Carlos R. Cavalcanti
Teólogo, Historiador, Antropólogo e Especialista em Religiões
IGREJA EVANGÉLICA MISSIONÁRIA NO JANGA
Rua Cajueiro Seco, 188 - A - Conjunto Beira Mar - Ao lado da antiga Padaria Opção. Pau Amarelo - Paulista.
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1)Terça: Culto de Oração 19:00h;
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LIVRO:
O FRUTO DO ESPÍRITO
2007
CAVALCANTI, Carlos R. O Fruto do Espírito. Recife. Editora C R C. 2007. 24p.
Conteúdo: Doutrinário-Teológico. Todos os direitos reservados. Proibido a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações com indicação da fonte.
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ÍNDECE
1. O amor (gr. Αγάπη)................................................ 06
2. A alegria (gr. Χαρά).................................................07
3. A paz (gr. Είρήνη)....................................................08
4. Longanimidade (gr. Μακροθυμία)........................09
5. Benignidade (gr. Χρηστοτης).................................10
6. Bondade (gr. Τοιουτων).........................................13
7. Fé (gr. Πίστις)..........................................................15
8. Mansidão (gr. Πραΰτης).........................................18
9. Domínio Próprio (gr. έγκράτεια)...........................19
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
Os ofícios do Espírito Santo
O Espírito Santo, o Consolador, tornou-se depois do Pentecostes o executor da obra de redenção, regenerando e santificando os que por Ele são convencidos do pecado da justiça e do juízo. Dessa forma Ele ministra em duas áreas específicas nos frutos do Espírito e capacitando sua igreja com dons Espirituais.
O Fruto do Espírito
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei (Gl.5:22-23).
O fruto do Espírito é implantado naqueles que nascem de Deus e são cultivados pelo próprio Espírito Santo fazendo com que o novo homem ande em novidade de vida e não mais esteja sujeito a carne. Todavia, “[...] a carne, milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si [...]”, esse conflito é inevitável, não pode ser evitado, a vitória, no entanto, também, não pode ser evitada, pois quem vence é o maior e o apóstolo João diz quem é o maior: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo.4:4). E se o que está nos verdadeiros crentes é maior, temos, portanto, a certeza da vitória sobre a carne, o mundo e o diabo. Essa vitória a pesar de já ter sido conquistada, por Jesus na cruz do Calvário, ela vem sendo consolidada (cf. Fp.2:12) na vida de cada crente através do amadurecimento do fruto do Espírito que acontece gradativamente. Afinal de contas o apóstolo Paulo diz em sua Carta aos Romanos que fomos predestinados para sermos conforme à imagem de Jesus Cristo[1].
O fruto do Espírito são qualidades morais cuja origem é Divina, todavia não há aqui pretensão de fazer uma lista completa de virtudes. O que Paulo selecionou foram características essenciais antes corrompidas pelo pecado que começa a ser restaurada, após a regeneração, pelo Espírito Santo. Passaremos a ver com detalhes cada uma dessas qualidades:
1. O amor (gr. Αγάπη).
O amor ágape é o amor pelo qual Deus nos amou primeiro: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado[2]” (Rm.5:5). Para que pudéssemos amar com o amor que Ele nos amor.
Esse amor é a base, o fundamento onde todos os outros frutos são edificados. Ninguém pode dizer que tem um fruto e o outro não; o que pode acontecer é que alguns frutos amadurecem mais rápido que outros.
O amor (ágape) nos constrange e leva-nos a agir ao contrário daquilo que a lógica estabeleceu como padrão. (1Co.13) é o exemplo daqueles que nasceram do Espírito: vivem um amor que não busca seus próprios interesses.
2. A alegria (gr. Χαρά).
Esta alegria não é gerada por elementos externos que produz uma momentânea e falsa alegria, mas é produzida pelo Espírito Santo de Deus que habita naqueles que por Ele foram regenerados (cf. 1Pe.23). Portanto, é uma alegria que não depende das circunstâncias e mesmo diante das labutas do dia-a-dia os filhos de Deus não desanimarão. Esta alegria impulsiona o crente a permanecer firme nas promessas do Senhor ajudando-o a não se desesperar diante das injustiças. Mesmo que choremos e tenhamos fome e sede de justiça há uma alegria imensurável como fonte de água viva que transborda para a vida eterna[3]. Escrevendo aos romanos o apóstolo Paulo ensina: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm.14:17).
3. A paz (gr. Είρήνη).
No hebraico paz é shalom: “Então, Gideão edificou ali um altar ao SENHOR e lhe chamou de o SENHOR é Paz” (Jz.6:24). Todos os que andam na presença de Deus desfruta dessa paz. Os israelitas perderam a paz porque não andaram nos caminhos do SENHOR (cf.Jz.6:1).
Na “Nova Aliança”, Cristo é a nossa paz (cf. Ef.2:14),[4] uma paz que excede todo entendimento (cf. Fp.4:7); porque, como a alegria, a paz não depende das circunstâncias e nem pode ser arrebatada por Satanás. Foi o príncipe da paz que nos deu: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize” (Jo.14:27). Essa paz não significa que seremos tirados da luta e da tribulação que cai sobre toda humanidade. Mas, seremos guardados nessa hora (cf. Ap.3:10)[5]. Quem tem essa paz é aprovado no dia da tribulação. Ao contrário do mundo que vive uma angústia eterna.
4. Longanimidade (gr. Μακροθυμία)[6].
Longanimidade é a paciência[7] com que Deus segura Sua ira diante da iniqüidade do homem: “Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição [...]” (Rm.9:22). Portanto longanimidade é a capacidade gerada pelo Espírito Santo no cerne do espírito humano em que ele passa a suportar determinadas afrontas sem se irar. O apóstolo Paulo exorta os colossenses a procederem como eleitos de Deus[8], cultivando os frutos do Espírito Santo. A longanimidade também se evidencia na capacidade de esperar: “Eis que temos por felizes os que perseveram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg.5:11).
5. Benignidade (gr. Χρηστοτης).
Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades (Is.63:7).
Este fruto do Espírito, segundo muitos comentadores, é o que de maneira maravilhosa reflete mais o amor de Deus para com os outros sem interesses paralelos.
A benignidade evidencia-se na misericórdia e compaixão que exercemos para com o nosso próximo. O mundo age na base do interesse, visando algo em troca principalmente a glória deste mundo. Enquanto aqueles que nasceram de Deus, foram transformados pelo Seu poder já não pensam em amar por algo em troca, como os elogios ou os benefícios que possam advir de tais atitudes.
O maior ato da benignidade do SENHOR foi manifesto em Cristo Jesus para salvar pessoas que não mereciam, mas Ele prova o Seu amor para conosco tendo Cristo Jesus morrido na cruz sendo nós ainda pecadores. Vejamos a Carta do apóstolo Paulo endereçada a Tito:
Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por mós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tt. 3:4-7 – grifo nosso).
Como filhos de Deus, devemos nos interessar até pelos nossos inimigos, em todos os sentidos, principalmente no que concerne em lhes dá o que há de melhor, de mais essencial. O que uma pessoa pode querer que seja maior do que a vida eterna que Cristo nos deu? Devemos, portanto, pregar o Evangelho da salvação para elas. Isso não significa pensar que o lado social deve ser negligenciado. O mundo tem sua maior fome do Pão que veio do Céu: Jesus Cristo. Se há algo de bom que se possa fazer por alguém é dar-lhe desse pão que verdadeiramente sacia a fome.
Vejamos um bom exemplo da benignidade sendo exercida de forma altruísta: Uma jovem da comunidade (do Janga), mas que não era membro de nossa igreja, ficou doente. Quem fica doente e está ali na cama de um hospital sabe como é importante a visita de um amigo, principalmente dos parentes. E essa jovem ficou doente justamente quando seu pai havia parado de pagar o plano de saúde, e por incrível que pareça seus pais estavam em outro estado tendo a jovem ficado apenas com sua avó. Durante a cirurgia, no “Hospital da Restauração,” o apêndice estrangulou e ela ficou entre a vida e a morte. Com a jovem, tinha que ficar um acompanhante; sabemos as dificuldades para encontrar alguém que se disponibilize, nessas ocasiões, no sentido de render, de está ali dando um apoio, pernoitando com o enfermo. Foram três pessoas que estiveram no Hospital durante o tempo em que ela esteve internada: a avó, a amiga e a Irª. Solange que se disponibilizaram, deixando seus afazeres para está ali durante várias noites. Elas fizeram isso por amor, compaixão, sem nenhum interesse egoísta; Cristo foi quem melhor expressou esta qualidade. Na medida em que estamos sendo transformados na imagem do Filho de Deus[9] passaremos a agir, cada vez mais, como o nosso Salvador Jesus Cristo.
6. Bondade (gr. Τοιουτων).
Bondade[10] é generosidade em ação para com os outros. Uma pessoa é bondosa quando ajuda os necessitados como no caso do bom samaritano. Somos verdadeiros adoradores de Deus quando quebramos as muralhas das diferenças e só assim passaremos a ser conhecidos como verdadeiros cristãos. Esse fruto do Espírito, atualmente, está sendo pouco cultivado, ou melhor, está sendo negligenciado. Na verdade, sem o conhecimento da palavra de Deus os frutos permanecerão verdes ou levarão muito tempo para amadurecerem. A igreja de Roma é um bom exemplo desse conhecimento, pois o apóstolo diz que eles eram instruídos: “Meus irmãos, eu mesmo estou convencido de que vocês estão cheios de bondade e plenamente instruídos, sendo capazes de aconselhar-se uns aos outros [..]” (Rm.15:14).
Vejamos o que Tiago fala a esse respeito: “De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo: Se um irmão ou irmã estiver necessitado de roupas do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?” (Tg.2:14-16).
“Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras” (Tg.2:19). Como vimos ai está a bondade de Deus que foi derramada em nossos corações pelo Seu infinito amor. Portanto não podemos ser crentes egocêntricos, voltados exclusivamente para nossos próprios interesses. Devemos, pois, nos preocupar com o nosso próximo, quando agimos dessa forma estamos buscando primeiro o Reino de Deus e sua justiça, e com toda certeza, todas as outras coisas nos serão acrescentadas. Se agirmos de outra forma não estaremos evidenciando, através das nossas obras, a ação do Espírito Santo em nosso viver. Como crentes, raquíticos na fé, estaremos, desestruturados, vulneráveis as intempéries desta vida.
É importante salientar que toda boa obra, feita com o objetivo de obter mérito diante de Deus surge de um desejo egoísta daqueles que querem ser elogiados pelos outros. No entanto as obras do fruto do Espírito é um desejo gerado pelo Espírito Santo, por isso, podemos dizer que as obras não somos nós que fazemos, mais Deus quem as faz. Somos apenas instrumentos em Suas mãos a fim de abençoarmos os outros. Somos guiados pelo Espírito a fazer a vontade de Deus.
7. Fé (gr. Πίστις).
Esse fruto do Espírito foi dado aos santos (Jd.3)[11] para que eles mantenham a fidelidade, perseverem no dia mal que há de vir sobre todo o mundo, para por a prova os que habitam na terra (cf. Ap.3:10). O apóstolo Paulo disse que o que vence o mundo é a nossa fé. W. Phillip Keller escreveu que a fé impulsiona o crente a vitória:
Ela crê que, para Deus, tudo é possível. Por isso marcha em frente, permanece firme, continua leal, mesmo em meio a reveses e decepções. Essa fé é estável, mesmo em face de experiências abaladoras, pois seu olhar está fixado naquele que é fiel, e não no caos e confusão das circunstâncias que nos cercam (1981: 128).
No mundo secular se você crer em algo significa que você acredita naquilo. E quando se acredita em alguma coisa as pessoas começam a agir harmoniosamente com a fé naquilo que acreditam. Assim como acontece no mundo econômico financeiro, se uma pessoa acredita que determinado investimento irá dar certo ele, com toda convicção, investirá todos seus recursos porque acredita, tem fé naquilo que está fazendo. Assim é com as coisas espirituais, ou se tem fé ou não se tem. Por isso, algumas pessoas ouvem a palavra e não acreditam, porque não têm fé no que ouviram. Elas permanecem incrédulas porque o diabo cegou as suas consciências para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da Graça de Deus. E com toda certeza, ninguém quer vir a Ele para ter vida, a não ser que Ele dê vida aquele que está morto nos seus delitos e pecados. Tudo isso pela ótica bíblica de que a fé é um dom de Deus e que o homem só é salvo por ela. Vejamos o que o apóstolo Paulo diz: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9 – grifo nosso).
Fé também significa fidelidade[12]. Somos convidados a ser fiéis até a morte (Ap.2:10)[13]. Isso não significa pensar que podemos perder a salvação caso haja infidelidade, pois, trata-se, sem sombra de dúvida de exortação para o crente manter o testemunho (martíria) fiel da palavra de Deus nesse mundo estruturado na injustiça que se levanta contra o SENHOR do céu e da terra.
Para sermos fiéis escreveu Israel Belo Azevedo:
Não adianta ler a Bíblia toda em um mês. Isto pode ser até uma prática para um tempo de euforia, mas o crescimento virá com a leitura constante, cuidadosa, meditativa, realizada anos após anos. É um investimento para a vida toda (2003: p65).
8. Mansidão (gr. Πραΰτης).
Mansidão no hebraico significa gentileza, humildade, suavidade, brandura (Pv.15:33; 18:12; 22:4; Sf.2:3; Sl.18:35; 45:4). No grego ela tem o mesmo significado (Mt.5:5; 11:29; 21:5; 1Co.4:21; 2Co.10:1; Gl.5:22).
Na medida em que somos transformados de glória em glória na imagem de Cristo, tornamo-nos, cada vez mais, mansos e humildes de coração. Jesus é o grande exemplo: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt.11:29).
Os mansos não são covardes, ao contrário do que se pensa, eles são pacificadores, onde há discórdia eles levam a paz, agem dessa forma porque são cheios do Espírito Santo e procuram, assim como a corsa anseia por água, encherem-se do Espírito de Deus: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef.5:18).
O mundo precisa de pessoas mansas, que dêem testemunho com suas vidas da vitória que Cristo conquistou na Cruz. Agindo assim, Deus é glorificado e exaltado entre as nações. Quem procede dessa forma são os verdadeiros adoradores. Onde estão os mansos da Igreja? Um líder manso é uma pessoa que vive em prol do Reino, ou seja, busca a unidade e o crescimento espiritual dos seus liderados. O mundo é diferente, a arrogância, a prepotência, o individualismo e a auto-exaltação são marcas características do líder mercenário que denigre o Evangelho para adquirir o que o vazio do seu espírito almeja insaciavelmente.
Uma grande característica dos verdadeiros mansos é que eles não se conformam com esse mundo mau e procuram transformá-lo, sem ser pela violência, mas através da paz e do amor de Deus. A transformação acontece pelo testemunho fiel.
9. Domínio Próprio (gr. έγκράτεια).
Esta palavra significa autocontrole, domínio próprio, ponto de equilíbrio entre um extremo e outro. O homem guiado pelo Espírito Santo não é um descontrolado, um colérico, mas uma pessoa que diante de uma situação que humanamente falando exige uma atitude enérgica (violenta), o servo de Deus consegue dar a volta por cima e agir com moderação[14] (autocontrole).
Fomos chamados a agirmos com sobriedade: “Mas tu sê sóbrio em tudo [...]” (2Tm.4:5); “E já que está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios [...]” (1Pe.4:7). Por que esse fruto é tão importante em nossas vidas? Muito sal pode prejudicar a saúde; a luz em excesso pode cegar; o fogo sem controle pode destruir. O super crente pode ser uma má influência e levar os irmãos a cometerem os mesmos excessos. O apóstolo Paulo fala à igreja de Corinto, a fim de doutriná-la, que os carismas sem amor são como o bronze que soa (cf. 1Co.13:1). Ali havia um grupo de super crentes e eles achavam-se altamente espirituais porque falavam em línguas, mas, o apóstolo dirigiu-se a eles como a carnais, meninos em Cristo (cf. 1Co.3:1-2). Quando os frutos permanecem verdes não existe o equilíbrio necessário para o funcionamento sadio, não haverá unidade e Deus ama a unidade: “Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós” (Jo.17:11).
CONCLUSÃO
O “Fruto do Espírito” são qualidades morais e essenciais cultivado no crente pelo Espírito Santo para o crescimento espiritual da igreja. É através do fruto do Espírito que a imagem de Deus no homem, corrompida pelo pecado, começa a ser restaurada.
Todos que nasceram de Deus entrarão nesse processo de santificação. É uma obra do Espírito na vida dos salvos. Sem santificação ninguém verá o reino de Deus, é óbvio, ninguém pode dizer que é salvo e não é potencialmente santo. Os que foram chamados segundo a presciência de Deus, crescem em santificação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, Leila. Nova Era: um desafio para os cristãos. Editora Paulinas. São Paulo, 1994.
BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD, Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. São Paulo. Vida Nova, 1997. 1929p.
BELO, Israel Azevedo de. O Fruto do Espírito: a vida cristã como ela deve ser. São Paulo. Editora Sepal, 2003. p73. 103p.
BERKHOF, Loius. Teologia Sistemática. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001. 720p.
NICODEMUS, Augustus Lopes. Cheios do Espírito. São Paulo Editora Cultura Cristã. São Paulo, 1998. 78p.
ORTON, H. Wiley / CULBERTSON, Paul T. Introdução à Teologia Cristã. São Paulo. Casa Nazareno de Publicações. São Paulo, 1990. 516p.
PACKER, J. I. Teologia Concisa: Síntese dos fundamentos históricos da fé cristã. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 1998. 246p.
FHILLIP, Keller W. Frutos do Espírito Santo. Minas Gerais. Editora Betânia, 1981. 151p
ROBERTSON, Palmer O. A Palavra Final: Resposta bíblica à questão das línguas e profecias hoje. São Paulo. Editora Os Puritanos, 1999. 167p.
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo. Editora Hagnos, 2001. 1711p.
SPROUL, R.C. Ministério do Espírito Santo. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2002. 160p.
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Contato: Fone (81) 3028.0775 / 9412.0521
roberttocavalcantti@hotmail.com
[1] Rm.8:29
[2] Δοθέντος – imposto, dado, imputado sem que se possa questionar.
[3] “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.
[4] “Porque ele é a nossa paz”.
[5] “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”.
[6] “No idioma em que o apóstolo Paulo escreveu (gr. coinê), “longanimidade” (macrothumia, em que “makros” é “grande”, “longo” e “thumos” quer dizer “paixão”, “sentimento”)” (BELO, Israel Azevedo de. O Fruto do Espírito: a vida cristã como ela deve ser. São Paulo. Editora Sepal, 2003. p73. 103p).
[7] “Outro aspecto do fruto do Espírito é a longanimidade isto é, paciência;. Essa virtude espelha e reflete o caráter de Deus, não tem lugar para as explosões de mau-humor e uma personalidade de pavio curto” (SPROUL, R.C. Ministério do Espírito Santo. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2002. p.145. 160p).
[8] “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Cl.3:12 – Bíblia de Estudo SHEDD).
[9] “Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm.8:29 - NVI).
[10] “[...] a bondade é uma qualidade do caráter de Deus a que muitos de nós não sabem dar o devido valor” (FHILLIP, Keller W. Frutos do Espírito Santo. Minas Gerais. Editora Betânia, 1981. p115. 151p).
[11] “Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos” (NVI).
[12] “Mas o fruto da fé envolve mais do que confiar. Significa que nos tornamos dignos de confiança. Uma pessoa de fé é não somente uma pessoa que confia, mas uma pessoa que merece confiança” (SPROUL, C. R. O ministério do Espírito Santo. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 1997. p147).
[13] “Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida” (NVI).
[14] “A falta de modéstia, o extremismo e a ostentação não se ajustam ao domínio próprio. Manifesta-se aqui o nível moderado do auto-controle. O espírito não é rude em nem imperioso. Ele nem é violento e nem grosseiro” (SPROUL, 1997: p148).
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