondicional”, depende unicamente da vontade de Deus e de Seu poder que opera em nós. Ele diz mais: “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca.” (Jo.15:16a NTLH – itálico e negrito meu). O que comprova que a expiação é incondicional é que fomos escolhidos antes da criação do mundo e, foi unicamente pelos eleitos, os que Ele predestinou na eternidade que o Filho morreu na cruz: "Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa..." (Ef 1:4 NTLH – itálico e negrito meu). Será que Ele nos escolheu antes da fundação do mundo porque previu que alguns de nós iriamos crer? Não. Porque está escrito que a salvação não é pelas obras para que ninguém se glorie. Vocês não podem fazer absolutamente nada para conseguir a salvação: "Deus nos salvou e nos chamou para sermos o seu povo. Não foi por causa do que temos feito, mas porque este era o seu plano e por causa da sua graça. Ele nos deu essa graça por meio de Cristo Jesus, antes da criação do mundo" (2 Tm. 1:9 NTLH – itálico e negrito meu).
A expiação é incondicional. Essa é a prova inconstetável, Esaú e Jaco, de que não é preciso fazer nada, nem de que Deus previu que o homem responderia positivamente ao Seu chamado. Vejamos:
"Mas, para que a escolha de um deles fosse completamente de acordo com o plano de Deus, o próprio Deus disse a Rebeca: “O mais velho será dominado pelo mais moço.” Disse isso antes de eles nascerem e antes de fazerem qualquer coisa, boa ou má. Assim ficou confirmado que é de acordo com o seu plano que Deus escolhe aqueles que ele quer chamar, sem levar em conta o que eles tenham feito. Como dizem as Escrituras Sagradas: “Eu escolhi Jacó, mas rejeitei Esaú.” (Rm. 9:11 e 12 NTLH – itálico e negrito meu).
Deus foi injusto em agir dessa forma, escolhendo um e rejeitanto o outro? Não! Vejamos: "Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia." (Rm. 9:14-16 – itálico e negrito meu).
Deus tem todo o direito de agir assim. Ele é Deus, é Soberano do Universo e pode fazer das suas criaturas o que bem quiser: "Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?" ( Rm. 9:20 e 21 - negrito e itálico meu).
Por que Deus escolhe incondicionalmente uns para mostrar sua glória e Seu amor e os outros Ele deixou na sua própria miséria e condenação? Porque quer mostrar o seu poder sobre os vasos da ira e também mostrar a sua glória nos vasos de misericórdia: "E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?" (Rm. 9:22-24 – negrito e itálico meu).
Em várias passagens das Escrituras, Ele mostra que a escolha para salvação é dEle. Vejamos um bom exemplo: "Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo" (2 Tss. 2:13 e 14 RA – itálico e negrito meu).
Se a expiação fosse realmente universal, todos seriam salvos porque o sacrifício de Jesus Cristo foi eficaz. Se Seu sacrifício estivesse a disposição de quem desejasse, como querem os teólogos arminio-wesleyanos, ninguém conseguiria alcançar tal salvação visto que o homem na corrupção que se encontra não tem disposição para se voltar às coisas espirituais. Se ele podesse desejar a vida, aceitanto o sacrifício de Cristo na cruz, essa disponibilidade seria obras de justiça própria, e através das obras ninguém nunca foi justificado. O pecador não se arrepende porque ele desenvolveu essa capacidade, mas é Deus quem dá o arrependimento para salvação . Os que irão se perder, irão porque não foram predestinados a salvação. Se eles fossem, com certeza Deus lhes daria arrependimento :
"E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em cuja vontade estão presos." (2 Tm.2:24-26 R C – itálico e negrito meu).
Não podemos aceitar o Evangelho da salvação, se o Pai que está nos céus já não tiver nos escolhidos antes dos tepos eternos: "Todos aqueles que o Pai me dá virão a mim; e de modo nenhum jogarei fora aqueles que vierem a mim. Pois eu desci do céu para fazer a vontade daquele que me enviou e não para fazer a minha própria vontade. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum daqueles que o Pai me deu se perca, mas que eu ressuscite todos no último dia" (Jo. 6: 37-39 NTLH). Portanto, a expiação foi realizada para dá vida aos eleitos: "E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido" (Jo.6:65 RA – itálico e negrito meu).
Jesus falava por parábolas para os não eleitos permanecerem na perdição. Se Deus quisesse que todos fossem salvos Ele salvaria a todos, mas aprouve a Ele salvar alguns através da loucura da pregação do Evangelho. "Jesus disse a eles: A vocês Deus mostra o segredo do seu Reino. Mas para os que estão fora do Reino tudo é ensinado por meio de parábolas, para que olhem e não enxerguem nada e para que escutem e não entendam; se não, eles voltariam para Deus, e ele os perdoaria" (Mc. 4:11 e 12 NTLH – itálico e negrito meu).

JESUS SALVA AQUELES A QUEM QUER

"Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer" (Jo.5:21).

O texto é bastante claro. Jesus dá vida a quem Ele quer, ou seja, Ele salva quem quer, a decisão é dEle, não depende de nossos esforços, mas exclusivamente da Sua “soberana graça”. A salvação é uma obra exclusiva de Deus. O comentário de F.F. Bruce é muito importane. Vejamos como ele afirma a soberania de Deus: "Ele não está somente prometendo a vida eterna aos que crêem nele (veja 3:5, 16, 36); ele exerce a prerrogativa divina de conceder esta vida. Como ele o faz veremos em breve. Mas antes, ele ainda alega ter uma autoridade paralela a esta de dar vida a quem ele quer" (Comentário de João, 2004:120).
J. C. Ryle é mais objetivo. Vejamos o seu comentário a esse respeito:
“Logo a seguir, Jesus declarou o seu divino poder em conceder vida. Ele disse: “O Filho vivifica aqueles a quem quer”. A vida é a maior e mais sublime dádiva que pode ser outorgada, sendo ela mesma aquilo que o homem, com toda a sua habilidade, não pode conceder com suas próprias mãos, nem restaurar quando tirada. Mas, conforme lemos, a vida está nas mãos do Senhor Jesus, que a outorga de acordo com seu critério. Tanto os cadáveres quanto as almas espiritualmente mortas estão sob seu domínio. Ele tem as chaves da morte e do inferno (Ap.1:18); nEle está a vida – Ele é a vida (Jo.1:4)” (Comentário de João, 2000:60).
Todos os grandes comentaristas têm a mesma opinião, justamente porque o texto não deixa dúvidas. Quem adultera a palavra de Deus está caindo em grave perigo:

“...e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles. Vós, pois amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno” (2Pe.3:15-18 – itálico e negrito meu).

Werner de Boor:

““...a quem quer”. Não pode, nesse contexto todo, ter ainda conotação de arbitrariedade do Filho. Contudo salienta que esses “mortos” não devem sua nova vida de forma alguma a si mesmos e a seu mérito pessoal, mas a recebem unicamente pela ação da livre graça e vontade de Jesus. Não “os que merecem” ou os que são dignos”, são os que Jesus vivifica, mas os que “ele quer”, ainda que seja uma decaída mulher samaritana. Com essa afirmação também está suspensa qualquer prerrogativa da “vida” que o judeu considerava assegurada em sua filiação Abraânica e em sua circuncisão. Cada ser humano, também o israelita, para ser vivificado, é remetido exclusivamente ao “querer” de Jesus” (Comentário João, 2002:134).

Alguém que afirme ter sido regenerado pode acreditar que decidiu pela sua salvação? Que recebeu vida do Filho de Deus pelo seu livre-arbítrio? Você acredita que Cristo provou Seu amor para com os que se perderão? Os que irão se perder irão porque decidiram rejeitar a graça de Deus? É verdade que o homem decide se quer vir a Cristo ou é Cristo que decide se quer salvá-lo ou não? Quando a vida que há em Jesus Cristo não é imputada no pecador ele não tem desejo nenhum para ir a Cristo. Por isso Jesus diz: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo. 5:39-40). Eles só poderiam ir a Cristo se o Pai tivesse confirmado com o Seu selo: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo” (Jo.6:27). Só os que receberam o selo de Deus. Por isso Jesus disse que era o pão da vida e quem vinha a Ele jamais teria fome e quem cresse nEle jamais teria sede, portanto, os que irão a Ele são apenas aqueles que o Pai lhE deu: “Todo aquele que o a pai me dá, esse vira a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo.6:37). Portanto, o cristão consciente, sério, que tem responsabilidade com a Palavra de Deus entenderá com bastante facilidade que Cristo morreu não por cada pessoa no mundo, mas apenas por aqueles que o Pai deu a Ele. “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (Jo.6:38-39). Se Jesus veio fazer a vontade do Pai e a vontade dEle é que nenhum Jesus perca de todos os que foram dados a Ele, pode esperar confiando que Ele é fiél para guardar nosso depósito até o dia final. Será que os que irão para o inferno irão porque houve negligência de Jesus em salvar aos réprobos? Não. Serão salvos aqueles que estavam destinados a vida (cf. At. 13:48).
Vejamos outros versículos que fala da expiação limitada:
"A mesma coisa também acontece agora, isto é, por causa da graça de Deus, ainda existe um pequeno número daqueles que ele escolheu. Essa escolha se baseia na graça de Deus e não no que eles fizeram. Porque, se a escolha de Deus se baseasse no que as pessoas fazem, então a sua graça não seria a verdadeira graça. E isso quer dizer que não foi o povo de Israel que encontrou o que estava procurando. Quem encontrou foi apenas um pequeno grupo que Deus escolheu; os outros não quiseram ouvir o chamado de Deus. Como dizem as Escrituras Sagradas: 'Deus endureceu o coração e a mente deles; deu-lhes olhos que não podem ver e ouvidos que não podem ouvir até o dia de hoje' " (R. 11:5-8 NTLH – itálico e negrito meu)..
Se Deus quisesse salvar literalmente todos, teria endurecido o coração do Faraó? Não. Deus quando endurece o coração de alguém não podemos pensar que esse coração era bom, mas devemos entender que Deus é soberano e nada acontece fora da Sua vontade.
"Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados." (Jo.12:40 RA).
"Porém o SENHOR endureceu o coração de Faraó, e não os ouviu, como o SENHOR tinha dito a Moisés." (Êx.9:12 RC).
"Porque, como está escrito nas Escrituras Sagradas, Deus disse a Faraó: “Foi para isto mesmo que eu pus você como rei, para mostrar o meu poder e fazer com que o meu nome seja conhecido no mundo inteiro.” Portanto, Deus tem misericórdia de quem ele quer e endurece o coração de quem ele quer." (Rm.9:17 e 18 NTLH – negrito e itálico meu).
Todos que foram escolhidos para salvação foram salvos, exceto Judas, pois, era filho da perdição.
"Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o empregado não é mais importante do que o patrão, e o mensageiro não é mais importante do que aquele que o enviou. Já que vocês conhecem esta verdade, serão felizes se a praticarem. —Não estou falando de vocês todos; eu conheço aqueles que escolhi. Pois tem de se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem: 'Aquele que toma refeições comigo se virou contra mim'. Digo isso a vocês agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vocês creiam que 'EU SOU QUEM SOU'" (Jo.13:16-19 NTLH – itálico e negrito meu).
Judas se desviou, isso não significa que houvesse a possibilidade dele não ter agido dessa forma, traíndo Jesus.
“E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor do coração de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar” (At.1:24 e 25 RC – itálico e negrito meu).
Judas era filho da perdição, ou seja, havia nascido para esse propósito:
“Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse as Escrituras” (Jo.17:12 – itálico e negrito meu).
Se a “expiação” fosse universal, no sentido de todos terem sido alcançados por essa dádiva, não haveria pessoas destinadas a perdição:
“Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.” (Jd.4 RC – itálico e negrito meu).
Muitos crentes não acredita nessas palavras, eles dizem, “Deus é amor e não agiria dessa forma. Se isso fosse verdade, Ele estaria sendo injusto”. Mas, Ele age dessa forma porque é Deus. Todas as coisas foram ordenadas para que acontecesse segundo o beneplácito de Sua soberana vontade. Vejamos: “O Senhor fez tudo para um fim; sim, até o ímpio para o dia do mal” (Pv. 16:4 RC).
Se a salvação estivesse a disposição do mundo, esse versículo não estaria dessa forma: "Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos" (Mt. 22:14 RC), estaria assim: “Porque muitos quiseram vir, mas poucos decidiram ficar”. Do ponto de vista da teologia-arminio-wesleyana deveria ser dessa forma. Então, poderiamos dizer que esses perderam a salvação porque quiseram.
Desejo concluir esse assunto com um versículo que coloca definitivamente por terra a idéia herética de que a “expiação” é universal e condicional.
“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu os ressuscitarei no último dia” (Jo.6:38-39 – itálico e negrito meu).
Será que Jesus fracassou em realizar a vontade do Pai? A expiação pelos pecados do mundo foi eficaz? A vontade do Pai é, que nenhum pereça e tenham a vida eterna. E os que irão perecer, é porque Jesus falhou? Ou é porque não são dos que o Pai deu ao Filho? A condição para a salvação, segundo a doutrina arminio-wesleyana, é o livre-arbítrio, mas, conforme a Bíblia, é a eleição.
Alguns versículos
"Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder ... e vós fostes feitos nossos imitadores ..." (1Tss.1:4-6).
"... vencerão os que estão com Ele, chamados, e eleitos, e fiéis" (Ap. 17:14).
"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou" (Rm.8:28-30).
"Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo? Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível" (Mt.19:25 e 26).


5. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO

Outra grande heresia da teologia arminio-wesleyana, é por negar a soberana graça de Deus de que Ele Predestinou alguns para a salvação e os outros deixou em sua própria destruição e miséria. Vejamos a falta de entendimento deles, sobre esta tão importante doutrina:

“Em contraste com o Calvinismo, o Arminianismo sustenta que a predestinação é o propósito gracioso de Deus de salvar da ruína completa toda a humanidade” (Casa Nazarena de Publicações, Introdução a Teologia Cristã, 1990, pg.294 – negrito e itálico meu).

Se Ele decidiu “salvar da ruína completa toda humanidade” qual a situação dos que já estavam no inferno antes da primeira Vinda de Cristo? Eles irão poder sair de lá? Nesse caso conforme o pensamento arminiano-wesleyano os que estão no inferno ainda têm a oportunidade de sair de lá para o seio de Abraão pelo seu livre-arbítrio.
E se eles afirmarem que é impossível haver salvação depois da morte, então, Deus falhou. Pois, se o propósito é “salvar da ruína completa toda a humanidade”, e não consegue, está, portanto, revelada a Sua incapacidade. Se Ele não consegue salvar todos que gostaria, que garantia teriam os que dizem confiar nEle? Esse é o Deus dos arminianos-wesleyanos.
Outro pensamento sem lógica: “os que irão perecer, vão porque escolheram pelo seu livre-arbítrio, pois a oportunidade foi dada a todos”. Esse ponto de vista é de alguém que não conhece a Deus nem a Jesus Cristo a quem Ele enviou. Se o propósito gracioso de Deus fosse salvar da ruína completa toda humanidade e não conseguisse devido a vontade do homem, do seu livre-arbítrio, isso significaria que a vontade de Deus não prevaleceu, foi inferior a vontade corrupta do homem. Esse pensamento coloca a soberania de Deus embaixo do tapete, exaltando a criatura a cima do Onipotente SENHOR do Universo.
O que está sendo pregado na maioria dos púlpitos, atualmente, é outro evangelho. Porém, o Deus da Bíblia, o que Ele diz, cumpre: “Eu anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; Eu digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade (Isaías 46:10 – itálico e negrito meu).
O propósito de Deus é de salvar da ruína completa todos (eleitos) que o Pai deu ao Filho, e não toda humanidade como querem os arminianos-wesleyanos. Vejamos outros versículos:
"Todos aqueles que o Pai me dá virão a mim; e de modo nenhum jogarei fora aqueles que vierem a mim. Pois eu desci do céu para fazer a vontade daquele que me enviou e não para fazer a minha própria vontade. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum daqueles que o Pai me deu se perca, mas que eu ressuscite todos no último dia" (Jo. 6: 37-39 NTLH – itálico e negrito meu). Só os eleitos serão salvos: "E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido" (Jo.6:65 RA – itálico e negrito meu).
Esses versículos derrubam de vez o erro arminio-wesleyano:
"A mesma coisa também acontece agora, isto é, por causa da graça de Deus, ainda existe um pequeno número daqueles que ele escolheu. Essa escolha se baseia na graça de Deus e não no que eles fizeram. Porque, se a escolha de Deus se baseasse no que as pessoas fazem, então a sua graça não seria a verdadeira graça. E isso quer dizer que não foi o povo de Israel que encontrou o que estava procurando. Quem encontrou foi apenas um pequeno grupo que Deus escolheu; os outros não quiseram ouvir o chamado de Deus. Como dizem as Escrituras Sagradas: 'Deus endureceu o coração e a mente deles; deu-lhes olhos que não podem ver e ouvidos que não podem ouvir até o dia de hoje' " (R. 11:5-8 NTLH – itálico e negrito meu).
Será que a Bíblia fala de Predestinação? Fala. Porém, os falsos profetas negam, e denigrem essa “doutrina acusando-a de antibíblica para sua própria condenação”. Se está na Bíblia é de Deus e devemos estudá-la:

Provérbios 16.4 - O SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.

João 13.18
- Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar.

Romanos 8.30 - E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.

Efésios 1.4-5 - assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,

2 Tessalonicenses 2.13-14 - Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.

Predestinação, quem nega está negando a Palavra de Deus.
Na verdade, a forma que os arminianos acreditam na predestinação é totalmente adulterada. Deturpam essa doutrina ao ponto de negarem a soberania de Deus.
Não é uma doutrina de fácil compreenção, e nem bem vista, porque coloca por terra o orgulho humano. Eu também não compreedia, mas cria pela fé. Comecei, portanto, a estudar a Bíblia e alguns livros sérios, para entender melhor, e essa doutrina se tornou transparente. Tudo o que os de teologia arminio-wesleyana haviam me ensinado erroneamenrte ficou pra traz. Vejamos por que isso aconteceu:
1) Em primeiro lugar é preciso entender que a salvação é um dom de Deus, e Ele concede gratuitamente aos Seus eleitos, pois a fé não é de todos. Assim diz Efésios 2:8: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. “...isto não ven de vós; é dom de Deus...” isto o que? A fé, a salvação. O dom de Deus é algo imerecido, por isso o apóstolo Paulo diz: “...porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nos Senhor” (Rm.6:23 – itálico e negrito meu). O salário é algo devido, que você fez por merecer, mas o dom gratuito de Deus, já está dizendo: “é um dom”. E “dom” é algo dado sem que o sujeito que recebe mereça: “...não de obras...”, ou seja, não pelo que possamos fazer, porque o homem só será salvo se esse “dom” for derramdo sobre ele, que depende unicamente de Deus: “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm.9:16).
2) Se Deus nos predestinou para sermos transformados na imagem do Seu Filho , significa que essa predestinação é “...para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2Tss.2:13). É isso que diz as Sagradas Escrituras. Negar tais verdades é cair em uma situação de risco, pois está negando a santa e imaculada palavra de Deus. Digam-me, será que nós “...fomos também feito herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade...” (Ef.1:11)? Sim ou não? A sua heresia reside nessa resposta.
3) Analizemos agora a resposta de alguns arminianos sobre esse assunto. Inclusive muitas ovelhinhas pensam dessa forma porque foram doutrinadas erroneamente. Pastores e líderes, às veses, sabem que estão errados, mas permanecem no erro por medo de perder o salário. Alguns são ignorantes a respeito do conhecimento bíblico, essa doutrina não irá entrar em seu coração porque não nasceram de Deus. O verdadeiro crente, quando se depara com essas verdades se espanta, mas o Espírito Santo que habita nele traz a tranquilidade e seguranaça que só os filhos de Deus possuem. Os arminianos e wesleyanos dizem:

“Deus nos predestinou para a salvação porque previu que iriamos crer, que produziriamos fé”.

Isso é a mais pura bobagem. Por quê? Porque a palavra de Deus é taxativa quando afirma que a salvação não é pelas obras: “Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la. Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora...” (Ef.2:8-10 - NTLH). Se foi Deus “...quem nos fez o que somos agora...” e o que somos agora “...não é o resultado dos esforços de vocês...” então se fosse pelo que Ele previsse que fariamos, isso seria obras, e palas obras todos sabem, niguém se salvaria. É preciso mais algum comentário? Eu acho que é o suficiente para os que não foram doutrinados corretamente e que realmente nasceram de Deus mudarem de atitude. Procure uma igreja séria, que pregue a verdade! Muitos deixam de grorificar a Deus porque preferem obedecer a homens que ameaçam sua ovelhas com o fogo do inferno, é dessa forma que eles predem os irmãos pelo legalismo, serimonialismo e ameaças diversas. Quem está em Cristo não tem o que temer. Conheça a verdade, e a verdade vos libertará. Se Lutero tivesse medo da escomunhão e temesse denunciar a corrupção na igreja, nós ainda estariamos nas trevas do romanismo. Abram os olhos! Ainda tem igrejas que tratam do pecado como alogo abominável e que não tem medo de proclamar todo o conselho de Deus. Não devemos ficar temerosos diante da situação porque Deus conhece os que lhE pertencem, Ele tem um remanecente segundo a eleição da graça que mesmo em tempos de grave crise espiritual eles permanecem fiéis “...porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” :

“Senhor, matarem os teus profetas, arrasaram os teus altares, e só eu fiquei, e procuram tirar-me a vida. Que lhe disse porém a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal. Asim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segunto a eleição da graça. E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm.11:3-5).

“Otros, dizem assim: ‘“Eu creio na predestinação da segunte forma: Deus nos predestinou, mas podemos resistir a graça pelo nosso livre-arbítrio”’.

Pois creia, muitos arminianos, wesleyanos e pentecostais pensam dessa forma. Esse é o pensamento mais tolo que já vi. Se Deus nos predestinou para salvação em Cristo Jesus através da pregação do Evangelho, então Ele irá concluir a boa obra que começo em nossas vidas . E quanto resistir a graça salvadoura, vejam o que a Bíblia diz: “Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? (Rm.9:19). Os que Deus predestinou para salvação não irão resistir a graça soberberana porque a salvação é algo que Deus faz por nós, e quando Ele faz, não podemos questionar, porque estamos mortos espiritualmente: “Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la. Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora...” (Ef.2:8-10 – NTLH). O que somos agora foi Deus quem fez, e não a nossa vontade (livre-arbítrio). “...A salvação não é o resultado dos esforços de vocês...”. Se você for um predestinado, um dia, através da pregação do Evangelho, toda a resistência e inimizade que existe será vencida, as escamas da cegueira espíritual cairão por terra e o morto espiritual ressuscitará para a vida. Da mesma forma de Lázaro, que estava morto a quatro dias, nas, quando ouviu a voz do Mestre: “Lázaro, sai! Diante da ordem do Filho de Deus ele tornou a viver. Assim mesmo, todo aquele que está espiritualmente morto e ouve a Sua voz passam a ter vida e vida em abundância. "Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer" (Jo.5:21).


“Os eleitos são escolhidos, não por decreto absoluto, mas por aceitação das condições da chamada” (Introduçãoi a Teologia Cristã. Caza Nazareno de Publicações, 295)
A qui é onde desmascaramos, de vez, os falsos mestres. Eles dizem que o verdadeiro crente não foi predestinado ou escolhido pelo “decreto absoluto” de Deus. Vamos ver se isso é verdade: “...nos presdestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef.1:5). Beneplácito. Significa aprovação (Dicionário de Língua Portuguesa). “...nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Ef.1:11). O conselho de Deus é a Sua vontade, é tudo o que foi decretado na eternidade. Paulo diz: “predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade”. A vontade é dEle, o propósito de fazer as coisas dessa forma, predestinando alguns para a salvação e deixando o resto em sua própria condenação está dentro dos Seus decretos eternos: “...que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo; o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade...” (Is.46:10). “Proclamarei o decreto do SENHOR; Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” (Sl.2:7). As condições da chamda é a vontade de Deus. Se você não foi predestinado para a salvação em Cristo Jesus antes da fundação do mundo, você pode andar como crente, falar como crente, ser batizado nas águas, participar da “Santoa Ceia”, cantar e levantar as mãos para o céu, mas se você não tiver nascido de Deus, irá para o inferno. Só os eleitos, aqueles que foram chamados com santa vocação, os que amam a Deus e buscam aprender em Sua casa. Não adianta dizer que é santo, nem que você está em uma igreja que tem como lema: “Santidade ao Senhor, sem a qual veremos a Deus”. Se você não for eleito (predestinado) para a salvação estará correndo em vão.
Existe dois tipos de santidade: 1) a que é operada pelo Espírito Santo para o nosso crescimento espiritual, 2) e o que é imposto pelos lideres, que exige uma santificação sem o conhecimento de Deus, o que é um absurdo! Eles exclama com uma tonalidade emocionada com o objetivo de sencibilizar: “vocês têm que ser santos! Sejam santos! Vocês podem viver sem nunca pecar! Busquem a inteira santificação!” E como essas pessoas sempre se veêm em algum tipo de pecado, há uma frustação muito grande, porque os lideres e pastores não estão ensinando a verdade, nem preocupados com o verdadeiro crescimento espiritual, e muitos disturbios psicosomáticos tem aflingido esses crentes, que acreditam poderem alcançar a inteira santificação ainda nesta vida. Eu mesmo passei cinco anos em uma igreja de teologia armínio-wesleyana, não vou citar o nome por questões éticas, mas todo esse tempo teologicamente não aprendi nada. O que realmente aprendi foi não ser, nem praticar o que os pastores e lideres daquelas igrejas faziam muito bem: a falcidade, a soberba, o orgulho e a falta de amor. Tudo que a maioria demosntrava ser não era verdade. Inclusive fui para o seminário daquela igreja para fazer um curso de “santidade”. Tinha que demonstrar de qualquer forma uma santidade que não havia, ou não estaria ápito para desempenhar a função de pastor. Pensei, na época, que as pessoas ali fossem realmente santas. E os professores não tinham nem o curso completo de teologia; e a santidade que tanto se falava era só fachada. Uma vez fui questionar a respeito de um assunto que eu tinha certeza que estavam ensinando de forma descontextualizada, e o professor deixou bem claro: “Eu estava em uma igreja me sentindo encomodado, procurei outra”. Disso isso referindo-se a mim. Às vezes, o superidendente local quando dava um discurso diante da liderança dos Estados Unidos, charava pelas almas perdidas. Porém, eu sabia que era um falso choro, pois ele nunca se preocupou com as ovelhas, antes queria ver algumas muito distante dali, eu mesmo era uma ameaça devido ao meu conhecimeto, e tinha personalidade, ou seja, não abria mão da verdade. Inclusive, o principal lider nunca falou comigo, acredito porque eu era calvinista e tinha várias graduações e pós-graduações. Isso pertubava alguns líderes, porque geralmente eles sofrem de um mal mundano, conhecido como “patologia dos tiranos”, e eu nunca gostei de bajular ninguém.

“Porque surgirão falsos cristos, e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt.24:24). Esses procurarão corromper as doutrinas da graça.
A eleição arminiana
“...a eleição de indivíduos para a execução de algum serviço particular” (Casa Nazarena de Publicações, Introdução a Teologia Cristã, 1990, pg.294).
A intenção dessa teologia, que foi condenada como herética no Sínodo de Dort, é passar a idéia errônia de que a eleição não é para salvação, mas para algum tipo de serviço especial. Cita alguns nomes como: Moisés, que foi escolhido para tirar o povo do Egito; Arão para ser sacerdote; Cristo escolheu os doze; e Paulo foi chamado para ser apóstolo dos gentios.
Se os pastores arminianos-wesleyanos tivessem responsabilidade com a palavra de Deus entenderiam que somos chamados dos ídolos para servir ao Deus vivo e verdadeiro (cf. 1Tss.1:9). Somos salvos para as boas obras as quais estavam guardadas de antemão para que andássemos nela. Somos eleitos, separados para o uso exclusivo de Deus. Tentam esconder essa verdade, de que Deus escolhe ou elege pessoas para a salvação. Vejamos o que significa “eleição”:
“Qualquer pessoa escolhida por eleição: os eleitos por sufrágio universal. Que usufrui a beatitude eterna: o reino dos eleitos” (www.dicionarioweb.com.br).
“...devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2Tss.2:13 itálico e negrito meu).
Deus escolhe pessoas para salvação, como estamos vendo. Essa salvação não é isenta de operosidade. Somos servos, temos uma missão , e o apóstolo reconhece que os crentes tessalonicenses estavam dando testemunho da fé através do amor de Deus que foi derramado nos seus corações. A fé sem obras é morta. O apóstolo Paulo foi chamado; ele mesmo disse que foi eleito no ventre materno para ser apóstolo dos gentios. Seu testemunho no Novo Testamento é de que o homem sempre foi salvo pela fé somente, independente das obras. Porém, a salvação arminiana é pelas obras de justiça própria. Essas pessoas estão corrompendo as Escrituras para sua própria condenação (cf. 2Pe.3). Outras, em uma tentativa inútil e desesperada, tentando conciliar a doutrina da predestinação com sua visão humanista, afirmam que Deus não predestina pessoas, e sim, nações, como foi no caso de Israel e da Igreja. Só que as nações e a igreja são compostas de pessoas e cada uma delas foi antecipadamente predestinada para a salvação antes da fundação do mundo (cf. Ef.1:4). É claro que o apóstolo fala pra igreja, mas cada uma daquelas pessoas foi alvo da “graça soberana de Deus”. Cada um judeu, segundo a eleição da graça, foi chamado e preservado por Deus para alcançar a salvação. O apóstolo Paulo foi predestinado para a salvação dentre muitos judeus: “Ele diz: “Desde o ventre de minha mãe, Deus me escolheu para ser apóstolo dos gentios”. Também afirma: “Ele é poderoso para guardar o meu depósito até o dia final”.

6. A GRAÇA PREVENIENTE
Para os arminianos e wesleyanos, a graça preveniente “precede, prepara a alma para a sua entrada no estado inicial da salvação ”. “É aquela manifestação da influência divina que precede a vida de regeneração completa” . Os arminianos-wesleyanos corromperam a doutrina da graça preveniente; essa corrupção aconteceu porque eles procuram adequá-la ao livre-arbítrio, o que é outra grande heresia destruidora. Acreditam que todos os seres humanos são objetos da graça preveniente e, portanto, podem se voltar para Deus através de seus próprios esforços: “A vontade do homem decide em última análise se a graça divina que lhe foi oferecida é aceita ou rejeitada” . A graça preveniente tem a função, segundo a visão corrompida arminio-wesleyana, de destruir gradativamente a corrupção em que o homem se meteu, fazendo com que ele não seja tão corrupto assim, e posa exercer sua liberdade .
Agora passaremos a refutar os erros sobre a graça preveniente divulga por “João Wesley” fundador do Metodismo.
Se o estado do homem é de corrupção total , ele não tem o desejo de se voltar para as coisas espirituais sem que aja uma atuação divina removendo a incredulidade, o que a teologia bíblica chama de fé salvadora. Dessa forma, não há lugar para a vanglória humana, ou seja, o livri-arbítrio. Por isso Wesley criou uma teologia que não tem base bíblica para sustentar que mesmo no estado de corrupção total a graça preveniente age em todos os homens e os que desejarem podem ser salvos pelo seu livre-arbítrio. Todavia, essa falsa doutrina deve ser rejeitada pelos verdadeiros cristãos. Vejamos o que realmente significa a graça preveniente:
"Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo" (2 Tss. 2:13 e 14 RA – itálico e negrito meu).
Ef. 1:4 diz: “...assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos...” (negrito e itálico meu).
A graça preveniente, biblicamente falando, é o amor de Deus, exclusivamente, para com os “eleitos”. Acontece na eternidade, desde o princípio. Essa doutrina humilha, e assim é detestada pela natureza carnal do homem. Os eleitos se regozijam pelos seus nomes estarem escritos dede o princípio, no livro da vida para a salvação. Esse é um verdadeiro privilégio para os que foram objetos da graça preveniente de Deus. Só esses, serão alcançados pela graça salvadora, no tempo oportuno, determinado por Deus, através do Evangelho da salvação. O apóstolo Paulo declara em 2Timótio 1:8b-9:
“...segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos etenos e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho...” (itálico e negrito meu).
Como vemos a salvação não é “...segundo as nossas obras...”, “...mas conforme a sua própria determinação e graça...”. Fomos agraciados na eternidade porque fomos eleitos para a salvação conforme o eterno propósito de Deus, e essa salvação acontece através da graça salvadora no tempo presente “...mediante o evangelho...”. Como estamos vendo, é um erro gravíssimo e intencional dos arminianos-wesleyanos sustentarem esse tipo de doutrina pervertida, principalmente porque a salvação, como eles entendem, é pelas obras: “A vontade do homem decide em última análise se a graça divina que lhe foi oferecida é aceita ou rejeitada” , porém, a Bíblia não deixa dúvidas sobre isso: “...segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça...”.


7. SANTIFICAÇÃO

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor...” (Hb.12:14).
A santificação é uma obra do Espírito Santo no coração dos regenerados. O Novo Testamento afirma que todos os que estão em Cristo Jesus são potencialmente santos pelo sacrifício de Cristo: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” (Hb.10:10). Cristo é a nossa santificação (cf. 1Co.1:30) , pois Ele satisfez plenamente a justiça de Deus por todos os nossos pecados. Não podemos, portanto, pensar erroneamente como alguns de doutrina arminio-wesleyana que já alcançamos a perfeição cristã. O apóstolo Paulo pede para que Deus santifique os crentes de Tessalônica em tudo (cf. 1Tss.5:23), se eles já estissem inteiramente santificados, se fossem crentes perfeitos não seria necessário pedir para que os mesmos procurassem ser santificados em tudo. Ser santificado em tudo é o desejo de todo o verdadeiro crente (cf. Hb.12:14). O Espírito Santo nos revela a necessidade de santidade, nos revelando a santidade de Deus; diante da santidade e grandiosidade do soberano Deus do universo enxergamos o quanto somos pecadores e enquanto mais nos aproximamos dEle, passamos a enxergamos essa pecaminosidade. O conhecimento dessa natureza corrupta, que ainda milita contra o espírito, reivindicando um direito que não lhe pertence mais, se dá através do conhecimento das Escrituras. Portanto, o Espírito Santo aplica as verdades bíblicas em nossos corações para o crescimento espiritual. “Quando Deus declara um homem justo, Ele imediatamente começa a santificá-lo” (A. W. Tozer). Ou seja, o justificado começa a ser transformado na imagem do Filho de Deus . Porém, enquanto estiver aqui nesse mundo o crente nunca alcançará a perfeição cristã como afirma os de doutrinas arminio-wesleyanas:

“Cremos que a inteira santificação é aquele acto de Deus, subsedquente à regeneração, pelo qual os crentes são libertados do pecado original, ou depravação, e levados a uma estado de inteira devoção a Deus e à santa obediência do amor tornado perfeito” (Introdução a Teologia Cristã. Casa Nazareno de Publicações, 1990: 355).

Concluo o assunto sobre santificação, citando a confissão de fé Westminster (1647) por ela definir com a maior clareza esse assunto de tão grande relevância, o qual devemos ensinar e enfatizar como fizeram os puritanos e os metodistas.

Confissão de fé Westminster - Capítulo XIII
Da santificação
I. Os que são eficazmente chamados e regenerados, tendo criado em si um novo coração e um novo espírito, são além disso santificados real e pessoalmente, pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, pela sua palavra e pelo seu Espírito, que neles habita; o domínio do corpo do pecado é neles todo destruído, as suas várias concupiscências são mais e mais enfraquecidas e mortificadas, e eles são mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvadoras, para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá a Deus.
I Co.1:30; At.20:32; Fp.3:10; Rm.6:5-6; Jo.17:17,19; Ef.5-26; II Ts.2:13; Rm.6:6,14; Gl.5:24; Cl.1:10-11; Ef.3:16-19; II Co.7:1; Cl.1:28; Cl.4:12; Hb.12:14.
II. Esta santificação é no homem todo, porém imperfeita nesta vida; ainda persistem em todas as partes dele restos da corrupção, e daí nasce uma guerra contínua e irreconciliável - a carne lutando contra o espírito e o espírito contra a carne.
I Ts.5:23; I Jo.1:10; Fp.3:12; Gl.5:17; I Pe.2:11.
III. Nesta guerra, embora prevaleçam por algum tempo as corrupções que ficam, contudo, pelo contínuo socorro da eficácia do santificador Espírito de Cristo, a parte regenerada do homem novo vence, e assim os santos crescem em graça, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.
Rm.7:23; Rm.6:14; I Jo.5:4; Ef.4:15-16; II Pe.3:18; II Co.3:18-7:1.






Amém! Que Deus seja louvado.

terça-feira, 15 de junho de 2010

JUDEUS-MESSIÂNICOS: Visão teológica deformada.



Carlos R. Cavalcanti


JUDEUS-MESSIÂNICOS
VISÃO TEOLÓGICA DEFORMADA

Estarei refutando os 16 itens que os judeus-messiânicos abordam a respeito de Israel (terra e povo) de uma forma teologicamente incorreta.


2010





“Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm.6:14)





A Visão dos Judeus-Messiânicos a respeito de Israel

1. O termo bíblico “Israel” e correlatos, tanto no AT quanto no NT, é literal, referindo-se ao Israel étnico, descendência física de Abraão, através de seu filho Isaque (Gn 12.2; Rm 9.3,4; Fp 3.5).
Respostas de:
Carlos R. Cavalcanti:
Teólogo, Antropólogo, Historiador, Especialista em Arte, Religião, Cultura Judaica e Simbologia Judaica.
Temos muitas passagens, no AT e no NT, que se refere ao Israel étnico. Também temos passagens que mostram categoricamente que os verdadeiros judeus são os que estão na igreja (corpo de Cristo), ou seja, os que nasceram do Espírito (cf. Gl.6:15-16) .
Provas Concretas de que a Igreja é o Verdadeiro Israel de Deus.
Somos filhos de Abraão pela fé. Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. “Porém, judeu é aquele que é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm.2:28-29 – negrito e itálico meu).
Os que nasceram de Deus, foram regenerados pelo Espírito da promessa. Pertencem a Deus, é povo santo, de propriedade exclusiva do Senhor, tiveram suas vestes lavadas com o sangue do Cordeiro de Deus. A obra do Espírito Santo nos gentios pecadores, que não buscavam a Deus, os tornavam membros do povo em aliança com Deus. A explanação de Paulo sobre esse assunto chocava os judeus a quem ele se dirigia, e continua chocando muitos crentes sem conhecimento da Palavra de Deus. Porém, seus ensinamentos estavam alicerçados sobre o ensino do Antigo Testamento.
“Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são” (Ap.2:9 – negrito e grifo meu).
Ser judeu significa ainda pertencer ao povo da Aliança?
Em Esmirna, como havia acontecido em “Antioquia”, “Icônio”, “Listra” e “Tessalônica” (At.13:50; 14:2,5,19; 17:5), os judeus foram os instigadores da perseguição, e havia muitos judeus em Esmirna. Referindo-se as palavras da santa ceia, eles acusavam os crentes:
• De serem antropófagos (comendo a carne e bebendo o sangue);
• De serem libertinos com sua festa de amor (o ágape);
• De destruir as famílias;
• De serem ateus e revolucionários.
Não que eles não pertencessem a raça judaica. Mas, a verdade é que o autêntico judeu, o povo escolhido, o verdadeiro Israel é aquele que aceita o Messias pela fé. Nem todos de Israel são de fato israelitas, isso, por que ficaram fora da Aliança da Graça: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm.9:6). O verdadeiro judeu é aquele que é transformado pelo Espírito Santo de Deus:

Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus (Rm.2:28, 29).
A igreja de Cristo é o Israel de Deus: “E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia seja, sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gl. 6:16). A interpretação deve ser feita sobre todo contexto do livro: sobre o Israel de Deus (judeus e gentios) que desfruta das bênçãos da Nova Aliança e anda de conformidade com essa regra. Os judeus segundo a carne não andavam segundo essa regra por serem Sinagoga de Satanás. Eles eram e continua sendo os instigadores das grandes perseguições aos os cristãos. Veja o que o apóstolo Paulo passou nas mãos deles: “Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio, instigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto” (At.14:19).
• Sinagoga de Satanás
Os judeus incrédulos tomaram o partido de Satanás, no conflito entre a igreja cristã e o pagão Império Romano. Alegremente ajudaram às autoridades romanas a esmagarem a igreja. Satanás dominava ao paganismo. Aqueles que se oporem ao Reino de Deus estão sob a influência de Satanás que era visto como quem exercia influência sobre certos lugares onde havia também a igreja cristã (cf. Ap.2:13, 24) . Com relação a influência de Satanás, no ano 29 a.C., a cidade de Ppérgamo erigiu um santuário para a implantação do culto ao Imperador romano. Pérgamo também se tornara centro da religião pagã.
A GARANTIA DE JESUS: a coroa da vida
Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias, seja fiel até a morte e eu lhe darei a coroa da vida (v.10 – grifo nosso).
Cristo ama a Igreja que é o verdadeiro Israel de Deus. “Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei” (Ap.3:9).
Veja esse comentário de Simom, um dos maiores teólogos da atualidade:
“Jesus denominou a assembléia judaica “a sinagoga de Satanás”. Como os judeus se orgulhavam de ser o povo eleito de Deus, com quem ele fizera uma Aliança, Jesus, implicitamente diz que eles tinham perdido o direito de serem chamados seu povo. Tornaram-se instrumentos nas mãos de Satanás que, como seu governante, usava-os para solapar e, se possível, destruir a Igreja. Rejeitaram não só a Jesus, mas também a todos os seus seguidores e, assim, indiretamente, reconheceram Satanás como senhor. Portanto, Jesus os caracterizou como mentirosos, porque não mais podiam reivindicar ser o povo de Deus” (KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. Editora Cultura Cristã, 2004. p.215).
Os filhos de Deus não são necessariamente os filhos naturais de Abraão, mas, os da promessa. Esses são os verdadeiros israelitas juntamente com os gentios que são maioria nessa aliança, tendo em vista que os judeus rejeitaram o Messias e O mataram. Na verdade, a maioria dos judeus foi rejeitada, mas o remanescente segundo a eleição da graça (Rm.9:11; 11:7) foram justificados pela fé somente e, por incrível que pareça, os gentios que não buscavam a Deus foram incluídos nessa Aliança pela fé (Rm.9:30-33) . Portanto, a Igreja de Cristo Jesus, que é o remanescente de Deus (Rm.9:27) , os eleitos segundo a vontade de Deus (Rm.9:11) é o verdadeiro Israel segundo a promessa.
Comentário de Hendriksen.
“O que Paulo está dizendo, pois, nos versículos 9:6-13 de Romanos é: Em última análise, a razão por que algumas pessoas são aceita e outras rejeitadas é que Deus assim o quis. Vontade divina e soberana é a fonte tanto da eleição quanto da reprovação. A responsabilidade humana não é cancelada, porém não existe tal coisa como mérito humano. O eterno propósito de Deus, em ultima análise, não tem por base as obras humanas”. (HENDRIKSEN, William. Romanos. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001. p422).
O Reino foi tirado dos judeus porque não produziam frutos de vida.
“Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhes produza os respectivos frutos. Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó” (Mt.21:42-44).
Jesus é a pedra angular para os que confessam Seu nome e edificam suas vidas nEle. Porém, os judeus que eram filhos do Reino perderam esse direito, tornaram-se sinagoga de Satanás. Dessa forma, não podem reivindicar a Terra como possessão perpétua por serem filhos carnais de Abraão.
2. A aliança de Deus com Abraão no que se refere à sua descendência é incondicional e, portanto, Israel não pode deixar de existir (Gn 17.7; Dt 7.6-8; Jr 31.35-40; 33.25,26; Sl 89.28-34; Rm 11.28,29)
Resposta:
Com toda certeza, Israel nunca deixará de existir, simplesmente porque ele é a igreja. Deus não trata com dois povos, posto dos dois ter feito um. “...justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos (e sobre todos) os que crêem; porque não há distinção pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm.3:22-23). Tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado e serão justificados todos os
A “Antiga Aliança” deve ser vista como “sombra profética”, e não como algo permanente. Vejamos um exemplo: “Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna” (Jo.3:14-15);
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne”(Jo.6:51). O pão que os israelitas comeram no Deserto era sombra do verdadeiro pão que desceu do céu (Jesus Cristo) e dá vida aos homens (cf. Jo.6). A promessa de uma terra eterna também se originou de uma realidade celestial. Abraão e os patriarcas esperavam uma pátria celestial: “Porque Abraão esperava a cidade que Deus planejou e construiu, a cidade que tem alicerces que não podem ser destruídos” (Hb.11:10).
Assim escreveu sabiamente um dos maiores teólogos contemporâneo: “O progresso rumo à consumação na nova aliança não pode permitir um retrocesso às antigas formas de sombra” .
3. Não houve nenhuma rejeição definitiva por parte de Deus com relação ao povo de Israel (Rm 11.11).
Resposta:
Claro que não houve! Paulo era judeu e havia sido alcançado pela graça de Deus. O Senhor trata com o remanescente e, até hoje, continua salvando judeus. Todavia, a maioria foi endurecido: “Deus endureceu o coração e a mente deles; deu-lhes olhos que não podem ver e ouvidos que não podem ouvir até o dia de hoje” (Rm.11:8).
4. A terra de Israel é possessão perpétua da descendência de Abraão conforme a aliança incondicional firmada (Gn 15.18-21; 17.7,8; Dt 9.4-6; Rm 11.29).
A terra de Israel é possessão perpétua no sentido da Aliança de Deus com Abraão ser de caráter eterno (cf. Gn.17:2). A Aliança de Deus dura para sempre e Jesus cumpre cada condição dela cabalmente (2Co.1:20; Ef.2:12-13).
Se os judeus e os judeus-messiânicos pensam que irão habitar na terra de Canaã eternamente, estão redondamente enganados, não sabem interpretar as profecias, são meninos, têm zelo por Deus, mas, sem entendimento. Como os judeus irão herdar a terra? A Bíblia diz que tudo isso terá um fim, haverá um novo céu e uma nova terra. Vejamos o que diz as Escrituras a esse respeito: No sermão profético de Jesus, narrado por Marcos 13:25; Lucas 21:25-27; Mateus 24:29 diz:

Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas (gr. asteras - asteróides) cairão do firmamento, e os poderes dos céus (energia gravitacional que equilibra os corpos no espaço, eletromagnéticas, nucleares fraca e forte que atuam nos céus) serão abalados.

“Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exercito cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira” (Is. 34:4).
“Esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, “serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão’’ (2 Pe. 3:12). A linguagem escatológica é usada em toda Bíblia para falar do fim que acontecerá em breve. O dia e a hora, ninguém sabe.

Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola (Ap. 6:12-14).

Assim como o Senhor estendeu o universo através da Sua palavra criadora (bereshith bará), no fim Ele recolherá, precipitará os acontecimentos por ocasião do Seu juízo:

Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono (Ap. 20:11 e 12).

Todos serão julgados e o mal será para sempre vencido e lançado para dentro do lago de fogo justamente com aqueles cujos nomes não foram encontrados no “Livro da Vida” (cf. Ap. 20:15). Todavia, isso é o começo de uma nova existência, a visão final de João é que Deus fará tudo novo, para o povo redimido:

Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para seu esposo (Ap. 21:1-2).

Como a Bíblia diz, e a ciência prova, o mundo teve um começo e terá um fim, não o fim da matéria existente, mas uma transformação radical para uma nova ordem. O planeta está caminhando como um bêbado para seu destino final. A linguagem usada é profética, aponta para esse momento que acontecerá por ocasião da “Segunda Vinda de Cristo”:

Terror, cova e laço vêm sobre ti, ó morador da terra. E será que aquele que fugir da voz do terror cairá na cova, e, se sair da cova, o laço o prenderá; porque as represas do alto se abrem, e tremem os fundamentos da terra. A terra será de todo quebrantada, ela totalmente se romperá, a terra violentamente se moverá. A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará. Naquele dia, o SENHOR castigará, no céu, as hostes celestes , e os reis da terra, na terra” (Is. 24:17-21).
“Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão’’ (Lc. 21:33).
Os salvos, os que aceitaram Jesus como seu Senhor e Salvador, herdarão um novo céu e uma nova terra, onde gozarão as bem aventuranças :

[...] ali não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: escreve, porque estas palavras são verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida (Ap. 21:4b-6 – grifo nosso).
Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhe cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap. 21:8).
Como esses falsos mestres podem afirmar que Israel irá habitar a terra (Palestina) eternamente?
5. A conservação dos judeus através dos séculos de dispersão e perseguição foi conseqüência da fidelidade divina (Is 43.1-4)
Resposta:
O povo de Deus é exaltado pela eleição (Is.49:5; Ex.19:5; Dt.7:6-8). Esses eleitos são todos os que não dobravam os joelhos a baal.
A conservação dos judeus segundo a carne é conseqüência da soberania de Deus, e todas essas perseguições estão relacionadas com o sangue dos profetas que estão sobre eles: “A ira, porém, sobreveio contra eles, definitivamente” (1Tss.2:14-16). O correto seria afirmar que essa “conservação” está relacionada com a soberania de Deus, ou seja, está dentro dos Seus decretos permissivos.

6. O retorno dos judeus à sua terra é o cumprimento das profecias do AT (Is 43.5,6; 37.24)
Resposta:
“Não temas, pois, porque sou contigo; trarei a tua descendência desde o Oriente e a ajuntarei desde o Ocidente. Direi ao Norte: entrega! E ao Sul: não retenhas! Trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra...” (Is.43:5, 6).
Todos sabem que há muitas profecias a respeito da restauração de Israel, ou seja, sobre o retorno dos judeus para sua terra. Vejamos: (Dt.30:1-10; 1Rs.8:46-52; Jr.18:5-10; 29:12-14; Ez.36:33; Os.11:10). Porém, elas se cumpriram quando os judeus voltaram do cativeiro babilônico no ano (538 a.C./537 a.C.) . Como vemos, o estabelecimento do Estado de Israel depois da segunda guerra mundial não tem nada a ver com essas profecias.
7. A atual nação de Israel não é resultado de meras convergências históricas, mas parte do plano divino para a descendência de Israel e para o mundo (Is 66.8; Am 9.13,14).
Resposta:
Os judeus incrédulos no Messias reivindicam a terra como sua possessão. Se a terra pertencia ao povo da Antiga Aliança, na Nova Aliança pertence a todos os que são filhos espirituais de Abraão (judeus e gentios) que crêem no Messias (Jesus) como seu único e suficiente salvador. Dessa forma Israel (étnico) deve reconhecer os palestinos como nação e respeitar sua soberania. Os judeus incrédulos que estão na Palestina e espalhados no mundo conspirando contra a Igreja de Cristo Jesus são na verdade Sinagoga de Satanás , filhos do diabo . O verdadeiro judeu são os que entrarem na Aliança da Graça pela fé somente , sem as obras da lei ou quaisquer outras coisas que fazermos para obter justiça própria.
8. Israel é um povo singular entre as demais nações (Dt 33.29; 26.18)
Resposta:
Isso não é verdade. Tudo com relação a Israel já se cumpriu. Os judeus ímpios e todos os que se esqueceu de Deus, restam-lhes a ira que é o contrário do Seu amor.
O Israel étnico não é mais esse povo singular (cf. Rm.9: 26-28; 10:20-21) . Isso era para o povo da Antiga Aliança. Atualmente todas as bênçãos estão sobre a Nova Aliança (Jr.31:31; 32:40) .



9. Ainda existem muitas profecias a serem cumpridas com respeito às promessas de Deus à nação de Israel (Ez 37 – 40; Mt 5.17; At 1.6,7)
Resposta:
(Ez 37 – 40) Essa profecia já se cumpriu e revelava a situação de Israel no cativeiro. É uma profecia de esperança para os judeus.
(Mt 5.17) Jesus não veio acabar com a lei, mas dá o verdadeiro sentido, ou seja, cumprir a lei e os profetas. A Bíblia ensina que todas as profecias se cumpriram em Cristo Jesus: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt.5:17). Se Ele cumpriu, significa que não é preciso querer tentar fazer o que já foi feito.
(At 1.6,7) Os discípulos pensavam que Jesus iria restaurar o reino físico expulsando os romanos de Israel, mas Jesus falava do Reino Eterno que acontecerá por ocasião da Segunda Vinda.
10. O endurecimento dos judeus com relação a Jesus é parcial temporário (Mt 23.39; Rm 11.25)
Resposta:
“Porque não quero, irmão, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo...” (Rm.11:25-26).
A pesar de termos alguns defensores, como Dr. Martyn Lloyd-Jones, de que no final, antes de Cristo Retornar para consumar todas as coisas haverá uma conversão em massa dos judeus étnicos. Todavia, a maioria dos comentaristas acredita que essa interpretação foge de todo contexto.
Essa visão é a que melhor se enquadra na soteriologia: Quando entrar a plenitude dos gentios na aliança da graça todo o Israel será salvo. A plenitude dos gentios + os judeus eleitos = a todo o Israel. Vejamos esse importante comentário da Bíblia de Estudo de Genebra:
“O raciocínio de Paulo, neste passo, tem sido compreendido de três maneiras principais: a) ele está mostrando como Deus salva todo o seu povo eleito (todo o Israel, no v.26, deve ser tomado como basicamente sinônimo de Igreja, ou seja, o Israel espiritual); b) ele está mostrando como Deus salva a todos os eleitos de Israel, que deverão ser salvos; c) ele está mostrando como Deus trará, no futuro, a salvação ao povo judeu, tão amplamente divulgada que, num sentido geral óbvio, pode-se dizer que “todo o Israel será salvo” (v.26). Apesar das dificuldades, algumas forma deste último ponto de vista parece ser o mais provável, e isso pelas seguintes razões. Em primeiro lugar, indícios disso parecem ter aparecido nos vs.11-12, 15-16, 24. Em segundo lugar, o v.25 sugere que o fim do endurecimento interpretado como se fosse uma entidade diferente do Israel em mira nos vs. 1-24 e nos vs.28-31, onde está em foco o Israel nacional (e não o Israel espiritual). Em quarto lugar, “mistério”, no v.25, pareceria impróprio e exagerado se o ensino de Paulo fosse simplesmente que todos os judeus eleitos seriam salvos. Finalmente, esse ponto de vista concorda bem com as citações nos vs. 26-27, de Is. 59: 20-21; 27:9; Jr.31:33-34, que parecem falar de um banimento compreensivo daquele pecado que tem sido a causa da alienação entre Israel e Deus” (p.1337).

11. Atitudes positivas com relação a Israel resultam em bênção também para a Igreja (Gn 12.3)
Resposta:
Atualmente é o contrário: Atitudes positivas com relação à igreja resultam em bênção para o mundo. Sabendo, pois, que o Israel que está fora da igreja está sob a maldição da Lei. Cada judeu que Cristo salva, também é bênção para a igreja e para o mundo.
12. É dever de todo cristão orar pela salvação dos judeus (Rm 10.1; )

Resposta:
Concordo plenamente, não só dos judeus, mas de todos os que ainda irão crer.

13. É dever dos cristãos ajudar os judeus em suas necessidades (Rm 15.25-27)
Resposta:
Na época de Paulo, os judeus-cristãos estavam passando por grande necessidade e era dever dos crentes gentios ajudar uns aos outros, principalmente os judeus dos quais eles eram participante dos valores espirituais. A referência é sobre os judeus que foram eleitos para a salvação, não sobre os judeus incrédulos, filho da perdição. Quais os valores espirituais dos que não nasceram de Deus? Eles são filhos do diabo (cf. Jo.8;44); “...não agradam a Deus...” (1Tss.2:15); estão sempre enchendo a medida de seus pecados (cf. 1Tss.2:16); “A ira, porém, sobreveio contra eles, definitivamente” (1Tss.2:16).

14. Haverá uma conversão nacional de Israel, isto é, todo o Israel será salvo (Zc 12.10; Rm 11.25,26)
Resposta:
Já respondi esse assunto no décimo ponto. Mas, conforme declara Palmer Robertson Deus nunca se obrigou a salvar cada individuo de qualquer grupo de pessoas. Ele sempre teve um remanescente, se esse padrão for mudado no futuro, seria um princípio estranho a toda atividade redentora, tanto na Antiga quanto na Nova Aliança. Todavia, Deus é poderoso, livre para agir conforme o conselho de Sua vontade “Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Rm.9:15). Nosso desejo e oração é para que todos os eleitos de Deus sejam chamados o mais rápido possível. O próprio apóstolo Paulo declara em Rm.9:2-3: “...tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmão, meus compatriotas, segundo a carne”. Nós os crentes em Cristo, verdadeiros judeus segundo a promessa de Abraão, devemos sentir grande pesar não só pelos judeus que estão fora da igreja, mas por todos quantos estão na mesma situação.
15. O judaísmo-messiânico é uma expressão verdadeira e válida da fé evangélica e não um tipo de legalismo evangélico (Gl 2.7-9; At 21.20)
Resposta:
Isso não é verdade. O judaísmo-messiânico é uma expressão falsa da fé evangélica. Por vários motivos: Não crêem nas doutrinas bíblicas, Trindade e Divindade de Jesus, vivem nos rudimentos da Lei e acreditam na salvação pelas obras etc. O Cristo que eles acreditam não é suficiente para sua salvação, é preciso que se faça algo cooperando dessa forma com a graça salvadora. Essa grande heresia é condenada pela Palavra: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9). A fé é um dom de Deus, não é algo desenvolvido pelo homem.
16. Israel terá um papel preponderante entre as nações no futuro (Zc 8.23; Rm 11.12,15,24; Ap 7.1-8)
Resposta:
Preponderante em que sentido? Como povo rebelde e contradizente, despertará o homem da iniqüidade, o anticristo. O cenário já está pronto, Israel domina o mundo completamente, as medidas já estão sendo tomadas, quando o “messias” de Israel segundo a carne for lançado exercerá domínio absoluto sobre as nações de forma clara (é o poder da besta em ação).





































REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



HENDRIKSEN, William. Romanos. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001.


HENDRIKSEN, William. Gálatas. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 1999.


KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. Editora Cultura Cristã, 2004.

ROBERTSON, Palmer O. O Israel de Deus: passado, presente e futuro. São Paulo. Editora Vida, 2005.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Judeus-Messiânicos: Uma antiga heresia.






Primeira Parte

Defendendo a fé Reformada

DEBATES TEOLÓGICOS EM UBE (União dos Blogueiros Evangélicos) Carlos R. Cavalcanti
Teólogo, Antropólogo, Historiador, Especialista em Arte, Cultura Judaica e Religiões.
OS JUDEUS-MESSIÂNICOS: Uma Antiga Heresia
Enquanto a Igreja de Jesus Cristo estiver nesse mundo, continuará a surgir falsos profetas; sempre foi assim. A Bíblia nos alerta a termos cuidado, porque eles vêm em pele de ovelha, mas são lobos devoradores. Sua doutrina é compatível com as necessidades superficiais dos homens, seu discurso é muito bonito, eles mostram aversão a tudo o que está relacionado com a disciplina e a sã doutrina. Não suportam os que estudam para que eles não descubram a verdade, como aconteceu com Martinho Lutero. O objetivo é manter a comunidade na escravidão intelectual, sem permitir que os irmãos “pensem”. A maioria é exclusivista, acreditam que só eles estão salvos. Cuidado esses enganarão se possível até mesmo os eleitos de Deus. Vejamos o que diz as Sagradas Escrituras:
“Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt.24:23-24).
A forma camuflada que os judeus-messiânicos encontram para dizer, “eis aqui o Cristo, foi através da teologia, “do retorno as raízes da igreja do primeiro século”, que eles criaram, como se isso fosse uma novidade para a igreja de Jesus Cristo. Camuflada porque à volta as raízes judaicas da igreja, é um engano, porque o verdadeiro objetivo é levar a igreja aos rudimentos da lei. É claro que a lei é boa e santa, mas para quem dela faz bom uso. Cristo cumpriu a lei, se alguém procura cumprir é como se dissessem que Ele não a cumpriu, e quem assim procede está sob maldição: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição...” (Gl.3:10).
• Os falsos mestres corrompem a sã doutrina
“Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (Mt.16:12 – negrito meu).
Um pouquinho de fermento leveda toda a massa, o falso ensino doutrinário com toda sutileza corrompe todo corpo. A doutrina dos fariseus era desprovida do que é mais essencial, o amor. Sem ele o ensino torna-se legalista e um fardo insuportável.
No cristianismo através dos séculos, podemos notar que elementos do paganismo do judaísmo têm sido incorporados a igreja trazendo grande prejuízo a mesma. Na Reforma, tudo o que não era bíblico foi cortado, não interessa ao povo escolhido de Deus o que não está nas Escrituras, porém, não podemos afirmar que tudo que é da “Igreja Católica” é errôneo ou pagão. Pensar dessa forma, é falta de sabedoria. Principalmente quando se trata de questões importantes como a “Trindade”, “Divindade de Cristo” ou “Batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O sincretismo religioso aconteceu com Israel e houve apostasia e com a igreja não está sendo diferente. Todavia, não devemos nos desesperar, pois Deus está no controle, o apóstolo João em sua visão, na Ilha de Pátimos, vê alguém sentado em um alto e sublime Trono. Essa visão mostra quem realmente está no controle da história. Na época de João, pesava-se que era o imperador romano que se intitulava de “senhor e benfeitor” utilizando-se de uma falsa paz que era conseguida através da espada. Vê também a igreja triunfante e vencedora (cf. Ap.14:1-5).
Por isso que Mateus 16:12 nos ensina que devemos ter cuidado com o que é transmitido atualmente nas igrejas, principalmente naquelas que se afastaram da fé Reformada. Quanto ao judaísmo-messiânico além de serem arminianos são judaizantes, dupla apostasia. O perigo que esses que se dizem cristãos, mas não são, antes são sinagogas de Satanás, pelos seguintes fatos:
1. Negam a Cristo.
Colocar Jesus Cristo ao nível de um ser criado é uma das maiores heresias que os apóstolos enfrentaram. Apoiar ou permanecer calado diante de tais blasfêmias é ser participante da mesma condenação.
O problema das pessoas que argumentam contra a doutrina da Divindade de Cristo é que elas não conhecem a Bíblia, lêem, mas sem entendimento. Esse
“Ao dizer que Yeshua é YAWH – estamos colocando essa Criação Divina ao mesmo nível que o seu Criador, e dando passo a essa idolatria que hoje vemos na inmensa maioria das igrejas, que adoram a Yeshua e não a Ha Shem. NÃO NEGO O ELEMENTO DA DIVINDADE DE YESHUA – sim digo que essa Divindade, essa Essência Divina, está implicita e é parte integral dele, como consequencia dos seguintes pontos:
Yeshua foi engendrado e criado (no sentido de Criação) de forma sobrenatural, diretamente pela intervenção de Ha Shem, e não como um mortal comúm. Yeshua possuia o poder de realizar atos que estavam fora da capacidade de um ser humano comúm (chamemos de "milagres", se assim o desejam).
Yeshua foi Criado especificamente por Ha Shem para renovar o Pacto de Ha Shem e trazer a redenção da Humanidade inteira, através do povo judeu.
Tudo isso não faz de Yeshua o equivalente a YAWH. Do mesmo jeito, o aparecimento de Ha Schechiná no Tabernáculo ou no Templo não era considerado como o aparecimento de uma entidade separada, mas sim uma Manifestação Especial da Presença de Ha Shem” (Judeus-Messiânicos – Hadérech – www.ubeblog.ning.com).
1. Negam a Trindade:
“Judaísmo Messiânico não é uma Heresia. Heresia é a Teologia da Substituição, da prosperidade, do uso de símbolos de Israel como amuletos, de esquecer ou não perceber, que o Eterno é um, e que a trindade foi inventada pela Apostasia Católica Romana e que Protestantes e evangélicos insistem em perpetuar” (Elijah Ben Gomes, 2009).
2. Negam a justificação pela fé somente, ou seja, acreditam como os “católicos romanos” na salvação pelas obras também:
“A GRAÇA SEM A LEI NAO TEM GRAÇA. Muito bem dito pelo Rabino Marcelo Miranda. Enquanto alguns procuram no Tanach desculpas para perpetuar Teologias Romanas” (Elijah Ben Gomes, 2009).

• Somos salvos para obedecer de coração a sã doutrina
“Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fortes entregues” (Rm.6:17 – negrito meu).
Que forma de doutrina era essa?
• Os falsos mestres levam o povo ao erro, e o erro conduz a morte
“...para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef.4:14 – negrito meu).
Os judeus-messiânicos induzem o povo ao erro com suas doutrinas falsas. Negam as principais doutrinas bíblicas, como por exemplo: a Santíssima Trindade, a Divindade de Cristo e etc. São heréticos, estão no caminho da perdição, é sabido, portanto, que os que assim procedem é para sua própria condenação, homens ímpios que denigrem a graça do nosso soberano Deus (cf. 2Pe.3:14-18).
• Devemos ter cuidado com a verdade para que ninguém nos engane
“Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina” (1Tm.1:3 – negrito meu).
E o que os judeus-messiânicos estão ensinando é outra doutrina? Sim, com certeza. Vejamos que da mesma forma que os judaisantes agiam desviando os fiés, assim procedem os judeus-messiânicos fascinando os crentes com sua doutrina antiblica: “Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” (Gl.3:1-3 – itálico e negrito meu).
Foi através da escravidão do cerimonialismo da lei ou pela fé somente quando ouviste a mensagem do evangelho da salvação? Os gálatas haviam começado no Espírito e estavam agora sendo levado pelos judeus-messiânicos à apostasia: Começando no Espírito e se aperfeiçoando na carne. Provavelmente Paulo tenha em mente a circuncisão em que os judeus-messiânicos tentavam obter o favor de Deus. William Hendriksen traz uma excelente contribuição sobre esse assunto:

“Os gálatas estavam começando a renunciar a Cristo como seu único e todo-suficiente Salvador. Tendo começado pelo Espírito, eles, agora, estavam tentando pôr sua confiança nos meios carnais – tais como confiar nos conselhos dos judaizantes (ou judeus-messiânicos), e, portanto, também nas obras da lei, na rigorosa observância de cerimônias, da circuncisão, etc. -, com o fim de, por esses meios, poderem chegar à perfeição” (199: 166 – 167). É justamente isso que está acontecendo atualmente.
• O grande perigo de ultrapassar a doutrina de Cristo.
“Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas – vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2Jo.9-11 – negrito meu).
Todavia, atualmente, mesmo diante de tantas falsas doutrinas que afirmam ser verdadeiras não devemos nos entristecer, Deus está no controle e conhece os que lhe pertencem. A Sua Igreja é pura santa e imaculada. Ele disse que somos propriedade exclusiva e que nunca nos deixaria. Temos a garantia, o selo de Deus . Os que o Pai deu ao Filho para salvação jamais perecerão, tem a garantia da vida eterna: “Todo aquele que o Pai me dá, esse vira a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (Jo.6:37-39 – negrito meu). Essa igreja, formada por todos aqueles que o Pai deu ao Filho (cf. Jo.6:37-39) jamais perecerão (cf. Jo.10:28), estão duplamente seguros: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um” (Jo.10:28-30).
Qual é a função da verdadeira igreja? Pregar o Evangelho a toda criatura os que crerem serão salvos, os que não crerem já estão condenados. Só responderão positivamente ao chamado de Cristo os que foram dados a Ele pelo Pai. A igreja pode passar pela maior crise de sua existência, mas isso é mister que aconteça, todavia, de uma coisa podemos ter certeza, estamos seguros em Cristo Jesus, nada nos afastará desse amor.

QUEM SÃO OS JUDEUS-MESSIÂNICOS?
O objetivo dos Judeus-Messiânicos pode até ter a aparência de algo bom, vindo de Deus, mas não é. A Bíblia condena tais práticas, e eles procuram alcançar os seguintes propósitos:

“Nosso Ministério deseja levar aos cristãos em suas variadas denominações a visão da sua reconexão com o povo judeu e com a nação de Israel, bem como a restauração das raízes judaicas da fé cristã” (www.ensinandodesiao.org.br).

A visão dos Judeus-Messiânicos é desviar o povo de Deus da verdadeira fé! Não temos que nos unir ao povo judeu, somos unidos a Cristo que é o Cabeça da Igreja. Por que deveríamos nos unir aos judeus? Qual seria a vantagem? Nem uma. Vejamos o que diz a Palavra de Deus: “Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado...” (Rm.3:9). Portanto, a proposta dos Judeus-Messiânicos é antibíblica e deve ser rejeitada por todos os que professam serem seguidores de Jesus. A Bíblia diz justamente o contrário a respeito da “restauração das raízes judaicas da fé cristã”, porque essa restauração nada mais é do que uma volta aos rudimentos da Lei, a qual Cristo Jesus cumpriu por mós, e se Ele cumpriu qual a necessidade de manter aquilo que era sombra? Nenhuma. “...não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificado gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus...” (Rm.3:22b, 23, 24). Se todos pecaram e a Lei não aperfeiçoou nada, Por que todo o interesse em querer que as Igrejas voltem ao judaísmo-messiânico? A jactância! “É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios, visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso” (Rm.3:28-30). Portanto, qual a vantagem da reconecxão com o povo judeu? Nem uma! O verdadeiro Israel de Deus tem o objetivo de alertar o povo contra os falsos ensinos que a cada dia vem se propagando de uma forma alarmante. O que é mais perigoso ainda, é que esses ensinamentos vêm mascarados de verdade. O falso se confunde com o verdadeiro e muitos aceitam sem uma avaliação prévia. Devemos ser como os crentes de Beréia, analisar se o que estão passando para nós é realmente o que afirma a Bíblia.
O objetivo dos Judeus-Messiânicos é completamente contrário ao objetivo de Deus para Sua Igreja. Eles dizem que desejam, “...levar aos cristãos em suas variadas denominações a visão da sua reconexão com o povo judeu e com a nação de Israel, bem como a restauração das raízes judaicas da fé cristã”. Como vimos, a Bíblia diz justamente o contrário.

“Para a Liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor” (Gl.5:1-6 – itálico e negrito meu).

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou” (v.1)

O apóstolo Paulo compara a Lei a um jugo (“jugo de escravidão”) e não quer que a Lei tome o lugar de Cristo na vida dos crentes da Galácia e os exorta a manter a liberdade em Cristo Jesus. Nos capítulos 13-26 deixa claro que o objetivo principal é a liberdade. A liberdade implica, em última análise, no livramento de algo que prende, amordaça, impede de alguma coisa, algo que incomoda e acusa: o pecado (Rm.6:18), consciência acusadora (Hb.10:22), da ira de Deus (Rm.5:1), da influência de satanás (2Tm.2:26; Hb.2:14). Na verdade, nesse texto Paulo está pensando em ser liberto da Lei, ou seja, da maldição que a Lei pronunciou contra o pecado e que muitos judeus procuravam inutilmente ser justificado por ela (Gl.3:23; 22-26, 4:1-7). Para os que foram predestinados, significa ser liberto da incapacidade da Lei em dar vida ao que está morto em seus delitos e pecados, primeiramente aos judeus e também aos gentios; do medo, da falsa idéia, de que se não guardar estritamente a Lei cerimonial e moral não seriam salvos. O que a Lei não conseguiu realizar, Deus conseguiu através de Jesus Cristo (Rm.8: 3, 4) E essa libertação salvadora em Cristo Jesus não depende de nada que possamos fazer ou que deixemos de realizar, somos livres não porque somos perfeitos, mas porque fomos perdoados. O verdadeiro crente aquele que nasceu verdadeiramente do alto, recebe essas verdades porque o Espírito Santo de Deus habita nele.

“Permanecei, pois, firmes” (v.1)
É uma advertência contra os perigos que estavam assolando a igreja. Não podemos, no entanto, pensar que o homem tem a capacidade de permanecer firme sem ser pelo Espírito Santo de Deus. Muitos, na igreja, estavam sendo induzidos pelos judaizantes as práticas da Lei. Todavia, os que eram transformados pelo Espírito Santo receberam e obedeceram a essas palavras de exortação. Atualmente devemos permanecer firmes, com a mesma força e vigor, contra os opositores dessas verdades porque muitos falsos profetas se introduziram dentro da igreja, como por exemplo: hoje, surge uma antiga heresia conhecida como Judeus-Messiânicos que estão levando os crentes a correrem na direção oposta, dessa forma estão deixando de lado a graça de Deus por não mais colocar sua inteira confiança nela. Nesse caso da graça decaístes.
“Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará” (v.2).

Nossa fé ou está fundamentada totalmente em Cristo ou não está, não existe a mínima possibilidade de complementar essa suficiência. Se isso acontecer “Cristo de nada vos aproveitará”, e, portanto, uma questão que já havia sido debatida várias vezes, mas os judaizantes sempre tentavam afastar os crentes da fé com as questões da Lei. As principais coisas que eles exigiam e pregavam calorosamente, é sobre a questão da circuncisa, a guarda do sábado e a alimentação. Se esse era o caminho, diz Paulo, então deveriam eles cumprir toda a Lei e não apenas essas, porque ninguém conseguiu cumprir a Lei, senão Cristo Jesus, o qual cumpriu por todos nós. Se alguém que recebeu a Cristo como único e suficiente salvador e depois é induzido pelos judaizantes a circuncidarem-se, devem, portanto, cumprir toda Lei, como isso é impossível, os que assim procedem estão debaixo de maldição: “De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gl.3:9-10). Como ninguém nunca conseguiu cumprir a Lei e os que tentam ser justo diante de Deus, irão, no final, perceber que correram para o lado errado. “E, é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé” (Gl.3:11).

“De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes” (v.4)

Todos os que persistissem nesse erro, voltando aos rudimentos da lei, ou os gentios sendo influenciados por tais conceitos que caducaram e não aperfeiçoou nada, seriam desligados de Cristo. Na verdade, os que foram verdadeiramente transformados pelo Espírito Santo irão resistir e voltar para o caminho que é Cristo e não a Lei. Os que permaneceram irredutíveis cairão da graça. Todavia, não devemos pensar a respeito dos que caíram da graça pela sua incredulidade, que tivessem sido verdadeiramente regenerados. Não, não foram. A experiência que eles tiveram com o Espírito Santo foi superficial, pois logo vindo os rudimentos da Lei voltaram a escravidão (cf. Mc.4:1-20). Para uma um melhor entendimento a respeito da queda dos que foram iluminados e caíram da graça, ler o artigo de Moisés C. Bezerril que se encontra na UBE (União dos Blogueiros Evangélicos) www.ubeblog.ning.com
Iremos entender que os que foram de fato justificados, não cairão de nenhuma forma da fé, mas perseverarão até o fim porque o que está neles é maior do que o que está no mundo, e quem é maior vence, portando os que têm o Espírito Santo de Deus podem dizer com segurança de que são muito mais que vencedores em Cristo Jesus.

Uma linda proposta, porém sem fundamento bíblico.

“Pois, pelas Escrituras, os gentios através do Messias Yeshua são enxertados na “Oliveira” que é o Israel de D´us. Nosso Ministério incentiva que gentio deve viver como gentio, não se tornando judeu, mas ele é livre se optar por um estilo de vida judaico, segundo os princípios bíblicos. Igualmente, reconhecemos a legitimidade cultural e vocacional do judeu, que mesmo crendo em Yeshua (Jesus) como Messias, pode e deve permanecer como judeu, sem perder sua identidade” (www.ensinandodesiao.org.br).

“Pois, pelas Escrituras, os gentios através do Messias Yeshua são enxertados na “Oliveira” que é o Israel de D´us”.

É a mais pura verdade! Os gentios que são enxertados na Oliveira, juto com a minoria dos judeus, são o Israel de Deus.
Somos filhos de Abraão pela fé. “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém, judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm.2:28-29 – negrito e itálico meu).

Os que nasceram de Deus foram regenerados pelo Espírito da promessa. Pertencem a Deus, é povo santo, de propriedade exclusiva do Senhor, tiveram suas vestes lavadas com o sangue do Cordeiro de Deus. A obra do Espírito Santo nos gentios pecadores que não buscavam a Deus os tornava membro do povo em aliança com Deus. A explanação de Paulo sobre esse assunto chocava os judeus a quem ele se dirigia, e continua chocando muitos crentes sem conhecimento da Sua Palavra. Porém, seus ensinamentos estavam alicerçados sobre o Antigo Testamento. Ao apóstolo João que estava exilado na Ilha de Pátimos, foi revelada a falsidade dos judeus que perseguiam os crentes, e diziam que eram o povo eleito de Deus, mas a verdade veio a tona:

“Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus, mas não são” (Ap.2:9 – negrito e grifo meu)

Em Esmirna, como havia acontecido em “Antioquia”, “Icônio”, “Listra” e “Tessalônica” (At.13:50; 14:2,5,19; 17:5), os judeus foram os instigadores da perseguição, e havia muitos judeus em Esmirna. Referindo-se as palavras da santa ceia, eles acusavam os crentes:

• De serem antropófagos (comendo a carne e bebendo o sangue);

• De serem libertinos com sua festa de amor (o ágape);

• De destruir as famílias;

• De serem ateus e revolucionários.

Não que eles não pertencessem a raça judaica. Mas a verdade é que o verdadeiro judeu, o povo escolhido, o verdadeiro Israel é aquele que aceita o Messias pela fé. Nem todos de Israel são de fato israelitas, isso, por que ficaram fora da Aliança da Graça: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm.9:6). O verdadeiro judeu é aquele que é transformado pelo Espírito Santo de Deus:

Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus (Rm.2:28, 29).

A igreja de Cristo é o Israel de Deus: “E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia seja, sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gl. 6:16). A interpretação deve ser feita sobre todo contexto do livro: sobre o Israel de Deus judeus e gentios que desfrutam das bênçãos da Nova Aliança e andam de conformidade com essa regra. Os judeus segundo a carne não andavam conforme a vontade de Deus por serem Sinagoga de Satanás.

• Sinagoga de Satanás

Os judeus incrédulos tomaram o partido de Satanás, no conflito entre a igreja cristã e o pagão Império Romano. Alegremente ajudaram às autoridades romanas a esmagarem a igreja. Satanás dominava ao paganismo. Aqueles que se oporem ao Reino de Deus estão sob a influência de Satanás que era visto como quem exercia influência sobre certos lugares onde havia também a igreja cristã. (cf. 2:13, 24).




A GARANTIA DE JESUS: a coroa da vida

A igreja estava sendo perseguida, mas uma palavra de incentivo da pare de Deus não falta: Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias, seja fiel até a morte e eu lhe darei a coroa da vida (v.10 – grifo nosso).

Cristo ama a Igreja que é o verdadeiro Israel de Deus. “Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei” (Ap.3:9).

Veja o comentário de Simom um dos maiores teólogos da atualidade a respeito dos judeus que se intitulavam povo escolhido de Deus:

“Jesus denominou a assembléia judaica “a sinagoga de Satanás”. Como os judeus se orgulhavam de ser o povo eleito de Deus, com quem ele fizera uma aliança, Jesus Implicitamente diz que eles tinham perdido o direito de serem chamados seu povo. Tornaram-se instrumentos nas mãos de Satanás que, como seu governante, usava-os para solapar e, se possível, destruir a Igreja. Rejeitaram não só a Jesus, mas também a todos os seus seguidores e, assim, indiretamente, reconheceram Satanás como senhor. Portanto, Jesus os caracterizou como mentirosos, porque não mais podiam reivindicar ser o povo de Deus” (KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. Editora Cultura Cristã, 2004. p.215).

Os filhos de Deus não são necessariamente os filhos naturais de Abraão. Mas, os da promessa, esses são os verdadeiros israelitas juntamente com os gentios que são maioria nessa aliança, tendo em vista que os judeus rejeitaram o Messias e O mataram. Na verdade, a maioria dos judeus foi rejeitada, mas o remanescente segundo a eleição da graça (Rm.9:11; 11:7) foram justificados pela fé somente, e por incrível que pareça os gentios que não buscavam a Deus foram incluídos nessa Aliança pela fé (Rm.9:30-33). Portanto, a Igreja de Cristo Jesus, que é o remanescente de Deus (Rm.9:27), os eleitos segundo a vontade de Deus (Rm.9:11) é o verdadeiro Israel segundo a promessa.

Comentário de Hendriksen.

“O que Paulo está dizendo, pois, nos versículos 9:6-13 de Romanos é: Em última análise, a razão por que algumas pessoas são aceita e outras rejeitadas é que Deus assim o quis. Vontade divina e soberana é a fonte tanto da eleição quanto da reprovação. A responsabilidade humana não é cancelada, porém não existe tal coisa como mérito humano. O eterno propósito de Deus, em ultima análise, não tem por base as obras humanas”. (HENDRIKSEN, William. Romanos. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001. p422)

“Justino Mártir (Dial. xv. 11; xlvii. 15 e xcvi.5) acusou que os judeus, nas suas sinagogas, amaldiçoavam em público a todos quantos confiassem em Cristo. Tertuliano (Scorpo. 10, Synagogas Judaeorum, fontes persecutionum) mostra-nos como os judeus instigaram ativamente a perseguição” (Champlin, Ph. D. O Novo Testamento: Versículo Por Versículo. Editora Candeia. 1991. p396).


OS JUDEUS-MESSIÂNICOS DIZEM QUE NÃO SÃO JUDAIZANTES.
“Judaizar é IMPOR práticas judaicas a não-judeus. Temos clareza das orientações dos primeiros apóstolos do Messias e das decisões já tomadas no I Concílio de Jerusalém (descrito em Atos 15). Não se deve impor um jugo desnecessário a não-judeus que foram salvos pela graça de Yeshua (Jesus)” (Judeus-messiânicos, 2009)..
Na prática, os judeus-messiânicos são judaizantes. Por quê? Judaizar não jê apenas impor práticas judaicas aos não judeus, é muito mais do que isso. Porque se pode impor práticas de uma forma muito mais sutil, induzindo pessoas a agirem da forma que deseja usando, inclusive, a Palavra de Deus para alcançar êxito naquilo desejam. Mesmo depois do Concilio de Jerusalém os judaizantes continuaram a exigirem que se cumprisse a lei para serem salvos.

DIZEM QUE NÃO SÃO PROSELITISTAS.
“Constantemente somos confundidos por irmãos judeus, como se fossemos uma organização missionária. Por isso, algumas vezes somos acusados de proselitismo. Proselitismo é persuadir alguém a mudar ou aderir a uma religião. Não obstante, entendemos que um judeu pode reconhecer Yeshua como o Messias e continuar vivendo como judeu. Esclarecemos também que não temos vínculos institucionais com quaisquer denominações cristãs ou evangélicas. Também não pertencemos ao movimento denominado “judeus por Jesus” (Jews for Jesus)” (Judeus-Messiânicos, 2009).
Realmente eles não são proselitistas abertos, no sentido de forçar que os ouvintes se convertam a força a sua religião judaizante disfarçada de cristianismo. Se alguém ler os seus textos, notará que há muitas contradições, assim como a de que não são proselitistas. Antes eles afirmam que seu objetivo é levar os cristãos em suas variadas denominações a visão da sua reconecxão com o povo judeu. Portanto, sem proselitismo não se consegue nada.

DIZEM QUE NÃO SÃO EXCLUSIVISTAS.
“Lutamos intensamente para criar meios de diálogo com a Igreja e com a comunidade judaica em geral. Somos abertos ao diálogo, e amamos intensamente ambos os grupos. Não nos achamos melhores do que outros grupos étnicos, religiosos ou denominacionais. Tão pouco nos achamos proprietários de alguma verdade. D’us não está limitado a nenhuma instituição ou ministério” (Judeus-Messiânicos, 2009).
Essa afirmação é falaciosa, porque eles são altamente exclusivistas. Iremos analisar:
1. Por que são exclusivistas e dono da verdade?:
“Yeshua Ben Yosef e não Jesus é JUDEU, NÃO ITALIANO OU PORTUGUES OU AINDA BRASILEIRO. Missa e corais de louvar sem nenhum contextos Hebraico, isso sim é Heresia” (Elijah Ben Gomes, 2009 – Mantenho a escrita original).

Jesus é judeu, não é italiano ou português ou de quaisquer outras nacionalidades. Esse pensamento paira na mente dos judaizantes. Portanto, é o suficiente para um judeu-messiânico se jactanciar de sua superioridade religiosa. Assim sendo, ninguém pode fazer uma interpretação tão boa quanto eles afirmam alguns religiosos judeus-messiânicos. Na verdade, quem estuda sabe que os melhores exegetas do N.T. e do A.T. não são judeus, são gentios. Se os judeus fossem bons interpretes da Bíblia eles enxergariam o Messias e a Trindade. Portanto, tanto os judeus quanto os judeus-messiânicos são cegos espirituais e não podem entender a palavra de Deus: “...por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade” (2Tss.2:11-12).

2. Por que são proselitistas?
Eles dizem que não são proselitistas, mas são. Veja sua propaganda. Só que eles procuram esconder todo assédio às igrejas Evangélicas. Muitos crentes despreparados caem em suas falácias, devido ao discurso. O discurso de voltar as origens da igreja do primeiro século em Jerusalém é falso. Pergunte aos lideres judeus-messiânicos porque eles ainda não voltaram à pureza da igreja do primeiro século. Continuam vivendo um vida de heresia afastados de Deus e Cristo e levando muitos com eles.

AFIRMAM NÃO SEREM DOGMÁTICOS.
“Algumas pessoas se incomodam, pois não temos um “manual de doutrinas”, um credo explicitamente elaborado. Entendemos, que nosso “manual de doutrinas” é as Escrituras. E, que ela deve ser livremente interpretada, desde que sejam respeitados critérios hermenêuticos para isso” (Judeus-Messiânicos, 2009).
Eles não têm um manual de doutrinas. Isso já é o suficiente para que ninguém dê crédito a essa antiga heresia que tanto foi combatida pelos apóstolos e pais da igreja e até hoje tem sido de certa forma combatida pelos que zelam pela verdadeira Palavra de Deus. Todas as igrejas Protestantes e Evangélicas sérias têm um manual de doutrinas (confissão de fé). A Confissão mostra que a Bíblia é a única regra de fé e prática . Elas, também, servem para auxiliar os crentes no estudo doutrinário e evitar que os mesmos sejam enganados teologicamente.

AFIRMA NÃO SEREM INTELECTUAIS D FÉ.
“Procuramos nas Escrituras princípios espirituais que possam mudar profundamente nosso comportamento neste mundo. Temos o testemunho pessoal do crente em altíssima estima. Não estamos preocupados com o quanto pessoas sabem sobre as Escrituras, mas como elas a vivem. A Bíblia é um princípio para a vida e ela sempre confronta nosso comportamento ético. O foco está na vida prática, em viver a palavra no dia-dia, e não em elucubrações teológicas intermináveis” (Judeus-Messiânicos, 2009).
“Procuramos nas Escrituras princípios espirituais que possam mudar profundamente nosso comportamento neste mundo..” (Judeus-Messiânicos). Enquanto procuram alguns trechos que os satisfaçam, os verdadeiros crentes em Jesus Cristo sabem que toda a Escritura é inspirada por Deus e útil ao ensino, a repreensão, a correção, a educação na justiça (cf. 2Tm.3:16). Na verdade, não devemos ficar procurando textos isolados como fazem os judeus-messiânicos a fim de se auto justificarem diante de Deus.
Os verdadeiros salvos crescem em santificação e boas obras porque são habilitados no conhecimento das Escrituras. O Espírito Santo de Deus é quem aplica tais verdades em nosso espírito “...porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fl.2:13).
A idéia de não serem intelectuais da fé é em oposição aos cristãos. “O termo, “...intelectuais da fé...” tem o sentido pejorativo e acusa todos os crentes de mercadejarem a boa fé do povo. Sabemos que sempre houve pessoas que fazem esse tipo de comércio, sabemos, também, que têm pessoa sérias. Todavia, um dos maiores mercadores da fé são os próprios judeus-messiânicos que estão roubando a fé de muitos.
Outro erro fatal dessa seita herética, bem como de todas as outras, é o desprezo pelo conhecimento. Eles acreditam que sua espiritualidade depende de um conhecimento místico superior e que o importante são alguns textos isolados dos quais fazem uso para se sentirem bem diante de Deus. Em suma, a “Torá” é como se fosse o único livro inspirado. Dizem crer em toda Bíblia, porém, se estudarmos seu comportamento veremos que não são muito afeito ao Novo Testamento nem aos livros proféticos que mostram na íntegra quem são os judeus verdadeiramente.
“O foco está na vida prática, em viver a palavra no dia-dia”. Vejamos a falta de entendimento dos judeus-messiânicos: Como podemos viver na prática a Palavra de Deus se não a conhecemos? Não se pode conhecer a Deus através da Cabala, nem do Talmude, mas da Bíblia e das suas doutrinas ensinadas por quem tem compromisso com a verdade. E os judeus-messiânicos não têm compromisso com as verdades reveladas nas Sagradas Escrituras.